CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 31 de dezembro de 2023

7 312 - A noite de passagem de ano e a Corrida de S. Silvestre de 1974 para 1974 !

Quitexe, na passagem de ano de 1974 para 1975, furriéis milicianos na entrada da messe e bar e sargentos: Ribeiro e
Fernandes (de mãos dadas), Viegas, Belo (de óculos e bigode), Grenha Lopes (meio encoberto), Bento e Luís Costa
(dos morteiros) e Flora (copo na mão). À frente, Rabiço (enfermeiro, de bigode e cigarro na mão esquerda)
mão esquerda), Graciano e Abrantes (de cachimbo)

Jorge Grácio, o Spínola,
vencedor da S. Silvestre
do Quitexe de 1974

C. Pagaimo, o
2º. classificado


José Caetano


A noite de passagem do ano de 1974 para 1975, a de há 49 anos e lá pelas do Uíge angolano, foi de fortes bátegas de água. Por lá jornadeavam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 e foi tempo de Corrida de S. Silvestre.
O «rancho» do dia até foi foi melhorado e a malta fora das escalas de serviço procurou os melhores programas possíveis, dentro dos condicionalismos que se viviam numa guarnição militar em situação 100% operacional.
Havia, sempre, que ter cuidados! E muitos!
Messes cheias, cantina e bares militares cheios, garrafas a abrir nas casernas da parada, onde quer que estivesse um soldado dos Cavaleiros do Norte, não faltou sede para «matar» nesse tempo de festa e de saudade dos chãos de Portugal.
A noite foi intensamente chuvosa, mas não suficientemente forte para atemorizar os valentes atletas-militares que se prepararam para «a tradicional corrida de S. Silvestre no Quitexe» - corrida que, como sublinha o livro «História da Unidade», procurava «marcar a passagem do ano de 1974/75 em convívio fraterno e de paz, tal como as famílias do Quitexe fizeram, tendo no seu seio as famílias de militares, aqui presentes, por impossibilidade de juntar todo o BCAV.».

O Pagaimo em Outubro de 2019, ladeado
 pelos furriéis Viegas, à esquerda, e Neto


Spínola e Pagaimo na frente
da Corrida de S. Silvestre
ganha por Spínola!

A intensa chuva que caiu na noite de há 49 anos não foi suficientemente forte para atemorizar os atletas-militares que se prepararam para «a tradicional corrida de S. Silvestre no Quitexe».
corrida, segundo o livro «História da Unidade», procurava «marcar a passagem do ano de 1974/75 em convívio fraterno e de paz, tal como as famílias do Quitexe fizeram, tendo no seu seio as famílias de militares, aqui presentes, por impossibilidade de juntar todo o BCAV.».
Chuva civil não molha militar!
A prova viria a ser ganha, e com todo o mérito, por Jorge Custódio Grácio, soldado atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, e por lá (e depois pelo Quitexe) imortalizado como Spínola. O segundo lugar foi do 1º. cabo Celestino Pagaimo, do Pelotão de Morteiros 4281.
O terceiro classificado foi José António Caetano, soldado clarim da CCS.
O Jorge Grácio (Spínola) viria a ser vítima mortal de um trágico acidente de motorizada, quando, sozinho, embateu na rotunda da entrada de Carmona. 
Faleceu a 2 de Julho de 1975 e o seu corpo veio para Portugal no avião que transportou a 3ª. CCAV. 8423, a 11 de Setembro do mesmo ano. Está sepultado na sua terra natal, o Casal das Raposas, em Vieira de Leiria. 
Hoje, o recordamos com saudade. RIP!!!
O 1º. cabo Celestino de Jesus Pagaimo fez carreira militar nas Brigadas de Trânsito (BT) da GNR e, já aposentado, mora em Montemor-o-Velho.
O José Caetano, também já aposentado, mora em Vila Nova de Gaia.

O 1º. cabo Alfredo Coelho (o Buraquinho), que
 (não) venceu a S. Silvestre do Quitexe, de 1974
 para 1975. Na foto, com o maqueíro Joaquim
 Moreira (o Penafiel), um dos seus «cúmplices»
(com o 1º. cabo Gomes) da falsa corrida 

A (não) S. Silvestre
do Alfredo Buraquinho!


A corrida da S. Silvestre teve partida na Estrada do Café, na saída para Carmona, onde se cortava para a picada de Zalala. Seguia para o Quitexe e virava no Bar do Rocha, à esquerda, para a avenida - a Rua de Baixo. 
A meta estava instalada em frente à messe de oficiais.
Resolveu o 1º. cabo Alfredo Coelho (o Buraquinho) fazer das dele. E fazer o quê? Ele mesmo conta: «Como os enfermeiros tinham de acompanhar a corrida, combinei com o Gomes e Moreira (o Penafiel) que quando a corrida começasse, eu isolar-me-ia e entraria na ambulância, sem que fosse detetado».
Assim foi e ninguém deu por nada. As noites de África, como sabemos, são muito cerradas e a chuva «ajudou» a manobra. Ao momento oportuno, o Buraquinho saltou da ambulância e começou a correr. «Íamos a passar próximo da casa do administrador, onde estava este e vários oficiais a verem a corrida, e, ao verem-me, entusiasmaram-me, gritando «força, Buraquinho, és o primeiro!!!...».
Era, mas não era e... fez-se justiça: «Cometi um erro, ao virar para a avenida, deveria ser na rua do Rocha e eu cortei antes», explicou ele, agora e lembrando que «cheguei à meta em primeiro, até fui vitoriado pelo capitão Oliveira, por eu ser da CCS, como ele, mas quando chegou o segundo classificado, este foi naturalmente o primeiro, o vencedor». Era o Grácio, mais conhecido por Spínola, da 3ª. CCAV. 8423 mas ao tempo já no Quitexe. 
«Denunciou a minha chegada forjada e, pronto, foi declarado vencedor, como tinha de ser», recorda o Alfredo Buraquinho, a sorrir-se desta sua «notável» proeza atlética. 
Hoje se passam 49 anos das nossas história de vida, precisamente!

sábado, 30 de dezembro de 2023

7 311 - Um Governo de Transição para a Angola Independente! Futebol no pelado do Quitexe!

A parada do BCAV. 8423, no Quitexe e vista do lado da porta d´armas (para a avenida). Ali se vêem as
bombas de combustível e a cozinha/refeitório (à direita) e as oficinas (à esquerda). E alguns Cavaleiros
do Norte equipados e preparados para mais um jogo de futebol no pelado da vila

Cavaleiros do Norte do Parque-Auto: NN (condutor?)
1º. cabo Malheiro (com Ricardo, filho 
do alferes Cruz,
ao colo), 1º. cabo Monteiro 
(Gasolinas), furriel
Machado e Canhoto (condutor)
Campo de futebol de 5
de Vista Alegre (ou de
Aldeia Viçosa
?)


O dia 30 de Dezembro de 1974, uma segunda-feira de há 49 anos e lá pelo uíjano Quitexe, por Aldeia Viçosa e Vista Alegre/Ponte do Dange, terras angolanas do norte por onde jornadeava o BCAV. 8423, preparava-se a corrida de S. Silvestre.
A actividade fecharia o ano da sede do batalhão, em ambiente desportivo e no âmbito do plano de acção psicológica, coordenado pelo alferes miliciano José Leonel Hermida.
Os outros aquartelamentos, outras actividades de lazer tiveram e nomeadamente renhiadas partidas de futebol - ou de futebol de 5, o actual futsal.
Quanto ao dia a dia, ia igual e sem problemas. 
A grande novidade do de 30 de Dezembro desse já distante 1974, tinha a ver com a data (anunciada) da realização da Cimeira dos três movimentos de libertação com o Governo de Portugal: 10 de Janeiro de 1975 «algures, em Portugal». Até lá, disse Jonas Savimbi em Lusaka, UNITA, MPLA e FNLA «realizarão uma cimeira para concordarem numa plataforma comum, para apresentarem nas conversações com o Governo Português». Isto, numa altura em que, segundo as agências noticiosas France Press e a Reuters, se registavam «progressos recentes na melhoria das relações entre os três movimentos de libertação angolanos, através da assinatura de acordos».
Notícia do «Diário de Lisboa» de há 49 anos,
sobre a cimeira dos movimentos angolanos
com Portugal

Um Governo de Transição
para a Angola Independente!

Observadores internacionais, em Lusaka e citados pelo «Diário de Lisboa», afirmaram que  «essa cimeira apresenta-se como uma gigantesca evolução no caminho do entendimento dos três movimentos, para se encontrar a adequada solução angolana de independência»
«O nosso objectivo é ter em Angola um Governo de Transição antes do fim de Janeiro e a independência dentro de 9 a 12 meses», afirmou Jonas Savimbi, o presidente da UNITA- enquanto o «Diário de Lisboa» escrevia que «foi dado um passo em frente pela solução do problema de Angola, o maior território colonial português em África».

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

7 310 - Movimentos de libertação mais urbanos e refugiados catangueses em Angola!

 Combatentes e militantes da FNLA e do MPLA em Vista Alegre, ainda no tempo do aquartelamento local da 1ª. CCAV. 8423 dos Cavaleiros do Norte


Convívio de civis com militares, na messe de sargentos do Quitexe. Vêem-se, à direita,
o sr. Dias e o 1º. Aires. Todos os outros são furriéis miicianos na noite de passagem
de 1974 para 1975: Ribeiro (com a garrafa na mão), António Lopes (de óculos e cigarro
na mão), Viegas, Bento (bigode) e Flora. Depois, Rocha (de bigode), Carvalho (bigode
e boina), Grenha Lopes e Luís Capitão. Em baixo, o furriel Armindo Reino


O Governo Provisório de Angola, há 49 anos, «refuta(ou) energicamente as acusações feitas em Kinshasa (...) sobre o caso dos 2000 refugiados catangueses que desde 1963 se encontram em Angola e recusaram regressar ao Zaire, apesar da amnistia concedida pelo presidente Mobutu».
Os ditos refugiados estavam maioritariamente «instalados no distrito da Lunda, constituíram família, vivendo ordeiramente», segundo relatava o «Diário de Lisboa», citando um comunicado do Governo Provisório, acrescentando que «foi livremente que tomaram a decisão de não voltar ao Zaire e preferindo continuar a trabalhar em Angola».
Estes acontecimentos chegavam ao Uíge - ao Quitexe, a Aldeia Viçosa, a Vista Alegre e a Ponte do Dange? Não chegavam oficialmente e deles (e de outros) apenas tínhamos conhecimento através da imprensa, em particular pelo jornal «A Província de Angola», diário que se publicava em Luanda - o actual «Jornal de Angola» -, que regularmente chegava ao Quitexe.
Notícia do «Diário de Lisboa»
de há 49 anos e sobre Angola

Reserva latente entre os
movimentos de libertação! 

Os movimentos de libertação, com mais ou menos facilidade, continuavam, entretanto, a sua instalação no território, nalguns casos ocupando antigas instalações militares dos portugueses, noutros criando delegações políticas - que acabavam por ser mini-aquartelamentos, bem o sabíamos. 
«Abandonados que foram alguns locais, começou a verificar-se uma aproximação dos movimentos, nomeadamente aos povos já há tempo fixados, na sua maioria com incidência da FNLA, mas também, em alguns casos, do MPLA», lê-se no Livro da Unidade.
«Adivinha-se uma reserva latente entre os dois movimentos, já que na área predomina a FNLA. No entanto, não se tem verificado actos que possam preocupar as suas actividades», sublinha(va) o LU, acrescentando que tais actividades «começaram também a entrar junto das populações europeias, que continuam pensando com reservas sobre o seu futuro, mas aceitando de bom grado, pelo menos aparente, a presença efectiva daqueles movimentos». Da UNITA, nem se falava. 

O 1º. cabo Gabriel em Angola (1974)


Gabriel, 1º. cabo sapador
da CCS, festeja 71 anos
na Covilhã!

O 1º. cabo Gabriel Alves Mendes, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, festeja 71 anos a 29 de Dezembro de 2022. Hoje mesmo e na Covilhã.
Sapador de especialidade militar, integrou o pelotão do alferes miliciano Jaime Ribeiro e serviu também no balcão do bar/cantina dos praças, na avenida do Quitexe - onde se popularizou. Regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 - à sua terra natal de Cortes do Meio, em plena Serra da Estrela e no município da Covilhã.
Já tinha estado (antes da tropa) e continuou muitos anos emigrado em França e, agora já aposentado, voltou aos bons ares natais, tendo, em 2021, «estreado» a sua participação no encontro da CCS de Braga. Já em 2022 foi, com Francisco Madaleno, dos organizadores do encontro da Covilhã.
Os nossos parabéns, embrulhados num grande abraço!

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

7 309 - Tempos calmos no BCAV. 8423! Facção Chipenda expulsou Agostinho Neto do MPLA !


Futebol, equipa da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala. De pé, Fião (motorista), 1º. cabo Carlos Ferreira, Alegre
(motorista), o Montalegre, o Mamarracho, já falecido), furriel Barreto (falecido a 2/11/20/2020) e Rocha (motorista). Em baixo: Almeida (o Espinho, motorista), Orlando Oliveira (o Almeida, motorista), César
Rocha (1º. cabo padeiro), 
Famalicão (Agra), Lago (Tó, de transmissões) e furriel Nascimento

Futebol no Quitexe: António Lopes (furriel enfermeiro), 1º.s cabos José Gomes
 e Fernando Grácio, furriel Luís Mosteias (falecido a 05/02/2013, em S. André),
1º. cabo Delmar Alves (morteiros) e NN. Em baixo, furriel José A. Monteiro (de
op. especiais), 
Covilhã (morteiros), 1º. cabo Domingos Teixeira (estofador),
 Miguel Santos (furriel paraquedista) e Jorge Botelho (PELREC)



O dia 28 de Dezembro de 1974, um sábado de há 49 anos, foi tempo de se saber, lá pelas bandas da uíjana vila do Quitexe angolano e outros chãos da terra nortenha de Angola, que a Facção Chipenda «decidira expulsar o dr. Agostinho Neto do MPLA».
Por lá jornadeavam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 e a afirmação foi de Luís de Azevedo, encarregado das Relações Exteriores da tendência liderada por Daniel Chipenda e no decorrer de uma conferência de imprensa em Paris, durante a qual também denunciou os acordos de cooperação assinados no Luso pelos 
Daniel Chipenda (à esquerda) e Agostinho Neto
(à direita) 
com um jornalista argelino 
presidentes do MPLA (Agostinho Neto) e da UNITA (Jonas Savimbi) e censurou a posição do Alto Comissário de Portugal em Luanda, o almirante António Rosa Coutinho, para a conclusão do acordo.
Recordemos que Daniel Chipenda tinha, tempos antes, sido expulso do MPLA, precisamente pelo presidente Agostinho Neto. Mais tarde, em Setembro de 1974, passaria para a FNLA e, já na Angola independente, reingressou no MPLA (em 1989) - quando foi nomeado embaixador no Egipto.
Antes da actividade política e enquanto estudante da universitário, foi titular da equipa principal de futebol da Associação Académica de Coimbra (nos anos de viragem da década de 50 para a de 60), distinguindo-se como ponta-de-lança e goleador. Antes, jogara no Benfica - clube pelo qual foi campeão nacional na época de 1956/1957.
Campo de futebol do Quitexe, anos 70 do século XX,
palco de grandes partidas entre Cavaleiros do Norte

Tempos calmos
no BCAV. 8423 !

Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, por estes tempos finais de 1974, continuavam a sua jornada africana do Uíge angolano em tempos de acalmia.
O dia-a-dia operacional, porém, continuava com as sempre delicadas missões de patrulhamentos e escoltas, nomeadamente ao longo da Estrada do Café - ora para o lado de Carmona, ora para o de Aldeia Viçosa e até Úcua.
A preparação da corrida de S. Silvestre era um dos assuntos da agenda do gabinete de acção psicológica do Batalhão, então ao cuidado do alferes miliciano José Leonel Pinto de Aragão Hermida, o oficial de Transmissões. 
Assim como a realização de animados e disputados jogos de futebol, no pelado do Quitexe e entre pelotões e subunidades do BCAV. 8423.
Realizavam-se no campo da vila e sempre muito disputados, por vezes até com excesso de entusiasmo mas sempre suscitando grandes rivalidades.


Barros de Zalala, 71
anos em Coimbra !


O 1º. cabo Rui António Ferreira Barros foi atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423 e comemora 71 anos a 29 de Dezembro de 2023. Hoje mesmo e em Coimbra.
Cavaleiro do Norte do 2º. Grupo de Combate de Zalala, comandado pelo alferes miliciano Carlos Sampaio, o seu nome não consta da relação do pessoal da 1ª. CCAV. 8423 que, a 9 de Setembro de 1975, desembarcou no aeroporto de Lisboa, vindo de Angola. Nem nas de qualquer  uma das restantes três Companhias do BCAV. 8423. Desconhecemos as razões. 
Tanto quanto julgamos saber, residirá na área de Coimbra. Onde quer que esteja, para ele vão os nossos parabéns!

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

7 308 - O Natal de 1974 do BCAV. 8423 e o nascer de um país novo de expressão portuguesa!

Combatentes do BCAV. 8423 em dia de Natal de 1974, todos furriéis milicianos. Atrás, Francisco Bento,
Nelson Rocha, Viegas, António Flora, António Lopes (enfermeiro), Luís Capitão e Delmiro Ribeiro. À
frente e sentados, José Fernando Carvalho, Agostinho Belo, Grenha Lopes e Armindo Henriques
 Reino, que amanhã festeja 72 anos, no Sabugal! Parabéns!
Os furriéis milicianos Bento, Reino e Viegas no dia
de Natal de 1974. No Quitexe de há 49 anos!


A mensagem de Natal do Comando do Sector do Uíge (CSU), a de há 49 anos e por terras do norte uíjano de Angola,  sublinhou «a festa de família, época em que é mais viva a saudade dos parentes e amigos», e sendo, como podemos reportar do livro «História da Unidade», «para nós, neste Natal de 1974, que terminará a velada de armas iniciada há 14 anos em Angola».
A mensagem deixou «a
O Comando do Sector do Uíge. Carmona, em1975
consolação de encontrar no seio do Exército numa segunda família, a mesma camaradagem diária de combatente para combatente, comungando os mesmos princípios, vivendo os mesmos bons e maus momentos», o que era evidentemente verdade, para além de que, também naturalmente muito importante, havia «a certeza de estar a cumprir uma alta missão, ajudando a construir em paz um país novo de expressão portuguesa».
O Comando do Sector do Uíge (CSU), na sua mensagem às tropas, destacava que «nesta quadra em que todo o mundo se deseja PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE, juntemos os nossos esforços para que em ANGOLA se consiga essa paz e, indiferentes a ofensas e calúnias, com a consciência tranquila, prossigamos confiantes e serenos ate ao fim, para que possamos dizer com satisfação e orgulho: MISSÃO CUMPRIDA!».
«Na impossibilidade de o fazer pessoalmente, com esta saudação a todos os Oficiais, Sargentos e Praças do Sector, envio os meus votos de Boas Festas e Feliz Natal», concluía o Comando do Sector do Uíge, na sua mensagem de 1974, que respigamos do livro «História da Unidade».
Armindo Reino


Reino, furriel de Santa 
Isabel, festeja 72 anos
no Sabugal !


O furriel miliciano Armindo Henriques Reino, Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda de Santa Isabel, festeja 72 anos a 28 de Dezembro de 2023. Amanhã!
Especialista de Operações Especiais, os Rangers, em curso tirado no CIOE de Lamego, o Reino tem dois dias de aniversário: o do nascimento propriamente dito (28 de Dezembro de 1951) e o do registo oficial, que é datado de 1 de Janeiro de 1952. O que não é para todos!
Foi este último que vigorou, em termos de recenseamento militar, carreira que o levou ao 3º. curso, o de 1973, do Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE), em Lamego. 
Regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, à Aldeia do Bispo, no concelho de Sabugal - a terra da sua naturalidade. Profissionalmente, fez carreira na GNR, força militar de que há vários anos está aposentado. 
É lá pelo Sabugal que continua a viver e é para lá, e para ele, que vai o nosso abraço de parabéns!
A 1ª. CCAV. 8423


Martins de Zalala
faleceu há 18 anos!

O soldado Fernando Martins foi Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423 e faleceu há precisamente 19 anos e na Lousã, onde residia.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar, jornadeou pela mítica Fazenda Maria João, a de Zalala, e passou também por Vista Alegre/Ponte do Dange e depois pelas cidades de Songo e Carmona, antes do «estágio» final do Campo Militar do Grafanil - nos arredores de Luanda.
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, fixando-se no lugar e freguesia de Ermida, no concelho da Sertã. Pouco mais sabemos dele, a não ser que, infelizmente, já faleceu, a 26 de Dezembro de 2004, já lá vão 18 anos. 
Hoje o recordamos cm saudade. RIP!!!

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

7 307 - A mensagem de Natal do Comandante do CSU! Comandante Almeida e Brito na Polícia Militar !


O edifício do Camando do Sector do Uíge/ZMN do tempo Português. Imagem de 25 de Setembro de 2019,
quando por lá passou o furriel Viegas, da CCS. Actualmente, é o Tribunal Militar do Uíge das Forças
Armadas de Angola

O coronel Carlos Carreiras comandou
o CSU na cidade de Carmona



A quinta-feira de 26 de Dezembro de 1974, há 49 anos e pelas bandas da terra uíjana do Quitexe angolano, foi tempo de o comandante Almeida e Brito se deslocar, uma vez mais, a Carmona, para, neste caso, uma reunião no Comando de Sector do Uíge (CSU) e Zona Militar Norte (ZMN).
Oficial de Cavalaria com a patente de tenente-coronel, retribuía, pessoalmente, a mensagem de Natal do Comandante do CSU, publicada na ordem de serviço e lida em formaturas de parada, no Quitexe, nomeadamente referindo que «não é ainda para nós que, neste Natal de 1974, terminará a velada de armas  iniciada há 14 anos em Angola».
«Fiquemo-nos com a certeza de estar a cumprir uma alta missão, ajudando a construir, em paz, um novo país de expressão portuguesa», sublinhava a mensagem, que recordo do livro «História da Unidade».
O comandante do CSU era o coronel-tirocinado Carlos Maria Bastos Carreiras (na foto e falecido a 11/02/2012) e a mensagem frisava (...) «a consolação de encontrar no seio do Exército uma segunda família, a mesma camaradagem diária de combatente para combatentes, comungando os mesmos princípios, vivendo os mesmos bons e maus momentos».
Almeida e Brito

Almeida e Brito no 
comando da Polícia Militar 
- a PM de Lisboa!

O tenente-coronel Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito foi comandante do BCAV. 8423 e regressou a Portugal  a 8 de Setembro de 1975. A 26 de Dezembro do mesmo ano - hoje se fazem 48 anos! - foi colocado como comandante da Polícia Militar (PM) em Lisboa.
A nomeação foi conhecida em decreto lei dessa data e o 2º. comandante de Almeida e Brito, curiosamente (ou talvez não...) foi outro oficial do BCAV. 8423: o major José Luís Jordão Ornelas Monteiro, que era o 2º. comandante (na formação do BCAV. 8423, em Santa Margarida) mas não chegou a partir para Angola, por ter sido «desviado» que foi para a Guiné, por ordem do MFA.
Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito, já aposentado e com a patente de general, faleceu a 20 de Junho de 2003, aos 76 anos e subitamente, no decorrer de um passeio turístico a Espanha. Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!
1º. cabo Serra Mendes

Serra Mendes, 71
anos em Abrantes!


O 1º. cabo Carlos Alberto Serra Mendes, da CCS do BCV. 8423, comemora 71 anos a 26 de Dezembro de 2023. Hoje mesmo.
Cavaleiro do Norte com a especialidade de bata-chapas, integrou a equipa do Parque-Auto comandado pelo alferes António Albano Cruz e é natural e então residente no Pátio Joaquim Pedro, da freguesia de S. João Baptista, em Abrantes. Lá regressou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) comissão militar em Angola. Vive agora no Bairro Catroga Gaio, também em Abrantes, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

7 306 - O angolano almoço de Natal de Aldeia Viçosa e Vista Alegre e em 1974!


O Natal de Almeida Viçosa, no almoço de 25 de Dezembro de 1974. De frente e meio tapado, o alferes Carvalho de Sousa, depois o capitão José Manuel Cruz (comandante da 2ª. CCAV. 8423), comandante Almeida e Brito, alferes João Machado e Jorge Capela e furriel Melo. De costas, o 1º. sargento Norte (já falecido)

O Natal de 1974 em Vista Alegre e na 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala.
O bolo-rei da festa chegou de Luanda e, imagine-se, à... boleia!
Levado pelos furriéis Américo Rodrigues e P. Queirós

 
O tenente-coronel Carlos Carlos Almeida e Brito, oficial de Cavalaria e comandante do BCAV. 8423, deslocou-se a Vista Alegre (com um «salto» a Ponte do Dange) e Aldeia Viçosa, onde almoçou e jantou, respectivamente, festejando o dia Natal de 1974 com os Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423 e da 2ª. CCAV. 8423.
Companhias operacionais dos Cavaleiros do Norte, respectivamente comandados pelos capitães Davide de Oliveira Castro Dias José Manuel Romeira Pinto da Cruz, ambos milicianos.
A noite da véspera, a da consoada, festejara-se no Quitexe e cheia do calor africano e embrulhada em recordações 
dos frios e fogueiras da velha Europa, com duas Companhias dos Cavaleiros do Norte: a CCS e a 3ª. CCAV. 8423.
Como ontem relatámos.
O almoço de Natal dos «zalalas» de Castro Dias incluiu uma deslocação ao Destacamento da Ponte do Dange, onde estava destacado um grupo de combate da 1ª. CCAV. 8423. 
O almoço de Vista Alegre teve a particularidade de, à última da hora, se ter dado pela falta do bolo-rei. Havia o bacalhau e bom vinho, havia tudo... - quando o furriel Rodrigues (o homem da logística) deu por falta do... bolo-rei. E só havia bolo-rei na Intendência Militar, em Luanda.
Lá se tinha de ir, mas o capitão Castro Dias não autorizou que fossem em viatura militar e, emm tempos nos recordou o Rodrigues (infelizmente falecido, de doença, a de Agosto de 2018, em Vila Nova de Famalicão), «fomos à boleia» - ele e o Queirós.  Arranjaram os bolos-reis e o regresso foi feito em cima da carga de um camião que ia para Carmona.
«Chegámos mesmo à queima-roupa, o bacalhau, as batatas e as hortaliças já estavam prontas e o pessoal preparado para a consoada, mas aguardaram a nossa chegada com  bolo-rei», recorda o furriel Américo Rodrigues.

Natal de 1974 na 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, mas aqui
já em Vista Alegre. Há exactamente 49 anos!

Jantar de Natal
em Aldeia Viçosa!


O Natal da guarnição dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa foi «consoado» no jantar na cantina, com o comandante Carlos Almeida e Brito - que regressou ao Quitexe na mesma noite e sem escolta.
A partilha da consoada dos Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423 foi íntima e participadíssima, em sentida e emotiva comunhão de afectos, entre oficiais, sargentos e praças! Cada qual a vivendo à sua maneira, na festa natalícia «matando» saudades próprias!
O então alferes miliciano João Machado - quem nos arranjou a foto de abertura da postagem de hoje -, lembra-se que «a refeição foi servida no refeitório dos praças, com toda a companhia». Quanto à ementa é que, disse este oficial miliciano de Operações Especiais (Rangers) de Aldeia Viçosa, «não me recordo o que constava no menu, mas com naquela idade... tudo «marchava»
Pudera! Era o que viesse, desde que bem regado. E assim foi!!!
Cavaleiros do Norte de Santa Isabel:
Castelo e Cabecinha (de pé), Romão,  
Raúl Ferreira e Diamantino Tobias, 
que hoje festeja 71 anos em Leiria

Tobias e António de Santa 
Isabel festejam 71 anos em 
Dia de Natal !

Os Cavaleiros do Norte António e Tobias, ambos da 3ª. CCAV. 8423 e ambos atiradores da Cavalaria da Fazenda Santa Isabel, festejam 71 anos no dia de Natal de 2023.  Hoje mesmo!!!
António Joaquim da Silva António regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, a Alfragide, no município de Oeiras - de onde era originário. Julgamos saber que mora(rá) agora no Pragal, em Almada.
Diamantino Rodrigues Tobias também regressou no mesmo dia mas a Pernelhas, lugar da freguesia de Parceiros, em Leiria, onde ainda reside.
Sempre integrados na 3ª. CCAV. 8423, ambos passaram também pela vila do Quitexe (onde chegaram a 10 de Dezembro de 1974, rodando de Santa Isabel)  e pela cidade de Carmona (onde chegaram a 8 de Julho de 1975), aquartelando-se no BC12.
A sua jornada africana do Uíge angolano teve daqui saída a 4 de Agosto de 1975. quando, integrando famosa e épica coluna militar e sempre sob o comando do capitão miliciano José Paulo Fernandes, rodaram para o Campo Militar do Grafanil, nos arredores de Luanda, até ao dia de volta a Portugal! 
Parabéns para ambos!

domingo, 24 de dezembro de 2023

7 305 - A noite de Coonsoada do Natal de 1974, há 49 anos e no chão quitexano de Angola!

Natal de 1974, há 49 anos e na consoada no Quitexe: furriel Armindo Reino, comandante Almeida e Brito, o soldado
clarim Armando Silva e capitão José Paulo Falcão. De costas, o capitão António Martins de Oliveira, comandante da
CCS. Um Natal com ementa confecionada pelas Amazonas da CCS do BCAV. 8423
Amazonas do Quitexe, mães natais da consoada de 1974: Margarida Cruz e
Graciete Hermida, a esposa e a filha do capitão António Oliveira e a esposa
do tenente Mora. Ao colo, está Ricardo, filho do alferes Cruz


A consoada natalícia do BCAV. 8423 de há 49 anos, por terras quitexanas do Uíge angolano, foi a  primeira e única em tempos de guerra. Teve participação activa das esposas e família dos oficiais da CCS, com a sua arte e saberes de cozinha, que surpreendeu toda a gente. E de que maneira!!!
O inimitável e inesquecível Pires, o furriel Cândido dos Sapadores da CCS, ainda há pouco nos avovoi a memória da noite de consoada de 1974, no Quitexe.
«Aquilo é que foi, pá...», lembrou-se. E acrescentou: «No fim, já todos muito bem tratados..., ainda fomos beber e dançar com malta daquela família cabo-verdiana da avenida, em frente à messe».
Natal do Quitexe, em 1974. Na fila de trás e à direita, o Gaiteiro
 (o primeiro, de bigode), Serra, de NN (boina no ombro) e do
Aurélio (Barbeiro). A olhar, de frente e de bigode, em baixo,
o Monteiro (Gasolinas) e a seguir o Cabrita, o Calçada e o
Coelho (sapador)? O sétimo é o Florêncio. E os outros,
quem ajuda a identificar?
As compridas mesas do refeitório do Quoitexe, na verdade, encheram-se de regalos gastronómicos, saciando o apetite devorador dos jovens Cavaleiros do Norte da CCS (a do Quitexe) e da 3ª. CCAV. 8423 (a de Santa Isabel), então na força da sua juventude e ali emocionados e cúmplices de momentos muito especiais.
A ementa foi carinhosamente tratada pelas Amazonas do Norte e doces e aletrias, rabanadas, mexidos e sopas, frutos secos, queijos, arroz-doce, leite creme e outros acepipes, tantos outros acepipes..., não faltaram na farta mesa do refeitório do Quitexe - onde comungaram, em partilha solidária, cúmplice e amiga, oficias, sargentos e praças das duas companhias, sem distinção..., todos irmãos da noite tão especial como aquela. Noite que nunca tínhamos vivido foram das nossas lareiras e do conforto e intimidade das nossas famílias.
As bebidas foram para todos os gostos, sem abusos, muito embora os bravos e emocionados, diríamos que nostálgicos Cavaleiros do Norte não se tenham feito rogados a... mais um gole. E, vamos lá, até um ou outro tenham abusado. Nada de mal ou execessivamente a mais. Ou talvez não!
Noite de Natal no Quitexe, em 1974. Do canto esquerdo para a direita, os furriéis
milicianos Rocha (de bigode), Fonseca (a fumar), Viegas, Belo (de óculos),
Ribeiro e...? Da direita, Monteiro, Cândido Pires (de bigode), Machado (de
cigarro) e Costa (dos Morteiros, a rir). Entre ele e o Machado, de pé,
está o Lajes, que foi o barman do bar dos sargentos


Noite de emoções e
lágrimas de saudade


Os alferes milicianos Jaime Ribeiro e António Albano Cruz recordam-se bem dessa saudosa e sentida noite de Natal de há 49 anos e lembram que «era tanta a quantidade e a variedade» de comidas e de... bebidas, que «alguns até entraram de gatas nas suas casernas e quartos». 
«Acho que isto tudo, esta vivência muito particular, afinal, até nos ajudou a criar a nossa personalidade, a nossa maneira de ser e estar e a ter forças nos momentos difíceis que por lá atravessámos, tanto jeito ou falta nos faziam», comentou, faz já algum tempo, o alferes Cruz, que teve a mulher, a dra. Margarida, médica, como um das cozinheiras.

José Alberto Almeida, o alferes miliciano de reabastecimentos, recorda ter encontrado o alferes Manuel Garcia, de Operações Especiais (os Rangers), recolhido no canto do bar de oficiais, em momento de choradas saudades da família, enquanto no refeitório o «povo» do BCAV. 8423 continuava a festejar a data e fartava a fome das ementas de época, bem regadas a cerveja e também vinho - que vinho houve, sem faltas..., nessa nossa consoada de há 49 anos!!! 
Vinho e mimos, muitos mimos..., que nos encheram o corpo e o espírito! E parece que tudo isso foi ontem à noite!!!
Os furriéis milicianos Monteiro, Viegas e Neto
apresentaram-se no RC4 na véspera do Natal de 1974
Há 49 anos!!!

Três furriéis «Ranger´s» da
CCS e apresentados no RC2,
em Santa Margarida!

Um ano antes, precisamente, a uma segunda-feira de véspera de Natal de 1973, apresentaram-se em Santa Margarida e no RC4, os três futuros furriéis milicianos de Operações Especiais (Rangers) da CCS do BCAV. 8423.
A Ordem de Serviço nº. 301, do RC4, de 26 de Dezembro de 1974, dá conta que a 24 de Dezembro (desse ano), às 11 hora, se apresentaram, «vindos do CIOE, 
Ordem de Serviço do RC4, de 26/12/1973,
 com a apresentação, no RC4, dos futuros
furriéis Neto, Monteiro e Viegas,
por terem sido nomeados para servir no ultramar, com destino às companhias que se indicam, do BCAV. 8423/73/RC4/RMA».
E lá estão os nomes: Neto, Monteiro e Viegas,  «pagos até 22 de Dezembro e abonados de alimentação até 23 de Dezembro, portadores da relação modelo 9 de fardamento e aumentados ao Regimento e ao BCAV. 8423». Nem mais! 
O oficial de dia ainda «brincou» connosco - teríamos de «entrar de serviço às 14 horas», o que significava lá passarmos a noite de Natal. O Neto, porém, logo «sentenciou» o nosso destino próximo: «Vamos embora, castigo maior que o de ir para Angola, já não nos pode acontecer».
Saímos do RC4, no SIMCA 1100 dele, chegámos a Águeda e o Monteiro telefonou para Fornos, em Marco de Canaveses, para um irmão o ir buscar ao Porto. Em Águeda, ainda chegou a tempo de apanhar a carreira para a capital do norte e foi passar a noite de Natal a casa.
* Noite de Natal de1974, ver AQUI