O PELREC, Grupo de Combate da CCS do BCAV. 8423, em dias do Quitexe de 1974,
preparado para sair para mais uma operação, ou escolta, ou patrulhamento
pelas picas do norte uíjano de Angola
A 2 de Outubro de 1974, iam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 no seu quinto mês de jornada angolana do Uíge, chegaram ao Quitexe e embrulhadas em jornal, notícias frescas de Luanda.preparado para sair para mais uma operação, ou escolta, ou patrulhamento
pelas picas do norte uíjano de Angola
Rosa Coutinho, presidente da Junta Governativa de Angola, falara na véspera (hoje se fazem 45 anos) à população angolana, através da rádio, e dera conta que o general Costa Gomes, Presidente da República, iria dirigir pessoalmente as negociações que levassem à independência de Angola. Já António Spínola dissera o mesmo, mas abdicara da presidência, semanas antes.
O MPLA, entretanto e a partir de Dar-Es-Salaam, anunciou que cancelara os seus planos para a reabertura das actividades, militares, após uma trégua de 4 meses. Isto porque, segundo o presidente Agostinho Neto, «Portugal continua a ser uma democracia, na linha do Movimento das Forças Armadas». O que, na sua versão, não acontecia com Spínola na presidência, já que «estava a fazer um jogo muito perigoso, cultivando e escutando fantoches e dirigentes de partidos políticos que não representam o povo».
Mais longe foi o dedo acusatório de Agostinho Neto: o general «apoia(va) activamente grupos de colonos portugueses em Angola» e também estaria disposto «a aceitar ali um governo minoritário».
Notícia dos Diário de Lisboa sobe a descolonização de Angola |
Partidos de colonos
a «formar» exércitos...
Ao avivar a memória nestas leituras, ocorre-me a preocupação com que no Quitexe - o Machado, o Neto, eu, o Garcia, o Cruz e outros... - observámos esta situação, embora a analisássemos de forma «imberbe» (eu diria...) e desprendida, digo eu agora.
Preocupante era também outra acusação de Agostinho Neto: soldados sul-africanos estariam a treinar angolanos brancos em três campos recentemente criados no territórios, com o objectivo de formarem um exército particular. Seriam campos organizados pelo Partido Democrático Cristão (PDC), pela Frente de Unidade de Angola (FUA) e pela Frente de Resis-
tência de Angola (FRA), fundados por colonos portugueses, depois do 25 de Abril.
O presidente do MPLA acusou os três partidos de terem ligações com a UNITA - o único movimento de libertação que não tinha sido reconhecido pela Organi-
zação da Unidade Africana (OUA) - e de estarem «a organizar um exército para impedir que sejam satisfeitas as legítimas aspirações do povo angolano».
No Quitexe, lá continuávamos a nossa vida, a riscar os dias do calendário, sem futurar outra coisa que não fosse o nosso regresso a Portugal. Que, não sabíamos, mas estavam bem distante!
Jorge Barreto civil e em 2016 |
Jorge Barreto em 1974/75 |
Barreto, furriel de Zalala,
68 anos em Baguim do Monte!
O furriel miliciano Barreto, enfermeiro da 1ª. CCAV. 8433, comemora 68 anos s 1 de Outubro de 2019.
Jorge Manuel Mesquita Barreto nasceu e voltou a Mira no final da sua comissão em Angola - onde jornadeou pelas uíjanas Zalala, Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona. Ainda no Campo Militar do grafanil e regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975.
A carreira profissional foi dedicada à enfermagem e, já aposentado, reside em Baguim do Monte, município de Tomas mas mesmo encostadinho ao Porto.
Para lá e para ela vai nosso abraço de parabéns!
António Coelho e Borges Martins, Cavaleiros do Norte de Zalala: 67 anos a 01/10/2019 |
Coelho e Borges, 67
anos em Coruche
e Vila Franca de Xira !
Os atiradores de Cavalaria Borges e Coelho, ambos a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, festejam 67 anos a 1 de Outubro de 2019. Ambos regressaram a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975.
José Borges Martins é natural de Braçais, fregue-
sia do município de Figueiró dos Vinhos, mas radicou-se em Vila Franca de Xira, onde trabalha na área comercial do calçado.
António Pedro Coelho é natural de Erra, freguesia do município de Coruche, lá voltou e lá fez viveu e lá fez vida como motorista da Câmara Municipal.
Para ambos, os nossos abraços de parabéns!
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