CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

- Há 50 anos: O dia da independência na Cimeira do Alvor! Os debates políticos no Quitexe!


O Clube do Quitexe, na Estrada do Café e dentro da vila
que foi sede do BCAV. 8423. Imagem de 24 e Setembro
de 2019. Quando por lá passou o furriel Viegas


O Diário de Lisboa e a
 independência de Angola


O dia 13 de Janeiro de 1975 foi uma segunda-feira de há 50 anos e tempo de se confirmar 11 de Novembro como o da independência de Angola.
O comunicado oficial da Cimeira do Alvor fora do final da noite anterior e sublinhava «os avanços substanciais» e admitia mesmo «uma solução mais rápida do que aquelas previstas ainda esta manhã», como noticiava o «Diário de Lisboa».
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, lá pelo Uíge angolano, continuavam muito expectantes mas de alguma maneira também distantes. 
Os politicamente mais esclarecidos que seriam o Manuel Machado e o Luís Mosteias (falecido a 5 de Fevereiro de 2013, de doença e em Vila Nova de Santo André) - que coincidiam na área, mas não totalmente nas razões.
Os furriéis milicianos Viegas, Mosteias (falecido a
 05/02/2013, de doença e em Santo André) e Neto
 Eram populares os bitaites do Cândido e quer o Neto, quer eu (Viegas), gostávamos de apimentar os inquietos debates com «bocas» e sátiras, tornando quase intermináveis as diárias discussões do bar e messe de sargentos.

Movimentos de Angola
a uma... só voz !


A Cimeira do Alvor continuava e era dada como certa a saída do almirante Rosa Coutinho (após a formação do Governo Provisório) e indicavam-se três nomes como possíveis futuros Alto-Comissários: o então brigadeiro Silva Cardoso, o tenente-coronel Gonçalves Ribeiro e o major Pezarat Correia.
Mário Soares, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, fez declarações sobre os três movimentos, referindo que falavam agora (então) «a uma só voz», mas foi desmentido por Paulo Jorge, do MPLA: «Isso é o que diz o Ministro do Negócios Estrangeiros de Portugal e não o que diz o MPLA. Essa é a opinião do dr. Soares».
Saidy Mingas, também do MPLA e sobre o processo de descolonização, comentou no Alvor que «uma descolonização reaccionária levaria ao neocolonialismo». Acrescentou que «o neocolonialismo em Angola significará a guerra»
Assim ia, há 50 anos, o processo de independência de Angola...

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