CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

1 850 - Morteiros, calma no Quitexe e 26 mortos em Cabinda


Pelotão de Morteiros 4281, comandado pelo alferes Leite (a amarelo), numa acção em terras do Uíge, em 1974 (foto de LF Costa). A roxo, o 1º. cano enfermeiro Esmoriz. Em baixo, elementos do Governo de Transição de Angola: Lopo de Nascimento (de claro), Johnny Eduardo Pinnock (1º. Ministro) e José N´Delé. Também se vê Almeida Santos, à direita, de óculos. Foto do jornal  A Província de Angola (1 de Fevereiro de 1975)


Os tempos de Novembro de 1974, pela ZA dos Cavaleiros  do Norte - o chão uíjano de Angola!! - foram relativamente tranquilos. Continuou a viver-se, refere o Livro da Unidade, «o clima de cessar-fogo estabelecido no mês anterior», pelo que, frisava, o mês se caracterizou por «uma acalmia não encontrada já longos anos».
Assim era, como se pode observar na pose do grupo do Pelotão de Morteiros 4281 que se vê na imagem: um grupo descontraído, claramente a «bater-se» ao retrato, como quem vai para a praia.
Por esses dias e por isso, em carta enviada a minha mãe e que agora reli, lhe dava conta que «por aqui vai tudo na paz dos anjos, sem problemas». 
«Não se preocupe, se por aí ouvir alguma notícia sobre Angola, lembre-se sempre que esses problemas são em Luanda e nós estamos a mais de 200 quilómetros», acrescentava eu, também lhe notando que «o Francisco Neto está aí de férias, até pode falar com a mãe dele».
A minha (filial) lógica pretendia ser infalivelmente expressiva e concludente: se o Neto até estava de férias em Águeda é porque, lá pelos lados do Quitexe, estava tudo nas calmas. E estava! O que não era bem o que acontecia em Luanda e outros pousos angolanos.
A 7 de Novembro de 1974, passam-se hoje 39 anos, Mário Soares, enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, reuniu-se na Tunísia com Johnny Eduardo Pinnock, da FNLA. Era o director dos Assuntos Internacionais do movimento de Holden Roberto e discutiram o processo de descolonização.
O mesmo dia foi tempo de se saber que os incidentes de Cabinda, afinal, tinham provocado 26 mortos e 120 feridos. Sangue derramado em tempos descolonizadores.   
- PINNHOCK. Johnny Eduardo Pinnock foi o 1º. Ministro 
do Governo de Transiçºao de Angola, em 1975. Ver AQUI  


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