O Quitexe actual, visto em imagem do Google. A mancha urbana é bem maior que a do tempo dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, em 1974 e 1975. Evoluiu principalmente para o lado de Luanda |
Os dias de Maio de 1975, pelas bandas do Uíge angolano, foram de constante adaptação do Cavaleiros do Norte aos novos tempos: os de implantação das mensagens políticas dos movimentos de libertação. Nem que à força fosse...
«Pareceria que o fim tácito de vários anos de guerra em Angola traria, como consequência, situações de acalmia em todo o seu território, procurando os vários movimentos emancipalistas através da ideologia política-social que
O Diário de Lisboa de 14 de Maio de 1975 falou da situa- ção política de Angola |
O problema é que, com os Cavaleiros do Norte expectantes, atentos e actuantes, falavam mais as armas que a palavra e sucediam-se os incidentes, um pouco por toda a Angola (com centenas de mortos em Luanda) e também a repetirem-se em Carmona e outras localidade do Uíge.
A imprensa do dia notava a presença de Melo Antunes em Luanda, para reunir com os três movimentos de libertação. O ministro dos Negócios Estrangeiros tinha encontros marcados com dirigentes do MPLA, da FNLA e da UNITA. Mas também notícias de incidentes, «embora de pouca gravidade», nomeadamente em Nova Lisboa, Teixeira de Sousa, Vila Nova, Cuíla e Caala.
Ao mesmo tempo e dia, chegaram a Lisboa «cerca de 800 colonos, que aban-
donaram Angola, após os últimos acontecimentos de Luanda» - cidade, que, de acordo com o Diário de Lisboa de 14 de Maio de há 43 anos, «continua a viver um clima de tensão nos bairros suburbanos».
José Louro, 1º. cabo sapador da CCS |
Louro, 1º. cabo sapador,
faria hoje 66 anos !!!
O 1º. cabo sapador José Louro, da CCS do BCAV. 8423, faria 66 anos a 14 de Maio de 2018, precisamente hoje. Faleceu a 23 de Julho de 2008, tragicamente, de suicídio.
José Adriano Nunes Louro foi Cavaleiro do Norte no Quitexe e Carmona e regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975. Fixou-se em Casal do Pinheiro, da freguesia de Casais, em Tomar, de onde era natural. Por lá fez vida, foi operador de máquinas pesadas, e casou (o filho é 1º. sargento do Exército), mas pôs termo à vida há 10 anos, pouco depois da morte da esposa, vítima de grave doença. Ao ser-lhe diagnosticada idêntica doença, e por «não querer sofrer, nem fazer sofrer a família», com acontecera com a sua mulher, optou por pôr termo à vida. Hoje, e com imensa saudade, recordamos este bom companheiro da jornada africana do Uíge angolano. RIP!!!
Ervedosa do Douro, de onde é o Baltazar Brites |
em S. João da Pesqueira!
O sapador Baltazar Serafim Brites, da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, está em festa no dia 15 de Maio de 2018: comemora 66 anos!
O Brites é natural de Serzedinho do Douro, da freguesia de Ervedosa do Douro, no concelho de S. João da Pes-
queira. Voltou lá no dia 8 de Setembro e faz vida profis-
sional com trabalhador da construção civil. Assim era, há 9 anos, quando foi contactado para o encontro de Águeda (em 2009). Sabemos que ainda lá re-
side, em período pré-reforma, e para lá vai o nosso forte abraço de parabéns!
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