CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 12 de março de 2024

7 384 - «Perguntai ao Inimigo Quem Somos» foi o lema dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423!

Cavaleiros do Norte num momento de boa disposição, no Quitexe. Atrás, NN (de bigode, quem o reconhece?)
NN (meio tapado), Ferreira e 1º. cabo Almeida. Depois, em grande plano, o 1º. cabo Porfírio Malheiro (de claro),
NN (tapado), alferes Ribeiro (meio tapado) e 1ºs. cabos Teixeira (estofador) e Frangãos (o Cuba, de óculos),
 À frente, Miguel (condutor), furriel Morais (de bigode), alferes Cruz (de óculos) e 1º. sargento Aires


Cavaleiros do Norte operadores-cripto em passeio «civil»: os 1ºs
  cabos Manuel Deus (da 3ª. CCAV., a da Fazenda Santa Isabel),

 Abel Felicíssimo e Ângelo Lourenço (ambos da 1ª. CCAV. 8423,
a da Fazenda Zalala)

Há 50 anos e nos idos 12 dias de Março de 1974, o BCAV. 8423 continuava a receber especialistas e a fomentar o espírito de grupo tão necessário e sublinhado pelo comandante Almeida e Brito.
«Ser-se da Cavalaria não é ser-se melhor nem pior, é ser-se diferente. Ser-se do RC4 é obedecer ao lema «Perguntai ao Inimigo Quem Somos» (...). O soldado Português é dos melhores do mundo», lia-se na documentação que era entregue aos futuros Cavaleiros do Norte. 
O Serviço de Informação Pública (SIP) das Forças Armadas, nesse dia, dava conta de mais 6 mortos em combate: dois na Guiné, um em Moçambique e três em Angola. Neste caso, todos do recrutamento local.
O furriel José Fernando Carvalho, da 3ª. CCAV.
 8423, aqui já no Quitexe e em princípios de 1975

Especialistas para o RC4
e arroz para... Angola !


Uma nota da véspera, no «Diário de Lisboa», dava conta da necessidade de Angola importar arroz, nada mais nada menos que 2000 toneladas para «garantir o regular abastecimento em condições económicas para o consumidor». A importação iria ser assegurada pelo Instituto de Cereais de Angola, a partir dos portos de Luanda e Lobito.
O Campo Militar de Santa Margarida e em particular o Regimento de Cavalaria nº. 4 (RC4) e especialmente o Destacamento (deste), onde se aquartelava o BCAV. 8423, continuava a receber, por apresentação e «por irem servir no ultramar», mais militares especialistas. 
Especialistas que se juntavam a outros, já entretanto chegados: os enfermeiros, os rádio-telegrafistas, os operadores de mensagens e os operadores-cripto, rádio-montadores, condutores, escriturários e cozinheiros, padeiros, sapadores de infantaria e analistas de águas, mecânicos-auto, operadores de combustíveis, bate-chapas e electricistas, mecânicos electricistas e mecânicos de armamento ligeiro, apontadores de morteiros de várias distâncias, carpinteiros, clarins, de tudo um pouco..., para, na frente de combate, minimamente se estabelecerem as bases mínimas de segurança manutenção do dia-a-dia). 
E também aos atiradores de Cavalaria que lá tinham feito a Escola de Recrutas, já com os quadros milicianos mobilizados - os futuros alferes (aspirantes a oficiais milicianos) e furriéis (1ºs. cabos milicianos), na instrução militar ministrada entre 8 de Janeiro e 22 de Fevereiro desse ano de 1974.
1º. cabo C. Mendes
Os especialistas que se apresentaram no RC4, ampliando e solidificando o corpo do batalhão, há 46 anos e no dia 12 de Março de 1974, uma terça-feira, foram os seguintes:

CCS, Companhia 
do Quitexe !

- Carlos Alberto de Jesus Mendes, 1º. cabo mecânico electricista.
Transferido do Grupo de Companhias de Trem Automóvel (GCTA), em Lisboa. Natural da freguesia de Santa Isabel, em Lisboa. Morava na rua Presidente Arriaga e faleceu a 21 de Abril de 2010, em Lisboa (nos Prazeres), vítima de doença. RIP!

- 1ª. CCAV. 8423, 
Carlos Costa
de Zalala !

- Carlos Alberto dos Santos Costa, soldado de transmissões de infantaria, transferido do Regimento de Infantaria nº. 1 (RI 1), em Queluz. 
Natural da Mouraria, em Lisboa, ao tempo do regresso a Portugal, morava na Avenida 24 de Julho, da freguesia de Santos, também em Lisboa. Faleceu a 24 de Abril de 2015, há quase 9 anos e vítima de doença, em Azeitão, no concelho de Setúbal, onde vivia. RIP!!!

2ª. CCAV. 8423, a 
de Aldeia Viçosa!

- Joaquim António Almeida Rodrigues, soldado de transmissões de infantaria.
Transferido do Regimento de Infantaria nº. 1 (RI 1), em Queluz
Mora em Camarate, no município de Loures. 
- Carlos Alberto de Abreu Costa (Mouraria), soldado da transmissões.
Transferido do Regimento de Artilharia Ligeira nº. 1 (RAL 1), em Lisboa. Mora nna Amadora.
- Joaquim S. Santos, soldado.
Transferido do Regimento de Artilharia Ligeira nº. 1 (RAL 1), em Lisboa. Destino desconhecido.
1º. cabo M. Deus

3ª. CAV. 8423, a 
de Santa Isabel!

- Abílio Pimenta Gonçalves, 1º. cabo operador-cripto.
Transferido do Batalhão de Reconhecimento de Transmissões (BRT), na Ajuda, em Lisboa.  
Natural do lugar de Costa, em Cucujães, concelho de Oliveira de Azeméis, onde reside.
- Manuel Ramos Deus, 1º. cabo operador-cripto.
 Transferido do Batalhão de Reconhecimento de Transmissões (BRT), na Ajuda. Ao tempo do regresso a Portugal, a 11 de Setembro de 1975, morava na Rua do Cardal da Graça, em Lisboa.
 

Henrique Esgueira
Esgueira, condutor 
da CCS, faz 72 anos 
na Amadora!

O soldado Henrique Nunes Esgueira festejou 72 anos a 7 de Janeiro de 2024. Mas apenas foi registado a 12 de Março seguinte. Faz, assim, 72 anos por duas vezes. Que luxo!
Cavaleiro do Norte do BCAV. 8423, é natural de Figueira Redonda, lugar da freguesia de Serra,  do município de Tomar, foi condutor auto-rodas de especialidade militar e combatente da CCS. Regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, à sua terra natal. A vida, entretanto, levou-o para as bandas da Amadora, na Grande Lisboa, onde reside e é empresário do sector da construção civil.
É o organizador do encontro de 2024, que está marcado para 8 de Junho, na cidade de Tomar.
Para lá e para ele vão os nossos renovados parabéns !

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