CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

- HÁ 50 ANOS: Cavaleiros do Norte expectantes quanto ao regresso a Portugal!

 

Cavaleiros do Norte no Quitexe: Miguel (condutor), furriel Morais, alferes Cruz e 1º. sargento Aires, 1ºs. Malheiro (entre o Miguel e o Morais), Teixeira, estofador (entre Morais e Cruz) e Cuba (atrás do Teixeira,
de óculos). Atrás e do lado direito, estão os atiradores Ferreira e 1º. cabo Almeida

José Borges Martins, Cavaleiro de Zalala,
aqui no Quitexe, em 1975 e com um grupo
de crianças locais


Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, no dia 8 de Agosto de há 50 anos, continuavam aquartelados no extinto Batalhão de Intendência de Angola (BIA),no Campo Militar do Grafanil, muito mal instalados e muito expectantes sobre o seu futuro próximo.
A expectativa maior era a de saber o dia do regresso a Portugal e aos seus chãos natais, aos abraços de familiares e amigos. 
Saber o dia do adeus a uma guerra que, tragicamente, se levedava entre sangue de irmãos contra irmãos (angolanos).
A epopeica rotação de Carmona já lá ia e, dois dias depois da chegada ao Grafanil e após «um curto período de repouso e o arranjo de viaturas (...), logo o BCAV. foi chamado a actuar, dado quer ficará em Luanda a cumprir missões de unidade de reserva da RMA».
Notícias da «nossa» já saudosa Carmona eram poucas. E há tão pouco tempo de lá tínhamos saído!!! 
Iko Carreira, do MPLA, declarou que o Uíge e o Zaire, províncias do norte Angolano, tinham sido «militarmente ocupadas por forças da FNLA» - o não era propriamente uma novidade. Desmentiu que a FNLA tivesse entrado em Luanda, sequer que para lá avançasse.
«A tomada eventual da capital por forças da FNLA, por soldados da FNLA, como anunciado por certa imprensa, não se registará porque vamos opôr ao invasor a resistência popular generalizada», disse Iko Carrreira, sublinhando o inverso: «Cerca de 3000 militantes da FNLA foram neutralizados e evacuados de Luanda, por forças do MPLA». Tinham sido,
segundo afirmou, «introduzidos a capital com o objectivo de ocuparem o poder pela força».

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