O que foi quartel dos Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, em Aldeia Viçosa e a 25 de Setembro de 2019 Clicar na imagem para a ampliar |
A imprensa portuguesa da 29 de Outubro de 1975, há 44 anos, dava, finalmente, notícias de Carmona e do Uíge, dando conta do «recuo, na Frente Norte e zona de confrontações no triângulo Barra do Dande-Caxito-Libongos, das forças mercenárias do ELNA».
O Diário de Lisboa, que citamos, acrescentava que «dada a contra-ofensiva desencadeada pela forças populares, as forças mercenárias abandonaram as suas posições naquela zona, tendo-se retirado para posições próxima do Ambrizete».
Estávamos a 13/14 dias da independência de Angola e o Diário de Lisboa desse dia acrescentava que «inclusive, as forças que possuíam no Ambriz foram igualmente concentradas naquela região».
A retirada, porém, poderia significar «o reagrupamento de efectivos», dado que, e continuo a citar o DL, «as forças mercenárias sofreram pesadas perdas em homens e material de guerra». Ontem mesmo, adiantava o jornal, «após violentos combates na 1ª. Região Militar (do MPLA), as forças mercenárias deixaram no terreno dois blindados zairenses e os seus ocupantes».
As linhas de confrontação situavam-se, por essa altura, pela zona de Santa Eulália e havia já «unidades das forças regulares localizadas em Camabatela» - que fica(va) muito perto do Quitexe.
Rádio Clube do Uíge,a 25 de Setembro de 2019. Há 44 anos, era de lá que a FNLA comunicava com Angola e o mundo |
Notícias de Carmona
e Uíge, via rádio oficial
O dia de há 44 anos assinalou, também, o aparecimento, finalmente|||..., de notícias de Carmona.
«A rádio dos mercenários, localizada em Carmona, capital da província do Uíge, para esconder as pesada derrotas sofridas na frente do Caxito, anuncia que os mercenários retiraram porque tinham de poupar o povo, que já não tinha comida em Luanda, nem água», noticiava o Diário de Lisboa.
Mercenários entenda-se, na linguagem do MPLA e das suas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), eram as forças da FNLA e quem as apoiava.
«Foi a UPA/FNLA que enviou água para Luanda, em aviões da Cruz Vermelha, para que o povo não morresse de sede», escrevia, entretanto, o Diário de Lisboa, por despacho do Diário de Luanda, dando voz à rádio controlada pelo moiomento de Holden Roberto, que emitia a partir de Carmona. Do estúdio local da Emissora Oficial de Angola - a Rádio Clube do Uíge (imagem).
O livro História da Unidade» |
Apresentação de 6
elementos da FNLA
Um ano antes, precisamente e de relevo, registou-se a apresentação «pela primeira vez, de um grupo de 6 elementos armados da FNLA».
Eram 7,30 horas da manhã quando contactaram o Comando do BCAV. 8423 e as autoridades administrativas do Quitexe, comandados pelo sub-comandante João Alves e dizendo-se pertencer ao «quartel» Aldeia.
Pretendiam esclarecer «actividades na Serra do Quibinda, que julgavam ser das NT», como refere o livro «História da Unidade», o BCAV. 8423, precisando que «facilmente se concluíram ser de elementos estranhos que procuram, certamente, criar um clima de desconfiança local entre a FNLA e as NT».
António Silva |
Silva, da CCS, 67 anos
em Vila Nova de Gaia !
O rádio-montador Silva, da CCS do BCAV. 8423, a Companhia do Quitexe, comemora 67 anos a 30 de Outubro de 2019.
António de Jesus Pereira da Silva integrou a equipa do furriel António José Cruz e regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, fixando-se em Oliveira do Douro, município de Vila Nova de Gaia - de onde é natural. Já aposentado e participante habitual dos encontros dos Cavaleiros do Norte da CCS, mora agora nesta cidade, para onde vai o nosso abraço de parabéns!
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