CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 23 de novembro de 2013

1866 - O fazer das malas do adeus a Zalala...


Aquartelamento de Zalala, no tempo da presença portuguesa. O que resta, fotos abaixos, vendo-se a casa do café (a primeira) e o poste de um candeeiro, que poderá ter sido o do parque de viaturas. O Carlos Ferreira (foto de baixo, junto à casa do fazendeiro) esteve lá e tirou estas fotos. E outras.



Aos 23 para 24 dias de Novembro de 1974, os Cavaleiros do Norte de Zalala faziam as malas para o adeus definitivo a mítica fazenda onde, desde o princípio da guerra colonial, se aquartelou tropa portuguesa. Conheço quem (o comissário José Martinho, aposentado da PSP, aqui meu vizinho), em 1961 lá viveu noites e dias de terror, banhados de sangue, de morte e dor para muitos.
A rotação dos «zalala´s» começou a 20 de Novembro, para Vista Alegre e Ponte do Dange, e completar-se-ia a 25. Por lá ficou Zalala!
O Carlos Ferreira (na imagem) esteve lá em 15 de Dezembro de 2012 e aponta-nos, em fotos, locais onde existiu o aquartelamento. «Não entrei mais no mato, porque não foi feita a desminagem. Mas ainda se vêem algumas paredes, lá pelo pelo meio», contou-nos ele, indicando o antigo armazém do café como «o único ponto referência». Ficava abaixo do parque viaturas, a que se seguiam pavilhões em socalcos. 
«Os 38 anos que se passaram provocaram erosão e tudo desfez, o mato engoliu algumas coisas, outras terão sido destruídas e visíveis, bem visíveis, são as árvores, algumas com 30 metros», acrescentou o antigo 1º. cabo da 1ª. CCAV. 8423..
Actualmente, da fazenda, exploram a madeira e «todo o resto está ao abandono», mas cheio de bananas por dentro da mata, em todo o lado. Bananas boas. Mesmo as bananas-pão.
«Penso que aquele candeeiro é do nosso tempo e acho que ficava no local das viaturas, onde havia uma torre de vigia na entrada do quartel»,admite o Carlos Ferreira, sobre a Zalala de hoje e de há 30 anos.

Sem comentários:

Enviar um comentário