CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

4 938 - O Governo de Transição e as Forças Armadas de Angola!

Quitexe, a vila uíjana do norte de Angola que foi sede dos Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423. E
 mais tarde, também da 3ª. CCAV. Imagem da estrada do Café, no centro da localidade, vendo-se a
bomba de gasolina. Imagem do dia 24 de Setembro de 2019
Parada do Quitexe. De pé, 1º.s cabos Soares, Oliveira e Pais,
furriel Rocha, 1º. cabo Estrela (de braço no ombro e que ama-
nhã faz 69 anos), Silva, alferes Hermida (de bigode), Zambujo
(idem), furriel Pires (braços cruzados),  Felicíssimo (1ª. CCAV.)
1º. cabo Mendes, Soares, 1º. cabo Pires (Fecho-Eclair, de mão 
no queixo) e Wilson. Em baixo, Jorge Silva (3ª. CCAV.), 
Costa, 1º. cabo Salgueiro (?), furriel 
Cruz e 1º. cabo Tomás


Os dias de Janeiro de 1975 iam sendo riscados do calendário, um a um, e pelo Algarve português continuava a Cimeira do Alvor. 
A 14, uma terça-feira, hoje se fazem 45 anos, ficou a saber-se que o Governo de Transição de Angola seria formado até ao dia 31 desse Janeiro. E que o acordo entre Portugal e os três movimentos de libertação seria assinado no dia seguinte, às 20 horas.
Que boas notícias chegaram ao Quitexe, a Aldeia Viçosa e a Vista Alegre/Ponte do Dange, terras uíjanas de Angola por onde  jornadeavam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423!!! Mesmo muito boas!
«Pode dizer-se que o acordo está praticamente concluído, tendo voltado as quatro delegações a reunir esta manhã, para ultimarem a redacção dos últimos pontos do protocolo, os quais. segundo algumas fontes, se referem à atribuição das pastas ministeriais», reportava o Diário de Lisboa de 14 de Janeiro de 1975, que citamos.
Capa do Diário de Lisboa
de 14 de Janeiro de 1975

Governo de Transição
e Forças Armadas

A constituição do Governo de Transição de Angola tinha avançado para uma formação diferente das até aí propostas e discutidas. 
«Compreenderá três vice-primeiros ministros, um por cada movimento, além do Alto-Comissário, de nomeação Portuguesa», reportava o Diário de Lisboa. E este já não seria Rosa Coutinho, o Almirante Vermelho, mas antes o brigadeiro Silva Cardoso. 
Admitia-se, há 45 anos, que os vice-1º.s ministros fossem Lúcio Lara (indicado pelo MPLA), Johny Eduardo (pela FNLA e sobrinho do presidente Holden Roberto) e António Vakulukuta (pela UNITA). 
Portugal teria (expectava-se) as pastas ministeriais da Economia e da Informação, enquanto cada um dos três movimentos teriam cinco ministérios. Não iria ser bem assim.
O futuro Exército de Angola teria 36 000 homens: 18 000 de Portugal e 6 000 de cada movimento. Os portugueses, porém, iriam gradualmente abandonando Angola até à data de independência: 11 de Novembro de 1975. 
O Alto-Comissário Português acumularia com o Comando-Chefe das Forças Armadas, «não sendo de excluir a formação de comissões militares mistas, a exemplo do que tinha acontecido em Moçambique».
Os 1º.s cabos Felicíssino
e João Estrela, que amanhã
festeja 69 anos


Estrela, 1º. cabo da CCS,
67 anos na Amadora !

O 1º. cabo Estrela, da CCS do BCAV. 8423, festeja 69 anos a 15 de Janeiro de 1975.
João Francisco Lavadinho Estrela, alentejano de Campo Maior e Cavaleiro do Norte operador-cripto de especialidade militar, regressou a Portugal no doa 8 de Setembro de 1975. A Lisboa e à Rua dos Amenos, em Benfica. Vive actualmente na Mina de Água, em S. Braz da Amadora, onde, profissionalmente, é consultor imobiliário da Remax-Prime. 
É para lá, e para ele, que vai o nosso de parabéns! E que mais e bons anos se sigam!

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