CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

5 644 - Comandante Almeida e Brito de volta ao Quitexe! Descolonização «emperrada» entre movimentos!

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV . 8423, a de Aldeia Viçosa, em operação de transporte de água: António
Soares, António Abrantes, 1ºs. cabos Manuel de Jesus Mendes (que hoje festeja 66 anos nas Termas
de Monfortinho) e João Teodósio. Ao volante, está o Martins Oliveira

A parada do Quitexe, com o alferes miliciano Jaime Ribeiro
em primeiro plano e vários Cavaleiros do Norte preparados
para mais uma futebolada. Vêem-se, também, as oficinas,
o refeitório e a bomba de gasolina


Os dias de Dezembro de 1974, já lá vão 47 anos!..., iam sendo riscados no calendário, um atrás de outro, estava cada vez mais próximo no Dia de Natal e os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 continuavam expectantes quanto ao processo de descolonização de Angola.
Processo que parecia andar a «emperrar» nas negociações entre os três movimentos de libertação: o MPLA de Agostinho Neto, a FNLA de Holden Roberto e a UNITA de Jonas 
Presidentes Holden Roberto, Agostinho
Neto e Jonas Savimbi
Savimbi.
A FNLA, em Paris, e pela voz de Pakou Zola, seu representante na Europa e em declarações à Agência Reuters, acusava o MPLA e, em particular, o seu presidente - o médico Agostinho Neto -, de «ter feito todos os possíveis para criar dificuldades de última hora» à realização da Cimeira entre os três movimentos. 
O mesmo dirigente do movimento presidido por Holden Roberto, que falava na capital francesa, acrescentou que FNLA e UNITA já tinham chegado a acordo sobre a frente comum de formação do Governo de Transição de Angola, «faltando agora apenas a unificação do MPLA». 
A tempo, e ainda citando Pakou Zola, a China e a Roménia prestavam «apoio sincero e desinteressado» à FNLA, enquanto a União Soviética apoiava «uma das facções do MPLA». «Estamos muito preocupados cm a política da União Soviética em relação a Angola, a qual poderá conduzir a uma guerra fratricida», disse o dirigente da FNLA para a Europa.
O major Almeida e Brito, o tenente coronel
António Amaral, comandante do BCAV.1917,
 e, à direita, o comandante da CCAÇ. 1306, 

a do Liberato. Foto do Blog do César

Almeida e Brito
voltou ao Quitexe !

O tenente-coronel Carlos Almeida e Brito voltou ao Quitexe por estes dias de Dezembro de 1974, depois das férias em Portugal e retomando o comando do BCAV. 8423.
Curiosamente, a 17 de Dezembro mas de 6 anos antes (em 1968) deixou o Quitexe, onde, com a patente de major, tinha sido oficial de operações do BCAV. 1917 - a que, em rendição individual, chegara a 24 de Janeiro de 1968.
Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito, depois da jornada angolana do Uíge, foi comandante da Polícia Militar (PM) em Lisboa, 2º. comandante da Região Militar Centro, em Coimbra; comandou a Região Militar Sul, em Évora, e foi 2º. comandante geral da GNR.  Talvez tenha exercido outras funções, não sabemos. 
Atingiu a patente de general e faleceu de doença súbita, durante uma viagem turística a Espanha, no dia 20 de Junho de 2003. RIP!!!

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