CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 20 de dezembro de 2015

3 250 - Morteiros em Carmona e «zalalas» em Natal do Porto

Cavaleiros do Norte de Zalala, ontem reunidos para o almoço de Natal, no 
Porto, no Assador Típico. A grande novidade foi a presença do Leirinhas - à  
(re)abraçado 40 anos depois. Ver mais fotos, AQUI


Os alferes milicianos António Garcia (falecido a 2
de Novembro de 1979), Jaime Ribeiro e João Leite
(comandante do Pelotão de Morteiros 4281)


A 20 de Dezembro de 1974, o Pelotão de Morteiros 4281, comandado pelo alferes miliciano João Leite, iniciou a sua rotação do Quitexe para Carmona - que, porém, só se concluiria em Janeiro de 1975. O Livro da Unidade, de que nos socorremos neste memoriar da história do BCAV. 8423, fala da «primeira fase da retracção do dispositivo do Sub-sector» - que, nesse Dezembro de há 41 anos, já incluíra o abandono das Fazendas Santa Isabel e Luísa Maria.
Os furriéis milicianos Fernando Pires e 
Luís Filipe Costa, ambos do Pelotão 
de Morteiros 4281
A esse dia, uma sexta-feira e já em Lisboa, o almirante Rosa Coutinho afirmou, sobre o ritmo das conversações com os movimentos, que «os deveres do povo português não se esgotam com a conclusão formal dos acordos de independência» de Angola. A descolonização, disse, «não é só conceder a independência às colónias, seria demasiado fácil e demasiado cómodo, mas não é tudo».
O almirante ia voltar a Luanda «ainda antes do Natal» e deslocou-se a Lisboa expressamente para conversações com «as autoridades centrais», imediatamente depois do seu encontro com os presidentes do MPLA (Agostinho Neto) e da UNIA (Jonas Savimbi), na cidade do Luso. Encontro que rotulou de «histórico» e também «vital» para o processo descolonizador.
Acrescentou, todavia, que «só ficarei descansado quando vir reunidos, no território de Angola, os presidentes dos três movimentos». «O que se está a tratar - disse Rosa Coutinho - não é tanto o estabelecimento de uma frente comum como do processo de descolonização de Angola».
Ontem, esses 41 anos depois desta etapa descolonizadora, vários Cavaleiros do Norte de Zalala (da 1ª. CCAV. 8423) reuniram-se no Porto, em almoço de Natal.
O Leirinhas apareceu pela primeira
vez nos encontros dos Cavaleiros
do Norte de Zalala
A grande novidade foi a presença do soldado Leirinhas, atirador que foi electricista, pela primeira vez e desde que os «zalalas» foram desmobilizados, em Setembro de 1975.  
O capitão Davide Castro Dias comandou as tropas, para o assalto gastronómico - com os combatentes Pinto, Queirós, João Dias (com a «mais que tudo»), Rodrigues e Barreto (todos furriéis milicianos, faltando Mota Viana, por estar adoentado), Maia (padeiro), Carneiro, Carvalho, Famalicão, Pereira, Vilaça e Pimenta. Esperamos não ter deixado escapar o nome de nenhum. 
Assim é que é... «trotar» a vida, meus caros Cavaleiros do Norte de Zalala!

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