CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 22 de dezembro de 2024

Delegações dos movimentos no Uíge angolano! O MPLA, a FNLA e a UNITA no combate político !

Cavaleiros do Norte no Quitexe: o José Miguel Santos (?), os 1ºs. cabos Jorge Salgueiro
Salgueiro e Luís Oliveira. E a seguir, quem é? É tudo malta da 
transmissões? Ou não? O
da direita é o 1º. cabo enfermeiro Victor Florindo, da CCS!

A secretaria da FNLA, no Quitexe, foi atacada pelo
MPLA em Março de 1975. Em primeiro plano, o 1º.
cabo Deus, operador-cripto da 3ª. CCAV. 8423



Os dias de Dezembro de 1974, já lá vão distantes e muito saudosos 50 anos, foram sendo riscados do calendário e, com o seu andar, aproximava-se o nosso primeiro (e único) Natal angolano.
O primeiro e único Natal passado fora dos nossos chãos natais e das casas de família para a esmagadora maioria dos combatentes dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 - que jornadeavam por terras do Uíge, no «militarizado» norte angolano.
O mês natalício desse tempo foi também de apresentação oficial de combatentes dos três movimentos, no seguimento do processo de descolonização.
«Abriram delegação em Carmona e, com o decorrer do mês, apareceram secretarias no Quitexe e em Aldeia Viçosa», reporta o livro «História da Unidade», de que nos socorremos, para fazer memória da nossa «aventura» por terras do norte de Angola.
Os presidentes Agostinho Neto (do MPLA),
Holden Roberto (da FNLA) e Jonas
Malheiros Savimbi (da UNITA)

O MPLA, a FNLA e a UNITA
no combate... político !


A FNLA de Holden Roberto era, claramente, o movimento mais implantado na (nossa) zona norte de Angola e com os seus guerrilheiros nos «espreitámos» muitas vezes nas matas, nos trilhos e nas picadas do Uíge angolano. 
Felizmente, sem qualquer «combate»!
O MPLA de Agostinho Neto era o segundo mais activo e muito menos a UNITA de Jonas Malheiros Savimbi. Julgamos saber que nem actuavam pelas (nossas) bandas uíjanas.
Os seus dirigentes (os comissários políticos, assim se apresentavam às autoridades portuguesas...) procuravam, o mais que podiam, espalhar as suas ideias e projectos para o novo país (Angola) que ia nascer, tentando atrair novos militantes - principalmente entre a comunidade indígena mas também, se bem nos lembramos, entre os colonos brancos, muito embora estes «pensando com reservas sobre o seu futuro».
Os movimentos procuraram, por outro lado e cada vez mais, «instalar-se nos locais abandonados pelas NT». Refere o livro «História da Unidade» que «começou a verificar-se uma aproximação dos referidos movimentos, nomeadamente aos povos já há tempo fixados, na sua maioria com incidência da FNLA mas também, em alguns casos, do MPLA».
«Adivinha(va)-se uma reserva latente entre os dois movimentos, já que na área predominava a FNLA, mas também, em alguns casos, o MPLA», refere o «História da Unidade».

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