CAVALEIROS DO NORTE / BCAV. 8423!

CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 8 de junho de 2023

7 194 - Os Cavaleiros do Norte a adaptarem-se à misteriosa e desafiante terra uíjana de Angola!

A entrada na vila do Quitexe, a 24 de Setembro de 2019, quando, mais de 45 anos depois da
chegada dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, por lá passou o furriel miliciano Viegas
 da CCS. A «matar» saudades e avivar memórias da jornada angolana de 1974/1975

Os furriéis milicianos Alcides Ricardo (que hoje festeja 71
em Loures), Viegas e José Querido e o soldado
José Rebelo, a 21 de Dezembro de 2019
                                                                                  
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 - os de todas as 4 companhias... -, há precisamente 49 anos e ainda imberbes «maçaricos» pelos chãos uíjanos do norte de Angola, adaptavam-se aos novos ritmos, fazendo fé no futuro e com muitas esperanças, mas com alguma natural intranquilidade.
E muito, muito expectantes!
Afinal, o que viria aí, pouco mais de um mês depois do 25 de Abril de 1974 e todos nós já colocados em teatros operacionais? Em zona de guerra, em espaço con
sideradso 100% operacional?!
Que desafios nos esperavam e que perigos iríamos ter nas operações, nas escoltas e patrulhamentos que a actividade operacional nos iria pôr, dia após noite, pela misteriosa terra africana a que chegávamos?
A CCS tinha chegado ao Quitexe a 6 de Junho. A 7, a 1ª. CCAV. 8423 aquartelou-se na Fazenda Maria João, em Zalala. A 10 e 11, iriam chegar a 2ª. CCAV. 8423 (a Aldeia Viçosa) e a 3ª. CCAV. 8423 (à Fazenda Santa Isabel).
Notícia do Diário de Lisboa de 09/06/1975

Incidentes em Luanda e a
UNITA a acusar o MPLA!

Um ano depois, a UNITA de Jonas Savimbi envolveu-se, no fim de semana de 7 e 8 de Junho de 1975, nos incidentes que se vinham a repetir em Luanda, provavelmente, admitia o Diário de Lisboa, «em consequência dos ataques que lhe foram dirigidos por parte das FAPLA» - as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola, o exército do MPLA.
As Forças Armadas Portuguesas, nesse período, «foram obrigadas a reagir directamente contra delegações da FNLA e do MPLA, havendo a registar (...) a destruição de três delegações da FNLA e uma do MPLA, por se registarem ataques a partir daquelas instalações contra soldados portugueses».
Carmona, nesse domingo de 1975, recebeu abastecimentos por via aérea, que foram carregados em viaturas militares.

O livro «História da Unidade» refere que «o mês decorreu sob forte tensão emocional, quer pelos alguns atritos que voltaram a dar-se, quer também porque estão se estão vivendo momentos de carências logísticas».
Alcides Ricardo
furriel Cavaleiro do
Norte em 1975

Ricardo, furriel da 3ª. CCAV.,
festeja 71 anos em Loures !


O furriel miliciano Alcides dos Santos da Fonseca Ricardo, Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, festeja hoje 71 anos, em Loures.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar e combatente da subunidad da Fazenda de Santa Isabel, é natural de Paipenela, freguesia do concelho da Meda, mas cedo «emigrou» com a família para a grande Lisboa, onde estudou. Tinha apenas 12 anos.
Cumprida a jornada africana do norte de Angola, regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, fixando-se em Loures, onde ainda vive. Há pouco tempo (pouco antes da pandemia, a 21 de Dezembro de 2019 e como se vê na foto acma) lá estivemos com ele, o Querido e o Rebelo.
Cavaleiro do Norte da Fazenda de Santa Isabel, também passou elo Quitexe e Carmona (actual cidade do Uíge) e teve uma vida profissional dedicada a um laboratório da indústria farmacêutica, trabalhando na área administrativa. Agora já aposentado, continua a morar em Loures e hoje mesmo, há momentos e via telemóvel, «achámo-lo» em Fátima, peregrino e já a preparar o se regresso a casa, onde vai festejar a sua «provecta» idade.
Reforçamos o nosso abraço de parabéns.

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quarta-feira, 7 de junho de 2023

7 193 - A chegada da 1ª. CCAV. 8423 a Zalala e o almoço de convívio 2023 em Fátima!

Os «zalalas» em Fátima, no encontro de 27 de Maio de 2023
Zalalas´s das TRMS: António Lago, Rogério Raposo,
furriel João Dias, José Aires e 1º. cabo Jorge Silva





Os Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423 chegaram à uíjana Fazenda Maria João, a de  Zalala, no dia 7 de Junho de 1974.
Há precisamente 49 anos!
Há 49 anos e quando ainda a CCS se acomodava no Quitexe, vila por onde nesse dia passaram, rodando do Campo Militar do Grafanil.
A 27 de Maio de 2023, 49 anos depois, os «zalala´s» reuniram-se em Fátima, em mais um encontro com a chancela organizativa do furriel João Dias e na Quinta do Casalinho Farto. E com a sempre envolvente participação de Davide Castro Dias - o então capitão miliciano que comandou esta subnidade do BCAV. 8423.
A pandemia (ainda) teve alguns efeitos na participação dos «zalalas», notando-se a ausência de todos os oficiais milicianos e deles se sabendo
O 1º. cabo Dorindo Santos, à esquerda,
participou pela primeira vez, Aqui, com 
 furriel João Dias, em 2018
que o alferes José Manuel Lains dos Santos se encontra(va) em internamento hospitalar. Mário Jorge de Sousa Correia de Sousa faleceu, de doemnça, a 26 de Janeiro de 1921 e, por  diferentes razões, não estiveram Pedro Marques da Silva Rosa e Carlos  João da Costa Sampaio.
Furriéis milicianos, participaram três: o organizador João Custódio Dias, Fernando Manuel da Mota Viana e o João Matia da Mota Aldeagas, sabendo-se que o Manuel Moreira Pinto também está adoentado. E logo ele, que não falta a nenhum encontro e, com o Plácido Jorge de Oliveira Guimarães Queirós (e outros) e pelo norte do país, regularmente outros organiza ao longo do ano.
Novidade de 2023 foi a «estreia», em termos de participação, do 1º. cabo Dorindo Santos, que pela jornada africana do Uíge angolano foi mecânico-auto de especiaidade militar e natural de Ílhavo, onde mora. Viajou para Fátima, l
a reachando e abraçando velhos companheiros de Zalala, de Vista Alegre/Ponte do Dange, do Songo e de Carmona.
Juntaram-se e alegremente conviveram 30 antigos combatentes da 1ª. CCAV. 8423 e 28 familiares. E a festa foi bonita! Para o ano, mais haverá! Que dúvidas não existam! Inté, então!
José Almeida

Almeida, TRMS de Zalala,
faz 71 anos em Sesimbra !


O soldado José António Gomes de Almeida, especialista de Transmissões de Infantaria da 1ª. CCAV. 8423, comemora 71 anos a 7 de Junho de 2023.
Cavaleiro do Norte da mítica e saudosa Fazenda de Zalala, o Almeida integrou o 4º. Grupo de Combate, comandado pelo alferes miliciano José Manuel Lains dos Santos, e também passou pelas uíjanos chãos de Vista Alegre/Ponte do Dange, pelo Songo e Carmona, antes do Campo Militar do Grafanil, nos arredores de Luanda e onde a sua subunidade chegara de Portuga a a 5 de Junho de 1974.
Os Cavaleiros do Norte de Zalala regressaram a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975 e o Almeida à sua casa da Travessa do Antunes, em Sesimbra, onde continua a viver e para onde - e para ele... - vai o nosso abraço de parabéns!
Jacinto Diogo, de 1º. cabo no Uíge
a famoso operador turístico na
Quarteira. Hoje faz 71 anos!

Jacinto, 1º. cabo do CSU,
71 anos na Quarteira !


O 1º. cabo Jacinto, escriturário do Comando de Sector do Uíge (CSU), em Carmona, está hoje em festa: comemora 71 anos.
Jacinto Sebastião Gomes Diogo, de seu nome completo, já estava em Carmona quando lá chegaram os Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423, a 2 de Março de 1975.
Algarvio de Odeleite, em Castro Marim, lá voltou em 1975, após ter cumprido a sua jornada africana do norte de Angola, onde foi louvado pelo seus bons serviços militares.
A vida familiar e profissional, já em Portual, levou-o para mais junto do mar algarvio e tornou-se próspero e afamadíssimo empresário do sector da restauração, fundador, trabalhador e gestor do prestigadíssimo restaurante «O Jacinto», na avenida Sá Carneiro da algarvia e turística Quarteira.
É lá onde regularmente o achamos, com ele sempre fazendo memórias dos chãos angolanos, e é
 para lá e para ele, hoje mesmo, que vão os nossos parabéns!

terça-feira, 6 de junho de 2023

* 7 192: A chegada da CCS ao Quitexe, em 1974! A rodagem da 1ª. CCAV. 8423 do Songo para Carmona!


Os furriéis milicianos Viegas e Rocha, ambos da
CCS do BCAV. 8423 e na sua primeira fotografia do
Quitexe, há nada mais nada menos que 49 anos !
BCAV. 8423


Os Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423 chegaram ao Quitexe a 6 de Junho de 1974! 
Há precisamente 49 anos! E parece que foi ontem!
Saímos do Grafanil de madrugada e fomos galgando quilómetros em asfalto, na chamada Estrada do Café - que ligava (e liga) Luanda a Carmona, pelo Cacuaco, Piri, Úcua, pelos Dembos afora, até à mítica Ponte do Dange, já entrando no Uíge - depois por Vista Alegre e Aldeia Viçosa, ainda o Dambi Angola e muitas outras sanzalas da beira da estrada, antes do Quitexe.
A estrada, quase igual e sem buracos, por onde voltei a 24 de Setembro de 2019, quando viajei  pelos chãos do Uíge da nossa saudade e em memória desse tempo da nossa jornada africana do norte de Angola.
O comandante Almeida e Brito, tenente-coronel, e o capitão José Paulo Falcão (oficial adjunto) lá lá tinham estado no dia 27 de Maio, para «contactos com o comandante do BCAÇ. 4211», que íamos substituir. Contactos que, segundo o livro «História da Unidade», «foram muito superficiais».
O Quitexe, de resto, já nem era «novidade» para o tenente-coronel Carlos de Almeida e Brito, que lá tinha sido oficial de operações, era major de patente e oficial-adjunto do BCAV. 1917, em 1968.
Cavaleiros do Norte com refugiados de
Carmona, há 48 anos e na parada do BC12

Evacuação de MPLA´s e rodagem
da 1ª. CCAV. 8423 do Songo para
Carmona, cidade sem abastecimentos

Um ano depois, também e ainda em tempo dos trágicos acontecimentos de Carmona, a cidade começava a serenar, depois dos agitados primeiros dias do mês. 
«Em Carmona, outro ponto quente dos combates desta semana, as tropas do ELNA e das FALA/UNITA dominam a cidade, tendo sido evacuados os membros do MPLA que sobreviveram aos ataques. A cidade, porém, continua sem abastecimentos», noticiava o Diário de Lisboa.

O dia 6 de Junho de 1975 foi o início de rodagem da 1ª. CCAV. 8423, a do capitão Davide Castro Dias, para Carmona, rodando do Songo e «indo ocupar o aquartelamento da extinta ZMN». Os Cavaleiros do Norte de Zalala já tinham estado, recordemos, em Vista Alegre e Ponte do Dange e concluíram a rodagem a 12 de Junho, nesta data «entregando os quartéis da área do Songo às AA, de acordo como determinado».
Os piores dias de Carmona estavam a acabar, sem quaisquer baixas entre as NT e depois de mil perigos. Ufff!!!..., que alívio.
Manuel Barroso
Barroso e Pimenta (falecido a 7 de Janeiro
de 2020), dois «zalalas» de Vila do Conde 


Barroso de Zalala, 71
anos em Vila do Conde !


O soldado Manuel Joaquim Faria Barroso, Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Maria João, na mítica Zalala, comemora 71 anos a 6 de Junho de 2023. Hoje mesmo!
Atirador de Cavalaria, passou depois por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona, sempre integrando o grupo de combate do alferes miliciano Mário Jorge de Sousa, especialista de Operações Especiais (Rangers), com os furriéis milicianos Victor Costa e os já falecidos José Carlos Évora Soares e José Manuel Baldy Pereira. 
Regressou a Portugal e a Vila do Conde no dia 9 de Setembro de 1975 e fixou-se em Vila do Conde, a sua terra natal e onde, profissionalmente, foi comerciante de legumes e frutas.
É para lá (Vila do Conde) e para ele que vai o nosso abraço de parabéns! Grandes, bons e muito felizes 71 anos!

segunda-feira, 5 de junho de 2023

7 191 - A chegada a Luanda dos Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel!

O capitão José Paulo Fernandes, o segundo da direita, no encontro dos Cavaleiros do Norte 
da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel e em Santa Maria da Feira, a 3 de Junho de 2023

Furriéis milicianos da 3ª. CCAV. 8423, a da saudosa e uíjana Fazenda Santa
Isabel: Alcides Ricardo, António Fernandes, Agostinho
Belo e António Flora



Os companheiros da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel e do capitão miliciano José Paulo Fernandes, chegaram a Luanda no da 5 de Junho de 1974. 
Há precisamente 48 anos e com o já ontem aqui lembrámos.
A subunidade foi a quarta do BCAV. 8423 a chegar a terras africanas, juntando-se à CCS do capitão António Oliveira, no Quitexe (lá chegada a 30 de Maio), a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala e do capitão miliciano Davide Castro Dias (a 1 de Junho) e a 2ª. CCAV. 8423, do capitão José Manuel Cruz (a 4 de Junho), todos aquarteladas no Campo Militar do Grafanil.
A partida para o Uíge e a Fazenda Santa Isabel viria a acontecer no dia 11 de Junho, onde substituiu a 3ª. CCAÇ. 4211 - já depois de também terem rodado as outras três companhias, respectivamente nos dias 6 e 10 de Junho de 1974.
Oficiais milicianos, eram os alferes Augusto Rodrigues, Carlos Silva, Pedrosa de Oliveira e Mário Simões. Os quadros desta subunidade incluíam o 1º. sargento Francisco Marchã e os furriéis milicianos Ângelo Rabiço (enfermeiro), Agostinho Belo, (vagomestre), João Cardoso (TRMS), José Lino (mecânico-auto), Armindo Reino (Operações Especiais, Rangers) e os atiradores de Cavalaria Delmiro Ribeiro, António Flora, António Fernandes, Alcides Ricardo, José Fernando Carvalho, Graciano Silva, António Luís Gordo e Grenha Lopes.
Jorge Grácio
(Spínola)

Manuel Barreiros
Spínola e Barreiros, os
mortos em Angola !

O atirador de Cavalaria Armando Moreira de Carvalho, que por Angola jornadeou como Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423,  a propósito, lembrou, em 2022, que «hoje passam 47 anos sobre o o dia em que chegámos a Luanda para cumprirmos uma comissão e quero felicitar todos os camaradas do Batalhão que ainda estão entre nós».
«Que descansem em paz os que já partiram», disse este Cavaleiros do Norte, especialmente evocando Manuel José Montez Barreiros, que, em Angola e vítima de doença, faleceu em Agosto de 1975 e era natural de Aldeia do Além, em Alcanede. E também de Jorge Custódio Grácio, mais conhecido como Spínola, e que faleceu, vítima de acidente de viação quando, em Julho de 1975 e de boleia, se deslocava do Quitexe para Carmona.
Armando Carvalho é o originário de Texugueira, da freguesia de Bidoeira de Cima, em Leiria, mas que agora se divide com a Inglaterra, onde trabalhou e onde se aposentou.
Os capitães José Manuel Cruz (que hoje
faz 76 anos em Esmoriz) e José Paulo
Fernandes, com o alferes João Machado

Os 76 anos do capitão
José Manuel Cruz !

O capitão miliciano José Manuel Romeira Pinto da Cruz, oficial de infantaria e comandante da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, está hoje em festa: chega aos 76 anos.
Há 47, então entrando nos viçosos 29 da sua então «tenra» idade, a cidade de Carmona ainda «ressacava» dos sangrentos combates entre a FNLA e o MPLA.
Os trágicos e sangrentos combates da cidade capital do Uíge não foram, na verdade, o melhor «cenário» para festas de anos e o capitão Cruz foi por esta altura um dos oficiais portugueses que, no Bairro Popular, negociou com a FNLA o «stop» à matança generalizada tragicamente que se registava.
Natural e residente na cidade de Esmoriz (em Ovar) e aposentado do ensino, é participante (permanente e activo) dos encontros dos Cavaleiros do Norte desta sub-unidade do BCAV. 8423 - a 2ª. CCAV., a da saudosa Aldeia Viçosa.
Hoje, 5 de Junho de 2025, comemora 76 anos, de boa saúde, em boa forma e na melhor disposição. Como ainda há dias se viu no encontro de 20 de Maio de 2023, em Castelo Branco, e nós, há momentos e via telefone, acabámos de confirmar! 
Grande abraço! Muitos parabéns!

Pereira, TRMS de Santa
Isabel, 71 anos em  Lisboa !

O soldado Fernando da Conceição Pereira foi especialista de transmissões da 3ª. CCAV. 8423 e festeja 71 anos a 5 de Junho de 2023.
Cavaleiro do Norte da Fazenda Santa Isabel e depois da vila do Quitexe e da cidade de Carmona (no BC12), regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar de 15 meses, no norte de Angola.
Fixou-se em Lisboa, na Rua do Olival, aos Prazeres. Onde supomos que (ainda morará). Dele nao temos mais informações. É para lá e para ele, ond quer que esteja,  que vai o nosso abraço de parabéns!

domingo, 4 de junho de 2023

7 190 - A 3ª. CCAV. 8423, de Santa Isabel: Os 50 anos da partida e os do regresso de Angola !


Cavaleiros da Santa Isabel em Santa Maria da Feira. À frente e à esquerda, os casais António
Flora (furriel) e Carlos Silva (alferes). Quem identifica os restantes?
O capitão José Paulo Fernandes na sua oração de
 03/06/2023. Ao lado, o 1º. cabo Coelho (Buraquinho)


Os Cavaleiros do Norte de Santa Isabel «mataram» as saudades dos 4 anos que a COVID 19 afastou, já desde 2019, mas que não deixaram de ser cuidadosamente regadas no seu canteiro de nostalgia, de respeito, de afectos e de eterna camaradagem.
«Estamos aqui juntos, para mais uma vez lembrar tempos complicados da nossa vivência de África, tempos que vivemos por terras do norte de Angola e tempos de guerra. Que não esquecemos, que recordamos e sempre recordaremos. Sempre...» disse o engº. José Paulo Fernandes, que pelos chãos uíjanos d´Angola foi capitão miliciano de infantaria e comandante da 3ª. CCAV. 8423, a subunidade do BCAV. 8423 inicialmente aquartelada na Fazenda Santa Isabel e depois também jornadeando pela vila do Quitexe e cidade de Carmona.
Reviver a jornada africana do norte uíjano de Angola é ritual que se entranhou, de vez e para sempre e sempre se multiplicando na alma e no coração de bem-querer dos Cavaleiros do Norte - sejam eles de qualquer das subunidades que seja, da CCS (a da vilado Quitexe) à 3ª. CCAV. (a da Fazenda Santa Santa Isabel, pela 1ª. CCAV. (a Fazenda de Zalala) e a 2ª. CCAV. (a da vila de Aldeia Viçosa).
Ai o que se sofre quando ir não se pode!!! E quando se evocam os que já partiam!

Os 50 anos da partida
e do regresso de Angola !



A definir ficou o local do encontro de 2024, que será o dos 50 anos da partida para Angola. E o de 2024, o do meio cententário do regresso.
Dividiram-se as opiniões, que os Cavaleiros do Norte de Santa Isabel são muito plurais..., havendo quem alvitrasse o encontro em Santa Margarida (proposto pelo furriel José Querido e como já fez a CCS a 3 de Junho de 2017), outros em Chaves e outros em Tomar (o clarim Armando Silva).
A seu tempo, e em útil tempo, decidirão.
Isso não arrefeceu, bem pelo contrário, entusiasmo deste reencontor, super-bem animado pelo acordeon e as cantigas populares do Armando Mendes da Silva (foto ao lado), que é já, e desde há muitos anos, um verdadeiro ícone destes encontros.
O certo, ceríssimo..., é que para o ano encontro haverá entre os Cavaleiros do Norte de Santa Isabel.

O capitão José Paulo Fernandes, à esquerda, falando
«às tropas», em 2017. À direita, o segundo, é Carlos
Carvalho que faleceu a 27 de Maio de 2023
A chegada da 2ª. CCAV.
e a partida da 3ª. CCAV.
8423 para Angola!


A 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa e do capitão miliciano José Manuel Cruz, aterrou no aeroporto internacional de Luanda na manhã de 4 de Junho de 1974. 
Há 49 anos! 
No mesmo dia, partiu de Lisboa a 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel.
Os companheiros da 3ª. CCAV. 8423, a do capitão miliciano José Paulo Fernandes, foi a quarta do BCAV. 8423 a chegar a terras africanas, juntando-se à CCS do capitão António Oliveira, no Quitexe (lá chegada a 30 de Maio), a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala e do capitão miliciano Davide Castro Dias (a 1 de Junho) e a 2ª. CCAV. 8423, do capitão José Manuel Cruz (a 4 de Junho), todos aquarteladas no Campo Militar do Grafanil.
A partida para o Uíge e a Fazenda Santa Isabel viria a acontecer no dia 11 de Junho, onde substituiu a 3ª. CCAÇ. 4211 - já depois de também terem rodado as outras três companhias, respectivamente nos dias 6, e 10 de Junho de 1974.
Oficiais milicianos, eram os alferes Augusto Rodrigues, Carlos Silva, Pedrosa de Oliveira e Mário Simões. Os quadros desta subunidade incluíam o 1º. sargento Francisco Marchã e os furriéis milicianos Ângelo Rabiço (enfermeiro), Agostinho Belo, (vagomestre), João Cardoso (TRMS), José Lino (mecânico-auto), Vicpr Guedes (armamento pesado e já faecido) Armindo Reino (Operações Especiais, Rangers) e os atiradores de Cavalaria Delmiro Ribeiro, António Flora, António Fernandes, Alcides Ricardo, José Fernando Carvalho, Luis Capitão (já falecido), Graciano Silva, António Luís Gordo e Grenha Lopes.

sábado, 3 de junho de 2023

7 189 - Cavaleiros de Santa Isabel em Santa Maria da Feira! A partida da 2ª. CCAV. 8423 para Angola!

A concentração (parcial) dos Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423 
O castelo da Feira ao fundo e para abrir
a «bolsa de saudades» dos Cavaleiros
do Norte da Fazenda Santa Isabel
O bolo do encontro 2023

O encontro anual dos Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV 8423, a da Fazenda Santa Isabel, está a decorrer em Santa Maria da Feira
.
Grávido de emoções e de saudades dos inesquecíveis - se bem que difíceis... - tempos uíjanos da nossa jornada africana peos chão do norte de Angola.
E retomando a tradição de muitos anos - infelizmente interrompida pela COVID 19.

A concentração, como se vê nas imagens, foi junto ao castelo de Santa Maria da Feira, de onde a comitiva «galopou» para o restaurante «Xiribi», em S. Miguel de Souto.
E está a decorerr cheíssimo de entusiasmo, ainda que sem presença de alguns companheiros habituais - por razões diferentes. Ora por doença (caso do furriel José Fernando Carvalho), ora por compromissos familiares (o do furriel Reino), ora por quaisquer outros.
Não esquecendo o trágico falecimento do Carlos Carvalho, há precisamente uma semana - e que já hoje foi lembrado por terras de Santaa Maria da Feira.
O capitão José Paulo Fernandes, que na jornada africana do norte de Angola, foi comandante desta subunidade do BCAV. 8423,  também não faltou, tendo embora que endireitar o «azimute» da operação.
O alferes Carlos Silva também não e lá estão os furriés José Querido e António Flora (que viajaram de Odivelas), o Cardoso (de Coimbra) e o José Lino (do Fundão).
O organizador é o José Novo, que, compenetradíssimo e competente, está à altura do sempre emotivo reencontro de abraços e memórias dos Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423.
E nem faltou a indispensável animação do acordeon e voz do clarim Armando Mendes da Silva. E com surpreendente solo do Novo!  Que neste preciso momento entusiasticamente decorre! Com muitas palmas, emoção e alegria. E canto colectivo!!
Contamos, amanhã, voltar ao assunto.

O capitão José Manuel Cruz,
comandante da 2ª. CCAV. 8423,

a de Aldeia Viçosa, com o alferes
miliciano João Machado
O bilhete de avião do
alferes J. Machado da
2ª. CCAV. 8423 (1974)


A partida da 2ª. CCAV.
8423 para Angola!
Há 49 anos!


A 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, voou de Lisboa para Luanda na noite de 3 para 4 de Junho de 1974.
Há 49 anos!
Os chegando a Angola na madrugada deste dia, e avião dos Transportes Aéreos Militares (TAM).
A subunidade do BCAV. 8423 
chegou a Luanda na madrugada do dia 4, tendo voado em aeronave dos Transportes Aéreos Militares (TAM). 
Comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz, o quadro de oficiais incluía os alferes milicianos João Machado, de Operações Especiais, os Rangers (ver o bilhete de avião) e, atiradores de Cavalaria, Jorge Capela, Carvalho de Sousa e João Carlos Periquito.

Um ano depois, a cidade de Carmona continuava enlutada e em guerra aberta, com ferozes e sangrentos combates entre FNLA e MPLA. Assim como pelo Uíge fora.
«A matança prossegue em Carmona (...), Ninguém dispõe ainda do número de mortos, presos e desaparecidos, mas as vítimas serão já muitas dezenas. As ruas estão cheias de cadáveres (...)», noticiava o Diário de Lisboa, reportando os combates iniciados a 1 de Junho de 1975!
Há 48 anos!



sexta-feira, 2 de junho de 2023

7 188 - Imprecisões sobre os trágicos incidentes de Carmona! A expulsão do MPLA do Uíge!

Refugiados civis, jovens e de há 48 anos. na parada do BC12, em Carmona - a actual cidade do Uíge.
Com eles, está o 1º. cabo Emanuel Miranda dos Santos, que está emigrado nos Estados Unidos

O BC12 , na saída de Caroma para o Songo, a 25 de Setembro
 de 2019, quando por lá passou o furriel Viegas, da CCS


O Diário de Lisboa de 2 de Junho de 1975, há 48 anos, noticiou que a segurança da cidade de Carmona (actual cidade de Uíge) estava dependente das forças integradas (mistas). 
O que não era verdade e disso somos testemunhas factuais, pois a tropa que interveio foi apenas a portuguesa, unicamente os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423. 
Nem sensatamente seria curial que as forças mistas se envolvessem em ações que pretendiam anular a fúria insensata e mortífera dos militares dos dois movimentos - qie oneravam as forças mistas. 
Frente a companheiros de movimento e misturados 
com o inimigo, o que fariam?
O jornal diário vestertino de Lisboa acrescentava que, e citamos, «(...) o recrudescimento das confrontações determinaram uma ordem de marcha, emitida esta manhã, para que segunda força militar integrada siga para Carmona e domine a situação».
Não há memória de que, alguma vez, tal força tenha chegado a Carmona.
Nem precisa seria. A sua presença só iria aumentar a instabilidade da cidade e fazer medrar a insegurança que, brava e corajosamente, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 sustentavam e combatiam, horas atrás de horas, dias seguidos de dias. 
E noites! 
Sem comer e sem dormir.
«Mais uma vez, as NT procuraram minimizar o conflito, procurando o seu términus rápido e diligenciando por limitar os seus efeitos», lê-se no livro «História da Unidade», referindo também que «no rescaldo, ainda mais vincada ficou a hegemonia da FNLA».
«Tudo o que se possa considerar combatente ou simpatizante do MPLA foi expulso do distrito, no melhor dos casos, porquanto noutros há a citar algumas dezenas de mortos», acrescenta o HdU, também aludindo a «calma ainda mais fictícia e preocupante» que resultou dos graves incidentes.
O HdU também refere que a população pediu «a protecção das NT, a qual lhe foi dada, entrando no quartel um milhar e tal de refugiados», diríamos nós que aproximadamente 2000, o que (o apoio aos refugiados, principalmente do MPLA) «não encontrou receptividade da FNLA, considerando-a como discriminatória e partidária». Dessa posição da FNLA resultou, ainda segundo o HdU, «um período seriamente preocupante para o BCAV. 8423». Que iria «durar» por toda a semana!
Alferes Garcia e furriel Viegas, do PELREC da
CCS. O pelotão foi dos primeiros a sair do BC12
para a cidade de Carmona, na madrugada de 1
de Junho de 1975. um domingo de há 48 anos!

Combates sangrentos
 e recolha de civis!

O dia 2 de Junho de 1975, na verdade, foi de violentos combates em Carmona,  envolvendo toda a guarnição portuguesa em defesa de pessoas e bens. 
Aos operacionais (e não eram muitos...) couberam, naturalmente, os pontos mais sensíveis: aeroporto, hospital, Banco de Angola, aquartelamentos e edifícios públicos, comunicações, redes de água, abastecimento e electricidade. E a segurança  ma cidade, a dramática operação de recolha da população civil, indefesa e fragilizada, que pedia proteção e era recolhida nas ruas, às portas de suas casas, e levada para o BC12. E dos feridos, fossem civis ou elementos das forças em confronto, para o ocupadíssimo hospital da cidade.
O dia, na verdade, foi de combates sangrentos e nalguns casos quase corpo a corpo, entre os combatentes da FNLA (o Exército de Libertação Nacional de Angola, o ELNA) e as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (as FAPLA, do MPLA). Nunca ninguém saberá quantas mortes aconteceram nestes dramáticos dias de Carmona. 
Nunca poderão ser contados quantos sacrifícios e actos de coragem protagonizaram os Cavaleiros do Norte! 
Quantos deles arriscaram a vida para, sem recuar, salvarem vidas da cidade!!!
Os não atiradores ocuparam também posições de defesa do BC12 e de alguns importantes outros pontos da cidade. Por exmplo, a ZMN/CSU, bancos, aeroporto, captações de água e hospital,  civila.
Abel Mourato em
2020. Faleceu há
3 anos!

Abel Mourato e Mário Matos, 
furriéis milicianos da 2ª.
CCAV. 8423, em 1974/1975

Furriel Abel Mourato
faleceu há 3 anos !


O furriel miliciano Abel Maria Ribeiro Mourato, combatente alentejano da 2ª. CCAV. 8423, faleceu a 2 de Junho de 2020, há precisamente 3 anos e vítima de doença.
Vagomestre de especialidade militar, dos Cavaleiros o Norte de Aldeia Viçosa e do comando do capitão miliciano José Manuel Cruz, nasceu a 24 de Janeiro de 1952 e partiu para Angola a 4 de Junho de 1974. De lá regressou a 10 de Setembro de 1975 - no final da sua (e nossa) jornada africana do Uíge do norte angolano.
É justo e merecido lembrar que por lá foi grande e bom companheiro da nossa jornada e, cá, foi funcionário público da administração fiscal.
Residia em Vila Viçosa e já aposentado, começou a queixar-se de dores na cervical e de artroses, o que o fez entrar em ciclo depressivo. A 27 de Maio de 2020, entrou em internamento hospitalar, tendo-lhe sido diagnosticados problemas de tensão alta, dificuldades de oxigenação e uma embolia pulmonar.
Casado em segundas núpcias com Manuela, era pai de Marta, de 19 anos. E de Nuno Miguel, de 42 e do primeiro casamento. Até um destes dias, amigo Mourato! Não te esquecemos por cá! RIP!!!





quinta-feira, 1 de junho de 2023

7 187 - O trágico dia 1 de Junho de 1975..., o primeiro dos dramáticos incidentes de Carmona!


Refugiados de Carmona/Uíge na parada do BC12, já a serem evacuados. Os dias de há 48 anos foram
intensamente sofridos e o BCAV. 8423 acolheu mais de um milhar de civis da cidade, talvez mais de
 2000... e região uíjana,  
de todas as cores, políticas e credos
Mortos dos incidentes de Carmona, com combates começados
na madrugada de 1 de Junho de 1975. Há 48 anos!


A cidade de Carmona - a actual Uíge, capital desta província... - acordou ao som da metralha, do fogo e da morte espalhada pelos seus bairros e ruas, na madrugada de 1 de Junho de 1975.
Há 48 anos!
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 cedo foram mobilizados para, a todo o custo, o custo que custasse... - mesmo que o da vida fosse... -, defenderem pessoas e bens. Quaisquer que fossem as pessoas, de qualquer cor, qualquer etnia e religião, de qualquer política... 
O pânico estava semeado e levedava entre a comunidade civil, nomeadamente a europeia. E regado a sangue, levedando medos por toda a cidade e bairros envolventes, logo mobilizando os Cavaleiros do Norte do BCAV 8423.
Os grupos operacionais «invadiram» a cidade, protegeram os edifícios públicos, o aeroporto, o Banco de Angola, o hospital e o abastecimento de água. Acudiram a quem, desesperadamente, pedia socorro nas ruas da cidade, espreitando das janelas e portas e acenando por auxílio.
«Graves incidentes estalaram ontem em Carmona, entre tropas do MPLA e da FNLA, obrigando à intervenção, até agora sem êxito, de uma equipa militar 
mista composta apor forças integradas dos três movimentos de libertação», noticiava o Diário de Lisboa do dia seguinte.
O Diário de Lisboa de 02/06/1975 reportava
os graves incidentes da véspera, na cidade
 de Carmona, a actual Uíge

Imprecisões sobre os
trágicos incidentes da
cidade de Carmona !


A notícia tem uma grave imprecisão, pois a tropa que interveio foi apenas a portuguesa, unicamente os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
Nem, valha a verdade, sensatamente seria curial que as forças mistas se envolvessem em acções que pretendia anular a fúria insensata e mortífera dos militares dos dois movimentos. Frente a companheiros de movimento e misturados com o inimigo, o que fariam?
O jornal de Lisboa acrescentava que «(...) o recrudescimento das confrontações determinaram uma ordem de marcha, emitida esta manhã, para que segunda força militar integrada siga para Carmona e domine a situação».
Não há memória de que, alguma vez, tal força tenha chegado a Carmona.
Nem precisa, seria. A sua presença só iria aumentar a instabilidade da cidade e fazer medrar a insegurança que, brava e corajosamente, os Cavaleiros do Norte sustentavam e combatiam, horas atrás de horas, dias seguidos de dias. E noites! Sem comer e sem dormir.
«Mais uma vez, as NT procuraram minimizar o conflito, procurando o seu términus rápido e diligenciando por limitar os seus efeitos», lê-se no livro «História da Unidade», referindo também que «no rescaldo, ainda mais vincada ficou a hegemonia da FNLA».
«Tudo o que se possa considerar combatente ou simpatizante do MPLA foi expulso do distrito, no melhor dos casos, porquanto noutros há a citar algumas dezenas de mortos», acrescenta o HdU, também aludindo a «calma ainda mais fictícia e preocupante» que resultou dos graves incidentes.
O HdU também refere que a população pediu «a protecção das NT, a qual lhe foi dada, entrando no quartel um milhar e tal de refugiados», diríamos nós que aproximadamente 2000, o que (o apoio aos refugiados, principalmente do MPLA) «não encontrou receptividade da FNLA, considerando-a como discriminatória e partidária». Dessa posição da FNLA resultou, ainda segundo o HdU, «um período seriamente preocupante para o BCAV. 8423». Que iria «durar» por toda a semana!
O furriel Viegas e o engº. Eugénio
Silva a 28 de Setembro de 2019

Os trágicos dia (re)lembrados
por um então jovem estudante
«recolhido» no BC12 !

Hoje mesmo e na sua página oficial de facebook, o engº. Eugénio Silva, ao tempo estudante de Carmona e um dos refugiados do BC12, evoca o dia.
«Completam-se hoje 48 anos desde que a então cidade de Carmona acordou de madrugada sob intenso fogo, em sangue, dor, medo, suor e lágrimas», escreve(u) o agora aposentado da Sonangol, depois de uma vida dedicacaa à prspecção de petróleo, acrescentado que «estava todo o mundo em pânico, quando escutávamos aqueles rebentamentos, a que só os militares estavam habituados.
«Foi horrível...», comentou Eugénio Silva, 48 anos depois, e recuando ao seu tempo de então jovem estudante - quem, a 22 e 28 de Setembro e 18 de Outubro de 2019, tive o gosto de abraçar e com ele, por largas horas, fazer memórias dos trágicos primeiros 6 de dias de Junho de 1975, na cidade de Carmoa e chãos do Uíge.
Um abraço, Eugénio!!! Tudo de muito bom para Angola!!!
- Ver AQUI e AQUI