CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 1 de maio de 2018

4 112 - Dificuldades no Uíge, mais de 100 mortos e feridos em Luanda!

Grupo de Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423. Ao centro, de braços
cruzados, o alferes miliciano Jaime Ribeiro, comandante do Pelotão de Sa-
padores. À sua esquerda, o furriel José Pires. À frente dele, o furriel Luís
Mosteias (falecido a 5 de Fevereiro de 2013, de doença e em Sines). À fren-
te deste e apoiado na mão direita, o 1º. cabo Manuel Marques (o Carpinteiro,
falecido a 1 de Novembro de 2011, de doença e em Ovar)

Os furriéis milicianos Farinhas (falecido a 14 de Julho
de 2005, de doença e em Amarante), Neto e Viegas no
Quitexe, com o inesquecível (não) engraxador Papelino

Os incidentes de Luanda, do final de Abril para Maio de 1975, resultaram em «mais de um centena de mortos e feridos», como noticiava a imprensa do dia 2 deste último mês. «Após dois dias de lutas entre movimentos de libertação rivais», notava o Diário de Lisboa de há precisamente 43 anos.
As autoridades portuguesas fizeram, na noite da véspera (dia 1), «apelos à or- 
dem», após «reuniões de emergência 
Notícia do Diário de Lisboa de
2 de Maio de 1975, sobre os
graves incidentes de Luanda
com os três movimentos de libertação».
A FNLA, pouco depois e ainda de acordo com o DL, «pediu aos seus partidários que cessem todas as suas hostilida-
des» e, por outro lado, «ordenou às suas tropas que re-
gressem aos seus aquartelamentos».
O MPLA, outro dos movimentos envolvidos nos lamentá-
veis e dramáticos incidentes/combates da capital Luanda, da mesma forma e pela voz do presidente Agostinho Neto, «aconselhou os seus militantes a evitarem qualquer acção ofensiva».
A UNITA de Jonas Savimbi, de seu lado, insistiu que o seu movimento - um dos três movimentos angolanos de libertação - «não esteve envolvido nas lu-
tas» de Luanda e pediu aos seus partidários que «mantivessem a disciplina».
Almeida e Brito, co-
mandante do BCAV. 8423

Tempo do Uíge,
há 43 anos !

Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, há precisamente 43 anos, prosseguiam a sua jornada por terras do Uíge, onde, de acordo com o livro «História da Unidade», crescentemente, e para além da evidente hostilidade da comunidade branca, no-
meadamente a europeia, começaram a ter «uma enorme difi-
culdade em fazer vingar o papel de árbitro atribuído», principalmente nas deli-
cadas e frias relações entre os movimentos angolanos de libertação.
Era essa «a missão prioritária» atribuída e corajosamente assumida pela uni-
dade de Cavalaria comandada pelo tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, que a procurou exercer em «posição de isenção». E efectivamente exerceu, mesmo. Com garbo e permanente coragem, sem quaisquer medos!
A Fazenda Santa Isabel, onde se aquartelou a
3ª. CCAV. 8423, a que pertenceu o 1º. cabo
Cardoso, que amanhã faz 66 anos na Moita 

Cardoso, 1º. cabo de Santa 
Isabel, 66 anos na Moita!

O 1º. cabo Cardoso, atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, festeja 66 anos a 2 de Maio de 2018.
António Manuel da Costa Cardoso, de seu no-me completo, foi Cavaleiro do Norte dos co-mandados do capitão miliciano José Paulo de Oliveira Fernandes e regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975. Fixou-se na Moita do Ribatejo, povoação da freguesia do Carvalhinho, no concelho da Moita - onde ainda mora, agora no Prédio Venezuela, da Estrada Principal. Para lá o vai o nosso abraço de parabéns.

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