CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 10 de maio de 2025

- HÁ 51 ANOS: O último dia do IAO do BCAV. 8423!

 

O Regimento de Cavalaria 4, em Santa Margarida (anos 2000)

Os futuros furriéis milicianos Ferreira (de outra unidade), Viegas,
Monteiro (encoberto) e Neto. Há 51 anose no RC4!


A período de Instrução Altamente Operacional (IAO) do BCAV. 8423 terminou a 10 de Maio de 1974, há precisamente 51 anos e pelas bandas da Mata do Soares, nos arredores do Campo Militar de Santa Margarida.
O BCAV. 8423 era comandado pelo tenente-coronel Carlos Almeida e Brito (que faleceu a 20 de Junho de 2003, no decorrer de um passeio turístico e subitamente, em Espanha, já reformado e general de patente militar) e as quatro companhias pelo capitão António Martins de Oliveira (a CCS) e os então tenentes e futuros capitães milicianos Davide Castro Dias (a 1ª. CCAV. 8423), José Manuel Cruz (a 2ª. CCAV. 8423) e José Paulo Fernandes (a 3ª. CCAV. 8423).
O IAO tinha começado no dia 3 anterior e com as quatro Companhias dos futuros Cavaleiros do Norte «já com autonomia (...), com vista a pô-las a viver à
semelhança, embora ténue, daquilo que iria ser a sua vida no ultramar». 
Em Angola, no nosso caso.
Cavaleiros do Norte no  IAO: os futuros
furriéis milicianos Letras, Louro e Costa
(de pé) e Brejo (sentado)

O PELREC numa boda
do após 25 de Abril!

O PELREC era comandado pelo alferes miliciano António Garcia - que faleceu de acidente a 2 de Novembro de 1979, quando era agente da Polícia Judiciária - e «funcionava» como inimigo (o IN) das três companhias operacionais.
Inusitado, destes dias recordo que sofri a mais violenta dor de cabeça de toda a minha vida. E, valha a verdade, nem sequer sou «utente» desta doença. 
Há 51 anos, todavia, foi de tal forma violenta que me mandaram à enfermaria do RC4 onde, algo estranhamente, um velho médico militar me receitou massagens nas pernas. E a verdade é que as dores de cabeça passaram. Até hoje!
Outro momento que recordo foi o de termos participado no almoço de um casamento, nesse fim fim de semana e... convidados. Vivia-se, ao tempo, a euforia do 25 de Abril e, ao verem a tropa (o PELREC) a passar, chamaram-nos para a boda, que festivamente decorria ao ar livre, numa espécie de quinta. Fomos vivamente aplaudidos, comemos e bebemos e retomámos a função de IN, depois deste insólito momento de preparação militar - dita altamente operacional.
Isto foi há 51 anos! Passou rápido, o tempo!

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