CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 20 de abril de 2020

5 033 - Comandante no Negage em dia de incidentes!

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423. Sentados, os alferes Carvalho de Sousa e João Machado, capitão
José Manuel Cruz, alferes Jorge Capela e furriel José Fernando Melo, todos milicianos. De pé e à direita,
 João Rito, que hoje faria 68 anos mas, de doença, faleceu a 01/03/2016. Alguém identifica os outros dois?
Condutores da CCS: Manuel Alves (?), Alípio
Canhoto (ambos em cima), Delfim Serra,
António Picote e Manuel Gonçalves

O dia-a-dia angolano do Uíge de há 45 anos, dia 20 de Abril de 1975, continuava mais ou menos calmo, mas repetindo-se incidentes, avulsos, entre os homens armados dos movimentos de libertação, desejosos de marcar posição no território político. 
Só que pela força das armas...
A intensa actividade desenvolvida nos patrulhamentos de longo curso não eram alheios à acalmia, que mais ou menos estabilizava a vida colectiva. Assim como os serviços de «policiamento» permanentemente desenvolvidos nas malhas urbanas - ora em Carmona, principalmente, ora no Negage, no Songo, no Quitexe e em em Vista Alegre/Ponte do Dange, por onde ainda estavam activos aquartelamentos militares portugueses.
A 20 de Abril de 1975, porém, essa estabilidade foi quebrada no Negage, o que, segundo o relato do livro «História da Unidade», «obrigou à realização de uma reunião conjunta com a FNLA, de modo a obter uma mentalização do que deverá ser a missão das NT e dos Exércitos de Libertação neste período que decorre até à independência».
O que andava em causa, na pratica, era uma questão de autoridade e soberania: que ainda era totalmente responsabilizada às Forças Armadas Portuguesas. O que, valha a verdade, não era muito bem aceite pelos movimentos de libertação - que entre eles também não se entendiam.

Almeida e Brito
Almeida e Brito na CCAÇ. 4741 em
dia de incidentes no Negage !

O comandante Carlos Almeida e Brito deslocou-se ao Negage no dia 20 de Abril de 1975, na «continuação das visitas às subunidades» então operacionalmente dependentes do BCAV. 8423.
Lá estava aquartelada a CCAÇ. 4741/74 e o dia, como acima se lê, coincidiu com os incidentes  desta cidade, o que obrigou à realização da sobredita reunião conjunta, com a FNLA, com vista a «encontrar entendimentos entre os movimentos». O que, valha a verdade, não era nada fácil. Bem pelo contrário! Eram bem conhecidas as suas diferenças políticas, cada vez mais «discutidas» pelas armas.

João J. Rito e esposa, no
encontro do Fundão (2013)

Rito de Aldeia Viçosa
faria 67 anos !

O soldado João Jerónimo Rito, da 2ª. CCAV. 8423, faria 68 anos a 20 de Abril de 2020  mas, de doença, faleceu a 1 de Março de 2016.
Cavaleiro do Norte atirador de Cavalaria, regressou a Castelo Branco no dia 10 de Setembro de 1975, por lá fazendo a sua vida familiar e profissional. 
Doença incurável levou-o do nosso convívio físico, falecendo a 1 de Março de 2016, na sua Castelo Branco natal, enlutando família e amigos. Entre eles, os companheiro dos tempos angolanos dos chãos angolanos! RIP!!!
Abílio Gonçalves

Gonçalves, cripto de Santa Isabel,
6o anos em Oliveira de Azeméis!

O 1º. cabo Abílio Pimenta Gonçalves, operador-cripto da 3ª. CCAV. 8423, comemora 68 anos a 20 de Abril de 2019.
Cavaleiro do Norte da Fazenda de Santa Isabel e natural do lugar de Costa, da freguesia e vila de Cucujães, do município de Oliveira de Azeméis, lá voltou a 11 de Setembro de 1975, quando terminou a sua comissão angolana.
Por lá continua a viver e não se «poupa» aos encontros anuais dos Cavaleiros de Santa Isabel. Para ele vai o nosso abraço de parabéns!

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