CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 28 de março de 2016

3 349 - Cavaleiros em viagens no Uíge, cessar fogo em Luanda!!!

Grupo de Cavaleiros dos Norte de Zalala, mas já em Vista Alegre: Horácio 
Carneiro (o primeiro, à esquerda) e os furriéis Plácido Queirós (3º.) e Eusébio 
Martins (o primeiro à direita, de bigode, falecido a 16 de Abril de 2014, em 
Belmonte). O último do lado esquerdo, de bigode, é o Afonso Silva (2020).
 Quem ajuda a identificar os outros?

Três Cavaleiros do Norte de Zalala:  1º. sargento
Fialho Panasco e os furriéis milicianos Américo
Rodrigues e Plácido Jorge Queirós

Os comandantes Almeida e Brito (efectivo do BCAV. 84233 e interino da ZMN) e José Diogo Themudo (segundo e interino do BCAV. 8423) estiveram em Vista Alegre e  Ponte do Dange a 28 de Março de 1975. Ali de deu a conhecer o agora coronel aposentado Themudo, apresentando-se aos Cavaleiros do Norte do capitão miliciano Davide Castro Dias - os homens de Zalala.
O dia foi também de rotação de um grupo de combate da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel (mas ao tempo no Quitexe, já desde 10 de Dezembro de 1974), para Carmona e para o BC12 - onde já estavam os Cavaleiros do Norte da CCS (do capitão António Martins Oliveira) e da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa e do comando do capitão miliciano José Manuel Cruz.
E por Luanda, a capital?
Aparentemente, a situação melhorava. Os três movimentos chegaram a acordo, depois de um reunião com os ministros Melo Antunes e Almeida Santos e o Colégio Presidencial, para  cessarem as hostilidades e libertarem todos os presos até ao meio dia desse 28 de Março de 1975. Um grupo de 12 médicos do Exército Português apresentou um abaixo-assinado ao MFA, «protestando energicamente contra a actuação da FNLA», referindo, segundo o Diário de Lisboa, que «os soldados todos falam Francês e muitos deles nem conhecem sequer qualquer dialecto angolano». 
O Diário de Lisboa de 28 de Março de 1975
noticiou o «acordo em Luanda para cessar os
combates» que enlutavam a cidade e perigavam
o Acordo do Alvor
Quanto as vítimas, segundo o comunicado dos médico militares, «eram pessoas de várias origens e etnias, cujo número inicial era superior a uma centena e que foram surpreendidos em diversos pontos da via publica, nos dias 22 e 23 de Março, por elementos da FNLA, acusados de pertenceram ao MPLA ou de terem participado nas desordens entre os civis e a FNLA». E, sobre esta, sublinhavam a sua «bestialidade nazi».
Alguns círculos progressistas de Luanda interrogavam-se mesmo sobre «até que ponto muitos deles não terão pertencido a exércitos convencionais» e, relativamente à FNLA, acusavam o seu «nacionalismo exacerbado, intolerante, que utiliza o terror como arma».
As intimidações do movimento de Holden Roberto, sublinhava o Diário de Lisboa, «continuaram no dia de ontem» - o dia 27 de Março de 1975. E eu e o Cruz a fazer ,alas, exactamente para partirmos para Luanda - onde já tínhamos reserva no Katekero.

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