CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 26 de maio de 2018

4 137 - A véspera da (não) partida da CCS para a jornada angolana"

Cavaleiros do Norte no Quitexe, homens do Parque-Auto: Canhoto, Miguel,  (mecânico),
Gaiteiro e NN. A seguir, Picote (de mãos as ancas e a sorrir), Teixeira (pintor), NN (mais
 atrás), Serra (de mãos na cinta) e NN (a sorrir), 1º. sargento Aires (de óculos e mãos cru-
zadas alferes Cruz (de branco), Frangãos (o Cuba), furriel Morais (de óculos), Joaquim
Celestino, NN (mais atrás), Esgueira (?, de braços cruzados) e NN (mãos na cinta). Em
baixo, Domingos Teixeira (estofador), Manuel Marques (o Carpinteiro, subitamente falecido
 a 1 de Novembro de 2011, em Esmoriz), Madaleno (atirador) e Pereira 

Alberto Ferreira, 1º. cabo Tomás, NN
(o Lajes?) e Mendes: Cavaleiros
do Norte no Quitexe, em 1974!
Almeida e Brito, tenente-coronel
 e comandante do BCAV. 8423

O domingo de 26 de Maio de 1974 foi o do adeus dos Ca-
valeiros do Norte da CCS, que no dia seguinte parti-
riam para Luanda, para a imensa Angola. Não parti-
ram, só dois dias depois, mas o fechar das malas des-
se dia de há 44 anos embru-
lhou-se em abraços de emo-
cionadas despedidas.
Há distância desta já tão distante data, ainda nos surpreende (!!!...) a calma e serenidade com que vi-
víamos estes dias de despedidas, do «adeus que
Viegas, furriel miliciano
de Operações Especiais
(Rangers) em 1974
vou para a guerra», como se, imaginariamente, e idealmente, 
fossemos passar umas boas férias pela imensa Angola. 
A este «estar de alma» não era indiferente o medrar da nossa juventude, desde a escola primária, a desenvolver-se sobre o estigma da guerra - para onde já tinham ido familiares, amigos, conhecidos. Era a nossa vez que chegava e para ela estáva-
mos mentalizados e sem quaisquer dúvidas, sem quaisquer constrangimentos, sem quaisquer medos. 
A formação militar entretanto adquirida (por Santarém e La-
mego) mais confiança inspirava, nomeadamente nos quadros operacionais. «Ir à guerra» era uma certeza, diriam alguns que uma fatalidade assumida. Por dever! 
«No campo da mentalização, em todas as semanas de instru-
ção e além das matérias naturais e normais da Escola de Recrutas, sempre foi distribuída documentação versando exactamente essa mentalização e (...) ori-
entada precisamente para essa mentalização», pode ler-se no livro «História da Unidade». 
A mobilização, de minha parte (furriel Viegas), correspondia a um tempo de lu-
to familiar, por falecimento do Senhor Meu Pai - que por toda a sua vida, sendo severo nas suas orientações e rigoroso nas suas exigências, sempre me inspi-
rou o sentimento de liberdade e responsabilidade. 
Sinto hoje, e todos estes anos passados, com toda a certeza, que se orgulharia da minha carreira de militar miliciano. Tal qual ele, mais de 30 anos antes.
O domingo de há 44 anos foi de despedidas e de fechar da mala onde levava o fardamento e roupa, para além de muitos livros e artigos pessoais e, no velho saco TAP, várias «encomendas» para familiares e amigos. 

Cardoso de Zalala, 
66 anos no Porto !

O soldado Rui Cardoso, da 1ª. CCAV. 8423, está em festa a 27 de Maio de 2018: comemora 66 anos no Porto.
Rui Manuel Miranda Cardoso foi atirador de Cavalaria dos Ca-
valeiros do Norte de Zalala e do capitão miliciano Castro Dias, integrando o grupo de combate do alferes miliciano Mário Jorge de Sousa e dos furriéis milicianos Victor Costa, Baldy Pereira e Évora Soares. Passou depois por Vista Alegre/Ponte do Dange e Songo, antes de Carmona, e regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, fixando-se no Bairro do Cerco do Porto, freguesia da Campanhã, da cidade do Porto - onde residia. Lá continua a viver e para lá vai o nosso abraço de parabéns!
José Barbosa

Barbosa, de A. Viçosa, 66
anos em  Gondomar !

O soldado condutor Barbosa, dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa, festeja 66 anos a 27 de Maio de 2018, 
José dos Santos Barbosa é natural e ao tempo residia em Fânze-
res, no concelho de Gondomar. Por razão que desconhecemos, o seu nome não consta da lista da 2ª. CCAV. 8423 que, a 10 de Setembro de 1975, desembarcou no aeroporto de Lisboa, no final da comissão militar em Angola. Sabemos, isso sim, que continua a morar na sua Fânzeres gondomarense, pro-
fissionalmente ligado à Agência Funerária Saramago, e para ele segue o nosso abraço de parabéns!

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