CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 22 de outubro de 2019

4 850 - O cessar fogo do MPLA, o Governo de Transição...

... e o Viegas junto ao mesmo monumen-
 to, 45 anos depois e já sem o brasão
do BCAV. 1917, que o construiu na
 comissão de 1967/69
Os furriéis milicianos Viegas e Neto em 1974 e no
pequeno monumento do jardim do Quitexe e...

Os dias do uíjano Quitexe, há 45 anos, eram passados com a exigência de constantes e inopinados patrulhamentos, para garantir a segurança dos principais itinerários
Tempo, também, para, entretanto e na tranquilidade (expectante da nossa jornada africana, continuarem os serviços de ordem habituais e, recordemos, decorria o processo de desarmamento dos milícias. Processo que enfrentou algumas dificuldades, é certo, mas se concretizou  com segurança e sem incidentes especiais. A grande esperança da guarnição tinha a ver com a anunciada formação do Governo de Transição, em Novembro seguinte. Seria um passo largo para o final da comissão. Assim se pensou, mas assim não seria, como o futuro veio a mostrar.
Aldeia Viçosa, a 24 de Setembro de 2019: as novas bombas
de gasolina e, atrás, parte do quartel da guarnição da
 2ª. CCAV. 8423. A casa azul é o posto de polícia

O cessar-fogo do MPLA
de Agostinho Neto


O dia 22 de Outubro de 1974 e no Lucasse, distrito do Moxico (actual Luena), foi tempo do encontro da Delegação Portuguesa com a do MPLA, que tornou oficial o cessar-fogo. 
O comodoro Leonel Cardoso, líder da delegação portuguesa, sublinhou a importância das negociações, que considerou «um passo largo para a paz em Angola».
Agostinho Neto, presidente do MPLA, considerou que «os conflitos, os males, as diferenças que nos opõem, podem terminar, através do diálogo honesto e construtivo».
Ao tempo, a FNLA e UNITA já tinham assinado o acordo de cessar-fogo com as autoridades portuguesas e estas negociações com o MPLA, concretizadas, anteviam a formação de uma frente comum, através da qual, com o Governo de Lisboa, se prepararia a formação de um Governo de Transição de Angola.
Vale a pena recordar a formação das duas históricas delegações. A portuguesa, liderada pelo comodoro Leonel Cardoso, nº. 2 da Junta Governativa, com os Secretários de Estado Peres do Amaral e António Augusto de Almeida, os majores Emídio Silva e Pezarat Correia (do Movimento das Forças Armadas) e o governador do Moxico e comandante da Zona Militar Leste (brigadeiro Ferreira de Macedo). A do MPLA, por Agostinho Neto, o presidente, com Lúcio Lara, Iko Carreira, Carlos Rocha, Ludy, Pedro Tonha, Jacob Caetano, João Van-Dunem e Aristides Van-Dunem (do comité central), comandante Bolingo, Rui Sá e Francisco Paiva (comissários políticos).
O alferes Pedrosa, à civil, ladeado pelos
 furriéis Rocha (à esquerda), Machado.
Lino e Cruz, em Carmona (1975)
O alferes Pedrosa, em
2018 e com a esposa

Pedrosa, alferes de Santa
Isabel, 67 anos em Leiria !

O alferes miliciano Pedrosa, da 3ª. CCAV. 8423 dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, festeja 67 anos a 22 de Outubro de 2019.
Luís António Pedrosa de Oliveira foi atirador de Cavalaria de especialidade e comandou um dos 4 Grupos de Combate da subunidade da Fazenda Santa Isabel - a do capitão miliciano José Paulo Fernandes. Regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975 e fixou-se na sua residência dos Marrazes, em Leiria, onde anda vive e para onde, e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!

Sem comentários:

Enviar um comentário