Cavaleiros do Norte e futuros furriéis miliciano da 1ª. CCAV. 8423, ainda em Santa Margarida e no IAO: Mota Viana, Eusébio Martins (falecido a 16/04/2014, de doença e em Belmonte) e Plácido Queirós |
O jornal «A Província de Angola», que se editava em Luanda (é o actual «Jornal de Angola»), dava conta a 22 de Outubro de 1974, que «um representante pessoal do dr. Agostinho Neto, presidente do MPLA, avistou-se em Vila Luso com o número 2 da Junta Governativa, o comodoro Leonel Cardoso».
Um dos tópicos do encontro, ainda segundo o jornal «A Província de Angola», era «o anúncio oficial do cessar-fogo», da parte do MPLA que, «na prática, cessou as hostilidades já no mês passado». Ao tempo, projectava-se a formação do Governo de Transição, sendo que a UNITA só participaria se «os dois outros movimentos de libertação participassem».
Daniel Chipenda, líder de uma das facções do MPLA, regressava a Angola e fazia, ainda em Kinshasa e num comício, «um apelo instante» para que «as duas outras tendências do MPLA encetem conversações separadas com a FNLA para se criar uma frente comum FNLA/MPLA/UNITA em vista das próximas negociações da independência de Angola com Portugal».
Chipenda, ao anunciar o seu regresso a Angola, precisava também, ainda segundo «A Província de Angola», citando a Agência Zaire Press, que iria «tratar separadamente com os portugueses», pois, no seu entendimento, «os acordos de Brazaville estão muito ultrapassados já, devido ao comportamento de Agostinho Neto».
O alferes Pedrosa de Oliveira no encontro de 2018 da 3ª. CCAV. 8423, na Bairrada |
Pedrosa, alferes de Santa Isabel,
66 anos em Marrazes de Leiria!
O alferes miliciano Pedrosa de Oliveira, da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, festeja 66 anos a 22 de Outubro de 2018.
Luís António Pedrosa de Oliveira foi atirador de Cavalaria, especializado na Escola Prática de Santarém, e regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, depois de uma co-
missão que lhe mereceu louvor «pela forma como sempre soube conduzir todo o seu pessoal» e também por ser «militar cumpridor com zelo e brio em todas as situações da vida da sua companhia».
«Disciplinado por natureza e altamente disciplinador, teve diversas acções de relevo, actuando com segurança e decisão firme», sublinha o louvor do co-
mandante Almeida e Brito, proposto pelo capitão miliciano José Paulo Fernan-
des (comandante da 3ª. CCAV. 8423), acrescentando que «pelas suas qualida-
des militares e pela dignidade posta ao serviço da sua Companhia, nele sem-
pre foi depositada confiança ilimitada, pelo que a sua vida vida militar é digna de registo em público louvor». Louvor publicado na Ordem de Serviço nº. 161, sublinhando ainda que tal acontecia «premiando o seu grupo de combate».
Luís António Pedrosa de Oliveira reside em Marrazes, freguesia de Leiria, a sua terra natal e para onde vai o nosso abraço de parabéns.
Furriel Mota Viana em 2018 |
Mota Viana, furriel, de
Zalala para Luvuei !
O furriel miliciano Fernando Manuel Mota Pinto, da 1ª. CCAV. 8423, foi transferido da Fazenda de Zalala para o Luvueiu, no leste de Angola e em Outubro de 1974.
O despacho do Comandante da Zona Militar Norte (ZMN) é do dia 22 deste mês de há 44 anos e «por motivo disciplinar» para a 1ª. CART. 6321, embora «deslocado na situação de diligência».
O Mota Viana tinha sido avistado no Quitexe pelo comandante Almeida e Brito sem a boina regulamentar na cabeça e, por isso, foi castigado com 15 dias de prisão disciplinar agravada, depois aumentada pelo Comando do Sector do Uí-
ge (20 dias) e pelo Comando da Zona Militar Norte (30 dias). A situação foi, de-
pois, registada na Nota 38364/01, do Quartel General da Região Militar de An-
gola, a 28 de Setembro de 1974. É participante de sempre dos encontros dos Cavaleiros do Norte de Zalala - os da 1ª. CCAV. 8423!
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