CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 30 de abril de 2018

4 111 - Graves incidentes em Luanda, Cavaleiros em festas de 23 anos!

O alferes miliciano António Manuel Garcia (à direita, falecido a 2 de Novem-
bro de 1979), com o 1º. cabo Emanuel Santos (ausente nos Estados Unidos, à
esquerda) e 1º. sargento João Barata, à porta do Comando, no Quitexe

Furriéis milicianos da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia
 Viçosa: Matos, Guees e Melo (de pé), Letras, Go-
mes e Cruz (que amanhã faz 66 anos)

A 1 de Maio de 1975, chegaram a Carmona no-
tícias de graves incidentes em Luanda, de on-
de na véspera tinham chegado os furriéis mi-
licianos Cruz e Viegas, ambos da CCS e de-
pois das férias passadas na imensa Angola.
Os últimos dias passados da capital angolana foram já marcadas pelo recolher obrigatório, na sequência dos «combates entre os movi-
mentos de libertação».
«A cidade continua a viver num clima de ten-
são», reportava a imprensa do dia, referindo-se a Luanda - a capital angolana.
Dia, o 1 de Maio de 1975, que foi o dos 23 anos do alferes miliciano Garcia, Cavaleiro do Norte
O alferes miliciano António Manuel Garcia
de Operações Especiais (os Rangers), na
 porta d´armas do BC12, em Carmona, 1975
das Operações Especiais (Rangers) e coman-
dante do PELREC da CCS do BCAV. 8423, no qual também exerceu funções no Gabinete de Operações e como oficial de Acção Psicológica.
Natural de Pombal, em Carrazeda de Ansiães, lá regressou a 8 de Setembro de 1975, depois in-
gressando na Polícia Judiciária. Foi ao serviço desta, da Inspecção do Porto, que, entre Viseu e Mangualde, sofreu o acidente de que viria a fale-
cer, a 2 de Novembro de 1979 - deixando viúva a professora Olga Garcia e bebé a sua filha Marta.
«Possuidor de boas qualidades morais, huma-
nas e militares, constituiu sempre um todo coeso com os soldados que co-
mandava, com o que muito contribuiu para que na sua companhia se manti-
vesse perfeita disciplina e respeito pela hierarquia, muito facilitando a missão do comando que directamente servia», refere o louvor do comandante Almeida e Brito, sublinhando «o desembaraço e competência do seu comando».
O louvor destaca, também, o «alto espírito de sacrifício, em todos os momen-
tos difíceis em que foi necessária a sua acção», por outro lado salientando «a sua colaboração sempre pronta e esforçada à actividade operacional desen-
volvida na cidade de Carmona, aquando dos graves incidentes aí verificados».
Hoje e aqui, o lembramos com saudade. RIP!
O furriel António Cruz, de Aldeia
Viçosa, com a sua macaquinha.
Festeja 66 anos por duas vezes!
António Cruz
em 2018

Cruz, furriel da 2ª. CCAV.,
66 anos em Vieira do Minho

O furriel miliciano Cruz, da 2ª. CCAV. 8423, fes-
teja 66 anos a 1 de Maio de 2018. Nesse dia nasceu em 1952, mas registado foi apenas a 4 do mesmo mês. Assim era, por aquele tempo!
António de Oliveira Cruz foi atirador de Cava-
laria dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa, louvado na Ordem de Serviço nº. 174, «pela maneira como soube contrariar os erros encontrados no seu grupo de combate, tornando-o num todo coeso e que se enquadrou no espírito da sua Companhia, o que só foi conseguido quando, por falta do seu coman-
dante efectivo, foi chamado para interinamente exercer esse comando».
O furriel Cruz foi «mais tarde chamado à responsabilidade de todo o material da sua subunidade» e, nessa função, «nunca se furtou  a sacrifícios (...) para o que muitas vezes teve de se privar de horas de descanso».
O louvor do comandante do BCAV. 8423  sublinha, também, que era «militar simples, de grande sentido de disciplina, de correcção e trato saliente», sendo «um precioso auxiliar da vida da Companhia», o que «com agrado permite dis-
tingui-lo com a presente citação, premiando a sua carreira militar».
O António de Oliveira Cruz regressou a Portugal no no dia 10 de Setembro de 1975 e fixou-se em Figueiró, na freguesia de Mosteiro, concelho de Vieira do Minho, de onde é natural e onde reside. Foi professor e, já aposentado, lá continua a morar, para lá indo o nosso abraço de parabéns!
Afonso Henriques e Francisco Car-
los, que amanhá faz 66 anos em
Tondela. Aqui, 2015, em Mortágua

Sapador Carlos, 66
anos em Tondela !

Francisco Simões Carlos foi soldado sapador da CCS do BCAV. 8423 e festeja 66 anos a 1 de Maio de 2018.
O Carlos é natural do lugar de Botulho, da freguesia de Molelos, concelho de Tondela, aonde regressou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua comissão de serviço no Uíge Angola, onde integrou o Pelotão de Saadores, comandado pelo alferes miliciano Jaime Ri-
beiro. Lá reside e lá administra a sua empresa industrial de limpezas. Para lá vai o nosso abraço de parabéns!

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