CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 27 de maio de 2021

5 444 - O dia que era, mas não foi, o da ida para Angola. Comandante no Uíge!

Quarteto de Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, em Santa Margarida, no RC4 e
dias antes da partida para Angola: os futuros furriéis milicianos Neto, Viegas,
Matos e Monteiro

O então major Almeida e Brito, à
esquerda, então oficial adjunto do 
BCAV. 1917, em 1968
                                                                                                                             O dia 27 de Maio de 1974, há 47 anos, era para ser o do adeus que «vou para Angola» da CCS do BCAV. 8423 dos futuros Cavaleiros do Norte.
Era mas não... foi, já q    que a vagem foi adiada por 2 dias
Acordei cedo nesse dia, e de mala aviada, aí pelas 5 e pouco horas da manhã, desci ao largo com minha mãe (que, aos 100 anos e mais de 3 meses, faleceu a 9 de Maio último), esperei pelo pai do Francisco Neto, que no SIMCA 1100 aqui me veio buscar à aldeia, para seguirmos para o RC4, em Santa Margarida. E daqui para Lisboa, depois para Luanda.
Seria a nossa viagem aérea para o imenso território de Angola, um pouco mais de um mês depois da revolução do 25 de Abril, mas o destino quis que assim não fosse. Já no RC4, ficámos a saber que a partida tinha sido adiada por dois dias e por lá ficámos alguns de nós, a maior parte, outros regressando a suas casas, outros para sítios outros. Fui dos que fiquei («alérgico» a novas despedidas...) e o Neto, com amigos por Lisboa, para lá se mandou, para a boa-vai-ela, com a garantia (cumprida) de que a nós se juntaria o dia 29 e no aeroporto de Lisboa.

A notícia do recolher
obrigatório em Luanda
Comandante na ZA do
BCAV. 8423 em terras do Uíge


O mesmo dia, mas já em Angola, foi tempo de o comandante Almeida e Brito se deslocar ao Quitexe, para preparar a chegada do BCAV. 8423.
Acompanhado pelo capitão José Paulo Falcão, oficial adjunto, ali foi recebidos pelo comandante do BCAÇ. 4211, que o BCAV. 8423 ia substituir. «Os primeiros contactos foram muito superficiais para o comandante do BCAV. 8423, já que a ZA era sua muito conhecida, uma vez que ali fora oficial adjunto do BCAV. 1917, em 1968», relata o livro «História da Unidade».
Ainda assim, e depois da recepção no Quitexe, ainda foram visitada as Fazendas Zalala e Santa Isabel e ainda Aldeia Viçosa, «locais onde se instalariam as nossas subunidades» - respectivamente a 1ª. CCAV. 8423 (a do capitão miliciano Davide Castro Duas), a 3ª. CCAV. 8423 (a do capitão miliciano José Paulo Fernandes) e a 2ª. CCAV. 8423 (do capitão José Manuel Cruz).
O dia, ppr Luanda, onde iríamos desembarcar dois dias depois, foi de recolher obrigatório decretado pelo Estado Maior General das Forças Armadas e para entre as 7 horas da noite e as 6 horas da manhã. Os infractores, segundo o comunicado do EMGFAA, seria imediatamemte detidos.
Rui Cardoso

Cardoso de Zalala faria
69 anos. Morreu em 2018!

O soldado Rui Manuel Miranda Cardoso, da 1ª. CCAV. 8423, faria 69 anos a 27 de Maio de 2021. Faleceu a 29 de Setembro de 2018.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar e combatente dos Cavaleiros do Norte de Zalala - depois de Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona -, regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, fixando-se no Bairro do Cerco, no Porto, Casa 22, da freguesia de Campanhã.
Profissionalmente, foi estofador, casou-se e passou a polidor (mudando para Paredes), depois de novo estofador e de novo no Porto. O filho é o advogado João Cardoso. Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!

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