CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 24 de outubro de 2020

5 224 - Comandante em Aldeia Viçosa! Mobilização geral e intenso dia de artilharia!

 

Aldeia Viçosa, a 24 de Setembro de 2019. Ao fundo, a cor de laranja,  vê-se o que foi parte,
do aquartelemento da 2ª. CCAV. 8423 dos Cavaleiros do Norte, que o comandante Almeida
 e Brito visitou há precisamente 46 anos 

Os comandantes Almeida e Brito (BCAV. 8423)
e José Manuel Cruz (2ª. CCAV. 8423) 


Aos 24 dias de Outubro de 1974, há precisamente 46 anos, os jovens e garbosos Cavaleiros do Norte de Aldeia Vilosa foram anfitriões do comandante Carlos Almeida e Brito, que lá se deslocou em missão operacional.
A subunidade do BCAV. 8423,a Estrada do Café, era comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz e esta deslocação terá sido uma das várias vezes que o PELREC escoltou a comitiva liderada por Almeida e Brito, tenente-coronel de Cavalaria, e que incluía outros oficiais do comando do Batalhão de Cavalaria 8423 - certamente o capitão José Paulo Falcão, seguramente o alferes miliciano António Manuel Garcia (o «Ranger», comandante do pelotão de atiradores) e, porventura, o também alferes miliciano António Albano Cruz, da secção-au
to.
O «Diário de Lisboa» e
 as notícias de Angola.
Há 45 anos!


Mobilização geral e
intenso dia de artilharia

Um ano depois, já nós por cá refazíamos a vida (civil), passados à peluda, acompanhávamos à distância o agravamento da situação em Angola. 
O Diário de Lisboa de 24 de Outubro de 1975 (ver imagem ao lado) dava conta que o «MPLA fez uma mobilização geral», porque, e citamos, «Angola está sujeita a uma invasão estrangeira, a soldo do imperialismo, a qual de processa em várias frentes». 
A frente norte, por exemplo, na área do Caxito, registou «um dia intenso de artilharia», ainda «mantendo-se sensivelmente as mesmas posições». O MPLA conservava «a cintura defensiva em torno de Luanda e prepara(va) o contra-ataque». Os combates desenrolavam-se em Quifandongo e Salassemas, Porto Quipiri e Morro da Cal. E anunciou «a libertação das áreas do Quizondo e Zemba, de onde os mercenários da FNLA goram expulsos».
«Diário de Luanda»
de 24/10/1975


A 17 dias da 
independência
e sem notícias do Uíge !

O (nosso) Uíge não aparecia em letras de imprensa, por esse tempo de há 45 anos.
Nada se sabia do que por lá se passava. Era o «feudo» da FNLA e «fechado» ás notícias, que (não) chegavam à Europa - não sabemos se, algures, «censuradas» por alguem.
Estávamos a dúzia e meia de dias (17) do anunciado dia da independência (11 de Novembro de 1975) e o ministro Victor Crespo, ouvido em Luanda - numa entrevista boicotada pela imprensa angolana - respondeu a um jornalista sobre a natureza progressista dos movimentos de libertação.
«É um problema que compete ao povo de Angola dar resposta e não ao Governo Português, que não pode nem deve definir a natureza dos movimentos de Angola», disse o ministro português da Cooperação.

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