Cavaleiros do Norte do PELREC: soldado Alberto Ferreira, 1º. cabo João Pinto e soldados Francisco Madaleno e João Marcos, todos atiradores de Cavalaria |
A ordem de serviço nº. 112 do BCAV. 8423, a de 19 de Outubro de 1974, deu conta de uma punição disciplinar ao soldado «pelrec» João Marcos, Cavaleiro do Norte sem medos e sem indisciplinas.
O que foi, ou o que não foi?
João Manuel Lopes Marcos, natural e residente no Pego, em Abrantes, foi Cavaleiro do Norte dos bons: disciplinado e sempre cortez, às vezes irreverente mas sempre cumpridor de deveres, sem quaisquer dúvidas, colaborante e activo, sempre disponível para o que necessário fosse. Pois, imagine-se, foi castigado com 20 dias de prisão disciplinar agravada, pelo Comando do BCAV. 8423, depois agravada pelo Comando da Zona Militar Norte (ZMN).
Perguntámos-lhe pela história, dela não lembrados.
João Manuel Lopes Marcos, natural e residente no Pego, em Abrantes, foi Cavaleiro do Norte dos bons: disciplinado e sempre cortez, às vezes irreverente mas sempre cumpridor de deveres, sem quaisquer dúvidas, colaborante e activo, sempre disponível para o que necessário fosse. Pois, imagine-se, foi castigado com 20 dias de prisão disciplinar agravada, pelo Comando do BCAV. 8423, depois agravada pelo Comando da Zona Militar Norte (ZMN).
Perguntámos-lhe pela história, dela não lembrados.
«Que crime cometeste tu, ó Marcos?», perguntámos nós.
«Eu não fiz nada, mas o alferes embirrou comigo e nem sequer cumpri prisão nenhuma. Ficou tudo em papéis...», disse-nos ele, 43 anos depois, quando o ouvimos.
A história, na sua versão, passa pela saída do Bar do Topete, saída dele, do Florêncio, do Silvestre e de outros, de «beber uns copos». Ao entrar no quartel, em grande algazarra, e tanto tempo depois não vem mal ao mundo se falarmos dos nomes, o Florêncio terá mandado o alferes Rosa, que estava de oficial dia, para um certo sítio. Em linguagem de tropa, vernácula e usual.
O acusado foi o Marcos, vá lá saber-se porquê..., e nada e ninguém convenceu o oficial miliciano da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, da não culpa dele.
«Eu não fiz nada, mas o alferes embirrou comigo e nem sequer cumpri prisão nenhuma. Ficou tudo em papéis...», disse-nos ele, 43 anos depois, quando o ouvimos.
A história, na sua versão, passa pela saída do Bar do Topete, saída dele, do Florêncio, do Silvestre e de outros, de «beber uns copos». Ao entrar no quartel, em grande algazarra, e tanto tempo depois não vem mal ao mundo se falarmos dos nomes, o Florêncio terá mandado o alferes Rosa, que estava de oficial dia, para um certo sítio. Em linguagem de tropa, vernácula e usual.
O acusado foi o Marcos, vá lá saber-se porquê..., e nada e ninguém convenceu o oficial miliciano da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, da não culpa dele.
«A malta ia com os copos, eu estava à porta d´armas a substituir o Silvestre e fui acusado sem mais nem menos. Mas não fui eu e nunca estive na cadeia», contou o Marcos, desempoeirado sobre o caso de há 47 anos, mas sem deixar de dizer que «ainda hoje tenho um pó do caraças ao alferes». Na verdade, acrescentou o Marcos, «ninguém gosta de ser castigado em razão».
Desarmamento dos
milícias do Uíge !
Ao tempo desses mesmos 49 anos que se passaram, preparava-se o desarmamento dos milícias, no âmbito do processo de descolonização de Angola, e os quadros dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 iam sendo sensibilizados para a delicadeza de tal operação.
Os milícias actuavam em defesa dos povos (as sanzalas, aldeias de nativos...), sob «comando» dos respectivos regedores e, putativamente, admitia-se que reagissem mal. Afinal, eram homens até aí subordinados e ao serviço das Forças Armadas Portuguesas - embora toda a gente soubesse que também «privavam» com o IN.
Temia-se, nesse quadro, que fossem alvo de vinganças e represálias.
Os milícias estavam em dupla situação: tinham servido o Exército Português e Portugal e estavam em vésperas de uma nova realidade: a da Angola independente. Como, sobre eles, reagiriam os novos senhores?
Tomás, 1º. cabo da CCS,
71 anos em Lousada !
O 1º. cabo Rodolfo Hernâni Tavares Tomás, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, na saudosa vila do Quitexe uíjano, festeja 71 anos a 19 de Outubro de 2023.
Hoje mesmo!
Rádio-montador de especialidade militar e natural da Cedofeita, na cidade do Porto, lá voltou a 8 de Setembro de 1975, tendo sido louvado pelo comandante Almeida e Brito, do BCAV. 8423 e por ser «militar disciplinado, correcto e inexcedível no zelo e eficiência postos no trabalho».
Trabalhou na Secção de Reabastecimentos e, sublinha o louvor, «dedicou todo o seu esforço na aprendizagem dessa missão, vindo a desempenhá-la com competência», acumulando-a com os serviços da sua especialidade técnica e «não se poupando a esforços nem a horários para solucionar avarias do material, chegando mesmo a colaborar em serviços de interesse público, de âmbito não militar, quer no Quitexe quer em Carmona».
71 anos em Lousada !
O 1º. cabo Rodolfo Hernâni Tavares Tomás, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, na saudosa vila do Quitexe uíjano, festeja 71 anos a 19 de Outubro de 2023.
Hoje mesmo!
Rádio-montador de especialidade militar e natural da Cedofeita, na cidade do Porto, lá voltou a 8 de Setembro de 1975, tendo sido louvado pelo comandante Almeida e Brito, do BCAV. 8423 e por ser «militar disciplinado, correcto e inexcedível no zelo e eficiência postos no trabalho».
Trabalhou na Secção de Reabastecimentos e, sublinha o louvor, «dedicou todo o seu esforço na aprendizagem dessa missão, vindo a desempenhá-la com competência», acumulando-a com os serviços da sua especialidade técnica e «não se poupando a esforços nem a horários para solucionar avarias do material, chegando mesmo a colaborar em serviços de interesse público, de âmbito não militar, quer no Quitexe quer em Carmona».
O louvor sublinha também que foi «militar excepcionalmente bem educado e bom camarada», um Cavaleiro do Norte que «granjeou a estima dos seus superiores e camaradas».
O Tomás vive em Lousada, recuperando de alguns problemas da sua fragilizada saúde. Com ele falámos há momentos e sublinhamos a sua resiliência e confiança no futuro.
O Tomás vive em Lousada, recuperando de alguns problemas da sua fragilizada saúde. Com ele falámos há momentos e sublinhamos a sua resiliência e confiança no futuro.
Grande e forte abraço de parabéns!
Neta de Luísa Maria
em festa de 45 anos!
Lucília é neta de Eduardo Bento da Silva, que foi sócio-gerente da Fazenda Luísa Maria, onde se aquartelou um destacamento do BCAV. 8423.
Franco, generoso e leal anfitrião dos Cavaleiros do Norte e ao tempo na casa dos 48/49 anos, por lá nos recebeu (sempre muito bem...), partilhando com os aquartelados os delicados tempos pré-independência. Regressou a Portugal e fixou-se em Condeixa-a-Nova, estabelecendo-se em Taveiro com um mini-mercado. Faleceu a 11 de Setembro e faria 81 anos a 10 de Outubro de 2011.
Ora vejam como a vida é: a neta Lucília faz hoje 45 anos!
Lucília é filha de Adelaide, a Lai-Lai de Luísa Maria e irmã de Rosa e do engº. Eduardo Cocenas da Silva. Acrescentou o apelido Almeida, pelo casamento, e também mãe de Natacha, esta de 39 anos e todos moradores em Condeixa.
Ora vejam como a vida é: a neta Lucília faz hoje 45 anos!
Lucília é filha de Adelaide, a Lai-Lai de Luísa Maria e irmã de Rosa e do engº. Eduardo Cocenas da Silva. Acrescentou o apelido Almeida, pelo casamento, e também mãe de Natacha, esta de 39 anos e todos moradores em Condeixa.
Parabéns!
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