CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 23 de maio de 2018

4 134 - A Carmona, no Uíge, chegaram erradas notícias de Cabinda...

Cavaleiros do Norte, todos furriéis milicianos: Delmiro Ribeiro, António
 Fernandes, Viegas, Agostinho Belo (de óculos), Francisco Bento, Luís Costa
 (Morteiros) e António Flora. À frente, Ângelo Rabiço, Graciano Silva e
Joaquim Abrantes (de cachimbo)
Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de
Zalala, todos milicianos: furriéis Victor Costa,
Plácido Queirós e José Louro. À frente, o
alferes José Lains dos Santos

As notícias que, de Luanda e a 23 de Maio de 1975, chegavam a Carmona, apontavam para o pedido de demissão do Alto Comissário em Angola, o general António da Silva Cardoso. 
«A parcialidade agora plenamente demons-
trada abalou profundamente a confiança nele depositada pelo MPLA e pelos seus militan-
tes», considerava o movimento liderado por Agostinho Neto, acusando-o de «silenciar factos e extrema gravidade que, contribuindo gravemente para o agravamento da situação do nosso país».
A FNLA, por seu lado, apontou-lhe «insufici-ências naturais e inerentes ao peso das tare-
fas que tem sobre os ombros», mas estiman-
O general António da Silva Cardoso
na sua chegada a Angola em 1975
do que «mantenha a sua neutralidade, que o diferencia dos seus predecessores». O movi-
mento de libertação presidido por Holden Ro-
berto, de resto e em comunicado oficial, «rea-
firma-lhe total confiança».
O general Silva Cardoso foi Alto Comissário em Angola de 28 de Janeiro a 2 de Agosto de 1975, sucedendo ao almirante Rosa Coutinho. 

Cabinda sem ataques
e sem mortos e feridos
Notícia do Diário de Lisboa
de 23 de Maio de 1975

Um ano antes, precisamente, os Cavaleiros do Norte go-
zavam os dias de véspera de partida para Angola - que estava prevista para o dia 27 de Maio de 1975, a da CCS, que, afinal, seria dois dias adiada, acontecendo a 29, seguindo-se as três companhias operacionais - as dos capitães milicianos Da-
vide Castro Dias (da 1ª. CCAV. 8423), José Manuel Cruz (da2ª. CCAV. 8423) e José Paulo Fernandes (da 3ª. CCAV. 8423).
A imprensa do dia dava conta de um comunicado do Serviço de Informação Pública das Forças Armadas, desmentindo o MPLA que, através das agências noticiosas, noticiara que «as Forças Armadas teriam sofrido uma emboscada em Cabinda», da qual teriam resultado 11 mortos e 12 feridos.
«Desde o dia 25 de Abril, as nossas forças tiveram apenas alguns (poucos) feridos naquele distrito, em resultado ao accionamento de minas anti-pessoal, em três ocasiões diferentes», reportava o Diário de Lisboa de há 44 anos.


Manuel Nunes,
o Amarante
Nunes, o Amarante,
morreu há 18 anos!

O soldado sapador Manuel Nunes, da CCS do BCAV. 8423, faleceu há 18 anos, a 24 de Maio de 2000, aos 48 de idade, vítima de doença e em Amarante, a sua terra natal.
Manuel Augusto Nunes, de seu nome, era justamente conhecido como Amarante e integrou o pelotão comandado pelo alferes mili-
ciano Jaime Ribeiro. Regressou a Portugal no dia 8 de Setembro e fixou-se na sua localidade de nascimento (Estradinha, em Telões), a 6 de Feve-
reiro de 1952. Casou (com uma senhora relativamente mais velha), mas não te-
ve filhos. Hoje o recordamos, com saudade. RIP!!!

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