Quitexe, na véspera de Natal de 1974: os furriéis milicianos Cândido Pires (em primeiro plano), Agostinho Belo (óculos), Viegas e José Carlos Fonseca (bigode) |
O dia-a-dia era preenchido com serviços de ordem e os continuados patrulhamentos em toda a Zona de Acçâo (ZA), particularmente na Estrada do Café - por onde passava grande parte da actividade económica da região. Era o caso do transporte do café para os frades armazéns e porto de Luanda - o de escoamento de muitos produtos de exportação.
O descolonização de Angola continuava e, dia a dia, iam riscando dias no calendário e, sem quaisquer reservas, a cumprir a sua nobre missão de dar ensejo ao processo de descolonização de Angola.
O Alto Comissário Rosa Coutinho, ladeado pelos presidentes Agostinho Neto (do MPLA, à esquerda) e Jonas Savimbi (da UNITA) |
Acordo do Luso foi
«histórico e vital!»
O Alto Comissário Português em Angola, o almirante António Alva Rosa Coutinho, considerou a esse mesmo tempo, «histórico e vital» o acordo há 50 anos celebrado, na cidade do Luso, em Angola, entre os presidentes Agostinho Neto (do MPLA) e Jonas Savimbi (da UNITA).
O oficial português sublinhou, porém, que «só ficarei descansado quando vir reunidos no território de Angola, os presidentes dos três movimentos».
Os dois e a FNLA de Holden Roberto.
«O que se está a tratar não é tanto do estabelecimento de uma frente comum, como do processo de independência de Angola», disse Rosa Coutinho, que falava em Lisboa, chegado de Luanda em vésperas do Natal de 1974 e para «conversações com as autoridades centrais».
«O que se está a tratar não é tanto do estabelecimento de uma frente comum, como do processo de independência de Angola», disse Rosa Coutinho, que falava em Lisboa, chegado de Luanda em vésperas do Natal de 1974 e para «conversações com as autoridades centrais».
Ainda voltaria a Angola antes do Natal desse ano de 1974 - já lá vão 50 anos!!!!... - e, nas declarações à imprensa lisboeta, disse também que estava «confiante na realização da cimeira dos três movimentos ainda antes do final do ano». Como hoje se sabe, tal não viria a acontecer, mas a esse momento existia essa esperança.
Quanto à formação do Governo de Transição de Angola, que então muito se expectava, o Alto Comissário manifestou-se, todavia, menos confiante: «Sou optimista mas não tanto», disse Rosa Coutinho, sobre a possibilidade de antes do final de Janeiro de 1975, se formar o dito Governo.
Quanto à formação do Governo de Transição de Angola, que então muito se expectava, o Alto Comissário manifestou-se, todavia, menos confiante: «Sou optimista mas não tanto», disse Rosa Coutinho, sobre a possibilidade de antes do final de Janeiro de 1975, se formar o dito Governo.
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