CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 29 de maio de 2025

- Há 51 anos: A partida da CCS do BCAV. 8423 para Angola!

Cavaleiros do Norte do PELREC, já no Quitexe: 1º. cabo Joaquim Almeida (falecido a 28/02/2009), Messejana
 (f. a 27/09/2009), Neves, 1º. cabo Soares (f. em ??/3/2019, Florêncio, Marcos, 1º. cabo Pinto, Caixarias e 1º.
 cabo 
Florindo (enfermeiro). Em baixo, 1º. cabo Vicente (f. a 21/01/1997), furriel Viegas, Leal (f. a 18/06/2007), 1º.
cabo Oliveira (TRMS), 1º. cabo Hipólito, Aurélio (Barbeiro), Madaleno e furriel Neto

O capitão António Oliveira, comandante da CCS, os alferes
milicianos Cruz, Ribeiro e Garcia e o furriel miliciano Viegas
 na sanzala do Cazenza, na saída do Quitexe para Camabatela.
Em destaque, nota-se a Igreja de Santa Maria de Deus


Quarta-feira, dia 29 de Maio de 1974!
Já lá vão 51 anos!!!
O dia «acordou» sem quaisquer novidades especiais para os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 que, no Destacamento ou nas messes do Regimento de Cavalaria 4 (RC4), em Santa Margarida, aguardavam a partida para Angola - adiada da antevéspera, dia 27. 
Os homens da CCS que tinham ficado no RC4 formaram sem grande rigor para o pequeno almoço e a manhã decorreu tranquilamente, muito devagar e visivelmente expectante: estávamos a poucas horas de partir para os chãos africanos de Angola.
Quem tinha ido a casa nos dois dias do adiamento da partida para Angola, começou a chegar ao quartel e sabia-se que a viagem para Lisboa seria de autocarro e a meio da tarde. As malas estavam prontas e ninguém faltou na hora da partida do RC4, em Santa Margarida - onde BCAV. 8423 se tinha formado e operacionalmente preparado para a jornada africana de Angola.
O Clube do Quitexe, que fica na Estrada 
do Café, 
que liga Luanda e Carmona

Voos nos «TAM», de
Lisboa para Luanda !

Lisboa, a capital do ainda então império português, era uma cidade desconhecida para a esmagadora maioria de nós, que lá íamos passar pela primeira vez. 
Assim como a auto-estrada, que ao tempo de ha 51 anos apenas chegava ao Carregado e em cuja portagem desceu o 1º. sargento José Luzia, para pagar as... portagens.
Os autocarros em que a centena e meia de «ccs´s» seguiam eram civis e chovia torrencialmente - tal como em Lisboa, quando chegámos ao terminal militar do aeroporto. Outra estreia para nós, assim como andar de avião!
Lá fomos, depois da formalidades de embarque, num avião dos Transportes Aéreos Militares - os TAM!!! Sobrevoámos Lisboa, «devorando» o espectáculo de luz que a noite nos oferecia, depois do embarque, aí por volta das 23 horas.
Aí ia a CCS para Luanda, pela rota do mar! Cumpria-se o estigma que nos acompanhou a adolescência e juventude: íamos para a guerra.
E lá fomos, a Luanda chegando na manhã do dia seguinrte, depois de um pouco mais de 8 horas de voo, desembarcando no aeroporto internacional da capital de Angola.

Sem comentários:

Enviar um comentário