CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

6 941 - Ataque aos madeireiros das matas do Liberato. O flagelamento de viatura da JAE de Angola!

Imagem do ataque aos madeireiros da zona do Liberato, no dia 30 de Setembro de 1974. O mesmo dia do ataque e flagelamento de uma viatura da Junta Autónoma de Estadas de Angola (JAEA), na zona da Quinta das Arcas


Os furriéis milicianos Viegas, de Operações
Especiais (os Rangers) e Miguel Peres Santos
 (paraquedista) no dia do ataque aos madeireiros
da zona da fazenda do Liberato. Há 48 anos!

O dia 30 de Setembro de 1974, há 48 anos, foi marcado, na zona de acção dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, por um ataque a madeireiros, na zona do Liberato, e pelo flagelamento de uma viatura da JAEA, na Quinta das Arcas.
Ao tempo, como se lê no livro «História da Unidade» (HdU), «era quase constante a presença de grupos da FNLA nos povos, sob controlo das autoridades civil e militar» na zona de Vista Alegre - e também na região de Aldeia Viçosa e Quitexe.
A ofensiva de 30 de Setembro, tendo sido perpetrada na área do nosso Subsector, alarmou as hostes. A confiança que medrava, ente as NT e os homens dos movimentos, como que gelou. Até porque, cito o HdU, «em áreas vizinhas tem havido um incremento de actividades que facilmente - e em alguns casos - se provou ter irradiado do IN radicado no Subsector». Por alguma razão se registou o movimento de dois grupos de combate da 3ª. CCAV. 8423, a 27 de Setembro, para a Fazenda de Além Lucunga.
A foto de hoje mostra-me (Viegas) com o Miguel Peres dos Santos, depois de termos ido ver o cadáver de um madeiro, provavelmente o que foi vítima do ataque da zona do Liberato. Cadáver que estava numa pequena capela da vila, a servir da casa mortuária. Não consigo, suficientemente, refrescar a memória.
Outra nota de 30 de Setembro de 1974: 9 das 10 plantações de café da zona do Songo, a uns 70/75 quilómetros do Quitexe, foram abandonadas pelos proprietários, que assim reagiram, e cito do Diário de Lisboa (que citava o Província de Angola), «às tentativas da FNLA para consolidar o seu controlo sobre a região». A FNLA, ainda segundo o jornal desse dia 30 de Setembro de 1974, «incendiou uma plantação e está a aconselhar os trabalhadores rurais africanos a deixarem a região, até Angola se tornar independente».
O MPLA, por seu lado, tinha militantes «a actuar abertamente na rica Cintura do Café». O mesmo era dizer que na área de intervenção dos Cavaleiros do Norte. E outras NT´s.
Domingos Teixeira

Teixeira, 1º. cabo da
CCS, 70 anos no Porto !

O 1º. cabo Domingos Augusto Teixeira, estofador de especialidade militar da CCS do BCAV. 8423, festeja 70 anos a 30 de Setembro de 2022. Hoje mesmo.
Cavaleiro do Norte do Parque-Auto do Quitexe, comandado pelo alferes miliciano António Cruz, foi, em Março de 1975 e quando a CCS já estava em Carmona, transferido para a 1ª. CCAV. 8423, ao tempo já aquartelada em Vista Alegre e ma qual fez todo o resto da sua comissão militar angolana. 
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975 e ao seu Bairro do Cerco, na cidade do Porto e onde ainda mora - depois de carreira profissional como funcionário público.
Aposentado, é participante (não pôde estar presente este ano) e sempre grande animador dos encontros da CCS. Está de boa saúde, com o acabou de nos confirmar via telefónica. Lá continua a morar e para  ele vai o nosso abraço de parabéns!

Francisco António

António, condutor da CCS,
70 anos em Abrantes !

O soldado Francisco Fernando Maria António, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, comemora 70 anos a 30 de Setembro de 2022.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar e membro do PELREC, o grupo de combate comandado pelo alferes miliciano António Garcia, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, à sua terra de Abrançalhas, lugar da freguesia e município de Abrantes. «Hoje, vamos jantar fora, ali no pátio», disse-nos ele, há poucos momentos, gracejando sobre a magnífica idade que hoje festeja.
A vida profissional fê-la como motorista de pesados de longo curso (TIR´s) e, já aposentado, desde 2011 (por antecipação e devido a doença) lá continua a viver. Para ele, vai um grande abraço de parabéns, repetido o de há momentos, boa telefone!
M. Fernandes

Fernandes de Aldeia Viçosa
faz 70 anos em Oleiros !

O soldado Manuel Fernandes foi atirador de Cavalaria da 2ª. CCAV 8423, a de Aldeia Viçosa, e festeja hoje 70 anos, dia 30 de Setembro de 2022.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar, era natural do lugar de Pisoria, povoação da freguesia de Cambas, no município de Oleiros, e lá regressou a 10 de Setembro de 1975 - no final da sua jornada africana do Uíge angolana, que também o levou a Carmona e ao BC12.
Mora em Medrosa de Cima, na freguesia de Amieira, no mesmo concelho de Oleiros, para onde vai o nosso abraço de parabéns!


quinta-feira, 29 de setembro de 2022

6 940 - A formação especializada, há 49 anos, de 9 Cavaleiros do Norte de Operações Especiais - os Rangers!


Os alferes milicianos «Rangers» João
Machado e AntónioManuel Garcia
Mário Sousa


A 29 de Setembro de 1973, há precisamente 49 anos, 9 futuros Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 concluíram o curso de Operações Especiais (os Rangers), no Centro de Instrução de Operações Especiais, quartel de Penude, em Lamego. 
O tempo passa, voa..., e nesse dia acabava também o 2º. turno do curso de Operações Especiais de 1973 - que começara a 16 de Julho desse mesmo ano e, por 11 semanas fora, nos levedou instrução táctica e desenvoltura física que nos tornou muito mais fortes e 
Alferes mil.
A. Rodrigues
militarmente mais preparados, para o que desse e viesse nos tempos de mobilização na exigente temida guerra colonial - ao tempo dividida pelas africanas Guiné, Angola e Moçambique e pelo distante Timor.
Até ao dia 29 de há 48 anos!
O curso envolveu cadetes (futuros oficiais milicianos) e instruendos (que viriam a ser furriéis) e, desde uns dias depois do 16 de Julho, também um pelotão de tenentes e sargentos do quadro permanente. Foi duro, o curso.
«Temos exigido de ti! Tens correspondido! Vamos exigir-te mais...», pode ler-se no panfleto de acção psicológica que pela altura nos foi distribuído, durante o período de instrução.
Dizia mais: «És capaz de forçar os nervos, os músculos, o coração, quando já nada há em ti, a não ser a vontade que diz aguenta?... Se a tua resposta é sim!... Por actos... Não por palavras... Então consideramos-te já um verdadeiro Ranger».
Os furriéis milicianos «Rangers» da CCS do
BCAV. 8423: Monteiro, Viegas e Neto

9 Cavaleiros do Norte
no curso de Rangers!

Agora, isto lido e relido isto, não deixa de ser notálgico imaginar a força que então nos tornava mais fortes, invulneráveis e invencíveis à dor, ao sofrimento e a tudo o que os preparara para uma guerra que se fazia a mais de 8000 quilómetros de casa. E não evito mesmo deixar cair breves sorrisos, sentidos e contemplativos da nossa juventude! Não sei se a de hoje se daria em sacrifício e generosidade para assumir qualquer paradigma da pátria. 
Entendessemo-lo, ou não!
Fazendo a memória de há 49 anos, relembremos esses futuros Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 com essa especialidade: a de Operações Especiais, os Rangers:
- GARCIA: alferes miliciano António Garcia, da CCS e falecido a 2 de Novembro de 1979, aos 27 anos e de acidente de viação, ao serviço da Polícia Judiciária. De Carrazeda de Ansiães,  morava em Vila Nova de Gaia.
- SoUSA: Alferes miliciano Mário Jorge de Sousa Correia de Sousa, 1ª. CCAV. 8423, falecido, de doença, a 26 de Janeiro de 2021, aos 70 anos, de doença e no Porto.
- MACHADO: Alferes miliciano João Francisco Pereira Machado (da 2ª. CCAV. 8423), morador na Amadora.
- RODRIGUES, Alferes miliciano Augusto Rodrigues, da 3ª. CCAV. 8423 e morador em Lisboa.
- MONTEIRO: Furriel miliciano José Augusto Guedes Monteiro, do PELREC da CCS, morador em Paredes.
- VIEGAS: Furriel miliciano Celestino José Pinheiro Morais Viegas, do PELREC da CCS e morador em Áueda.
- NETO: Furriel miliciano José Francisco Rodrigues Neto, do PELREC da CCS, morador em Águeda.
- PINTO: Furriel miliciano Manuel Moreira Pinto, da 1ª. CCAV. 8423 e morador em Paredes.
. LETRAS: Furriel miliciano António Carlos Rodrigues Letras, da 2ª. CCAV. 9423 e morador em Palmela.
 e Carlos Letras (2ª. CCAV.). 
Armindo Henriques Reino, furriel miliciano da 3ª. CCAV. 8423, tendo como instrutores o Monteiro, o Viegas e o Neto, foi do curso seguinte.
José R. Lino


Lino, furriel de Santa
Isabel, 70 anos no Fundão!

O furriel miliciano José Rodrigues Lino, mecânico-auto da 3ª. CCAV. 8423 do BCAV. 8423, festeja 70 anos no dia 29 de Setembro de 2022.

Cavaleiro do Norte de Santa Isabel, foi louvado pelo Comando do BCAV. 8423, por proposta do capitão José Paulo Fernandes. Concluída a sua (e nossa) jornada africana do norte de Angola, regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, fixando-se na sua natal cidade do Fundão. Por lá fez (e faz) vida profissional, trabalhando nas áreas industriais das madeiras e da camionagem e também depois de algumas experiências em Espanha.
Foi, sem nunca lhe faltar grande dinamismo e maior entusiasmo, organizador vários encontros dos Cavaleiros do Norte de Santa Isabel. Por exemplo, o de 2019, o último de antes da pandemia COVOD 19. Parabéns!



Jesuíno Pinto

Jesuíno, furriel de Aldeia
Viçosa, faria 70 anos !

O furriel miliciano Jesuíno Fernandes Pinto, Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a companhia da uíjana Aldeia Viçosa, faria 79 anos a 29 de Setembro de 2022. Faleceu a 3 de Maio de 2017.
Atirador de especialidade e chegou ao norte de Angola em Agosto de 1974, em rendição individual da sub-unidade comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz. Regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, a Parada de Gatim, em Vila Verde. Por lá viveu sempre, ligado ao movimento associativo, desportivo e à rádio local, falecendo de doença e depois de internamento em unidade de cuidados continuados.
Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!
Rui Cardoso



Cardoso de Zalala
faleceu há 4 anos!

O soldado Rui Manuel Miranda Cardoso, da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda de Zalala, faleceu há precisamente 4 anos, no dia 29 de Setembro de 2018.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar, regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, fixando-se no Bairro do Cerco do Porto, da freguesia de Campanhã, no Porto. Lá faleceu, vítima de doença e aos 66 anos - que tinha completado a 27 de Maio desse ano de 2018.
Aqui e hoje dele fazemos memória, recordando-o com saudade! RIP

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

6 939 - Tininho, o «morto» dos Cavaleiros do Norte de Zalala que, afinal, vive em Albufeira!

 Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 842, a da Fazenda Maria João, a a mítica Zalala,
no encontro da Quinta doa Valinhos, e Fátima, a 25 de Setembro de 2022

Quarteto de Zalalas no encontro de 2022.
Quem os pode identificar

O reencontro dos Cavaleiros do Norte de Zalala, domingo passado e na Quinta em Fátima, fez memórias de há 45 anos e foi tempo de o organizador, o infatigável furriel João Dias, seu organizador e mestre de cerimónias, agradecer «a presença de todos».
E, quanto a militares da 1ª. CCAV. 8423, foram 33 os participantes (já aqui isso contámos), mais 34 familiares. «O que que as interessa é o convívio da malta», disse João Dias, seguramente muito bem lembrado das muitas peripécias que, melhores e menos boas,  fizeram as história dos 15 meses da jornada africana que, pelo Uíge angolano do norte, (n)os fez actores de momentos históricos e irrepetíveis da História de Portugal!
E da História de Angola!!!
Os Cavaleiros do Norte comandados pelo capitão miliciano Davide Castro Dias também passaram por Vista Alegre/Ponte do Dange e elas cidades do Songo e Carmona, por onde, sempre sem medos, enfrentaram os perigos das matas e picadas uíjanas e da guerrilha urbana, que tantos lutos espalhou ente a comunidade angolana.
Protagonizada, a ferro e fogo e com muitas raivas e ódios a incendiar emoções, pelos chamados movimentos de libertação, que lutavam pela sua independência angola, mas se «embrulharam» em lutas fratricidas que levaram anos.
José Catuna Santos
(o Tininho)

O Tininho está vivo e em
em terras de Albufeira!

O Tininho, que de nome baptismal é José Joaquim do Nascimento Catuna dos Santos, foi atirador de Cavalaria e barman da messe de oficiais de Zalala e no encontro de Fátima foi dado como morto.
Até aqui no blog isso aconteceu e demos (e já  corrigimos) essa (não) notícia.
Pois bem, está vivo e bem vivo, trabalhando em Albufeira. Com ele ontem falámos. Primeiro o furriel Dias e depois o bloguer, com «achamento» local e ao vivo do alferes José Alberto Almeida, que foi oficial de reabastecimentos da CCS.
O Tininho, depois de aventura migratória por terras do Brasil, voltou a Albufeira e, ainda com sotaque brasileiro, aqui trabalha num bar-restaurante - o Santinhos. Ontem fez 70 anos, parabéns renovados para ele. 
Graciano Queijo em festa de anos no 
Lar Padre Tobias, em Samora Correia


Graciano Queijo clarim da
CCS, faria hoje 70 anos !


O soldado Graciano, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, faria hoje 70 anos, dia 28 de Setembro de 2022. Faleceu em 2013.
Clarim de especialidade militar e natural de Vilarelhos, em Alfândega da Fé, Graciano da Purificação Queijo também por Angola serviu como ajudante de cozinheiro e regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, após a sua missão angolana pelo Uíge da nossa saudade.
Já por terras de Portugal, teve uma vida mais ou menos errante, certamente nómada e dele se desconhecendo o exacto trajecto de vida. Já bastante doente e debilitado, foi acolhido no lar da Fundação Padre Tobias, em Samora Correia. 
Felizmente, foi lá que, rodeado de todos os cuidados e muitos afectos, viveu, feliz, os seus últimos dias e faleceu a 30 de Outubro de 2013 - aos 61 anos.
Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!


terça-feira, 27 de setembro de 2022

6 938 - Mortos da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, evocados no encontro de Fátima!

Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Maria João, a de Zalala, com alguns familiares
 e no (re)encontro de 25 de Setembro de 2022, na Quinta dos Valinhos, em Fátima
Trio de combatentes de Zalala, prontos para a
«operação» de 25 de Setembro de 2022: Jaime
Fernandes (condutor) e os radiotelegrafistas
António Lago e 1º. cabo Jorge Silva


O (re)encontro dos Cavaleiros do Norte de Zalala foi grávido de emoções e tempo, também, de evocar aqueles que, companheiros da jornada africana do Uíge angolano, já partiram desta vida e estão na eternidade da nossa saudade.
Um deles, recordemos, falecido ainda em Angola: o soldado Joaquim Manuel Duarte Henriques, soldado atirador de Cavalaria da Fazenda Maria João, a da mítica Zalala, vítima de doença e a 21 de Setembro de 1974, na flor dos seus 22 anos. 
Reportando-nos ao tempo de há 48 anos, recordamos que se  adoentou por Zalala, repetidas vezes e com cuidados que lá não podiam ser prestados. Foi, por isso mesmo, evacuado para a enfermaria da CCS, no Quitexe, e logo depois para Luanda, onde faleceu no Hospital Militar. Terá ainda passado pelo Hospital do Negage, como era usual nestas circunstâncias.
O furriel João Dias, organizador do encontro, fez a leitura
Outro trio pronto para o «assalto»: um convidado,
João Ferreira (o popular Berliet) e o seu filho!
de memórias dos 34 Cavaleiros do Norte de quem há 
conhecimento de suas mortes.
Outros haverá, mas lembramos os evocados em Fátima. 

Oficiais e sargentos!

Uma dezena de oficiais e sargentos já faleceram. Aqui deles fazemos memória:
- SOUSA: Alferes miliciano Mário Jorge de Sousa Correia de Sousa, especialista de Operações Especiais (Rangers). A 26 de Janeiro de 2021, aos 70 anos, de doença e no Porto.
- FIALHO: 1º. sargento Alexandre Joaquim Fialho Panasco, chefe da secretaria. A 22 de Junho de 2005, aos 70 anos, de doença e em Carnaxide.
- RODRIGUES: Furriel miliciano Américo Joaquim da Silva Rodrigues, atirador de Cavalaria. A 30 de Agosto de 2018, aos (quase) 66 anos, de doença e em Vila Nova de Famalicão
- BARRETO: Furriel miliciano Jorge Manuel Mesquita Barreto, enfermeiro, a 2 de Novembro de 2021, aos 70 anos, de doença e em Gondomar. Era de Mira.
- EUSÉBIO: Furriel miliciano Eusébio Manuel Martins, atirador de Cavalaria. A 16 de Abril de 2014, aos 62 anos, de doença e em Belmonte.
- BALDY: Furriel miliciano João Manuel Baldy Belém Pereira, atirador de Cavalaria. A 26 de Novembro de 2016, aos 64 anos, de doença e em Santo António dos Cavaleiros.
- RITO: Furriel miliciano João Correia Marques Rito, atirador de Cavalaria. A 17 de Junho de 2008, de acidente (suposto atropelamento), aos 56 anos e em Ourém.
- ÉVORA: Furriel miliciano José Carlos Évora Soares, atirador de Cavalaria. A 21 de Agosto de 2008, aos 56 anos, de doença e em Pinheiro de Loures.
- BARATA: Furriel miliciano Jorge António Eanes Barata, atirador de Cavalaria. A 10 de Outubro de 1997, os 45 anos, de doença e em Alcains.
- DIAS: Furriel miliciano Manuel Dinis Dias, mecânico-auto. A 20 de Outubro de 2011, aos 59 anos, de doença e em Lisboa.
O memorial de Odivelas com o nome do
soldado «zalala» Joaquim Manuel Duarte
Henriques - o Cruyff!

Os praças no Além!

- ADÃO: 1º. cabo Adão Luís Correia de Morais, atirador de Cavalaria. A 2 de Agosto de 2009, aos 57 anos, de doença e em Lousada.
- REGO: 1º. cabo Jaime de Jesus Rego, condutor-auto. A 4 de Abril de 2000, aos 48 anos, de doença e no Cartaxo.
- NOVO: 1º. cabo Manuel de Almeida Novo, apontador de morteiros médios. A 15 de Janeiro de 2022, aos (quase) 69 anos, em Oliveira do Bairro.
- GONÇALVES: 1º. cabo Manuel da Costa Gonçalves, atirador de Cavalaria (o barbeiro). A 2 de Julho de 2013, aos 61 anos, de doença e no Laranjeira (Almada).
- SANTOS: 1º. cabo Manuel Gonçalves dos Santos, apontador de metralhadoras. A 29 de Fevereiro de de 2012, aos 59 anos, de doença e em Ega, Condeixa.
- BARROS: Soldado Adérito dos Santos Reis Barros, cozinheiro. A 2 de Julho de 2012, de doença, aos 59 anos e em Murça.
- LOPES: Soldado Adriano da Silva Lopes, atirador de Cavalaria. A 26 de Novembro de 1986, de doença, aos 34 anos e em Caminha.
- MOREIRA: Soldado Agostinho Mendes Moreira, atirador de Cavalaria. A 2 de Outubro de 2009, aos 57 anos, assassinado num assalto à sua casa, em Penafiel. Era o Bruxo de Rio de Moinhos.
- ALBINO: Soldado Albino dos Anjos Ferreira, atirador de Cavalaria. A 23 de Janeiro de 2017, aos 65 anos e de doença e em Almargem do Bispo, Sintra. Tinha sido 1º. cabo da CCS e disciplinarmente transferido para Zalala.
- PIMENTA: Soldado Alberto Abel Alves Pimenta, atirador de Cavalaria. A 7 de Janeiro de 2020, aos (quase) 68 anos, de doença e na Póvoa de Varzim.
- SOARES: Soldado Américo da Rocha Soares, atirador de Cavalaria. A 27 de Outubro de 2002, aos 50 anos, de doença e em Guilhufe, Penafiel.
- SANTOS: Soldado Carlos Alberto da Costa Santos, o Plateias, atirador de Cavalaria. A 22 de Dezembro de 2015, aos 63 anos, de doença e em Pataias, Alcobaça.
- COSTA: Carlos Alberto Santos COSTA, operador de transmissões. A 24 de Abril de 2015, aos 62 anos, de doença e na Trafaria, Almada.
- SILVA: Soldado Fernando Alves da Silva, condutor auto-rodas. A 27 de Julho de 1995, aos 42 anos, de doença e em Montalegre.
- COELHO: Soldado Fernando Jesus da Costa Coelho, radiotelegrafista. A 7 de Outubro de 2000, aos 48 anos, de doença e no Porto.
- LOPES: Soldado Fernando Manuel da Conceição Lopes, cozinheiro. A 12 de Julho de 1983, aos 32 anos e de acidente, em Oliveira do Bairro.
- MARTINS: Soldado Fernando Martins, atirador de Cavalaria. A 26 de Dezembro de 2004, aos 52 anos, de doença e na Sertã.
- MARQUES: Soldado João Nunes Marques, clarim. A 20 de Dezembro de 2009, aos 57 anos, de doença e em Castelo Branco.
- HENRIQUES: Soldado Joaquim Manuel Duarte Henriques, atirador de Cavalaria - o Cruyff. A 21 de Setembro de 1974, de doença e no Hospital Militar de Luanda, em Angola. Está sepultado em Odivelas.
- NUNES: Soldado José Gonçalves Nunes, atirador de Cavalaria. A 23 de Maio de 2018, de doença, aos (quase) 66 anos e em Castelo Branco.
- COSTA: Soldado José Maria Soares da Costa, atirador de Cavalaria. A 11 de Dezembro de 2009, aos 57 anos, de doença e em Vila Verde.
- ALMEIDA: Soldado Manuel da Conceição Almeida, condutor auto-rodas. A 15 de Setembro de 2019, de doença, aos 63 anos e em Mira Daire.
- CARDOSO: Soldado Rui Manuel Miranda Cardoso, atirador de Cavalaria. A 29 de Setembro de 2018, aos 66 anos, de doença e no Porto.
- TARCISO: Soldado Tarciso Manuel da Costa Rebelo, condutor auto-rodas. A 6 de Novembro de 2021, aos 69 anos, de doença e em Arcos de Valdevez. (continua)

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

6 937 - «Moscatel» de Pêras Ruivas para os Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala!


O encontro dos Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala,
no encontro de ontem, nos Valinhos, em Fátima (2022)

Quarteto de «zalala´s» no encontro de ontem, 
dia 25 de Setembro de 2022, em Fátima

O encontro dos Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala e de ontem, em Fátima, foi tempo de memórias e de saudades, que «engravidaram» nestes anos últimos - os anos da COVID 19.
A organização, aos costumes, foi do furriel miliciano João Dias, o especialista de transmissões, que mimoseou os 33 militares participantes e os seus 34 familiares do convívio da Quinta dos Valinhos com um «moscatel» de Pêras Ruivas, produção própria nas suas vinhas natais, que o filho João Pedro apresentou e definiu como «coisa de muito trabalho e carinho» dos pais.
«Não foi ir à loja e comprar. Foi podar, cuidar, sulfatar, vindimar e trabalhar no lagar, arranjar garrafas e rótulos, colá-los e engarrafar. Foi muito trabalhinho  feito», disse João Pedro Dias, enquanto as provas iam sendo degustadas com prazer e bons sabores. E com uma garrafinha da prenda do encontro nas bolsas de regressar a casa.
«Não é um novo moscatel, é produto da casta João Pires de Pêras Ruivas», esclareceu o furriel João Dias, desta aldeia de Ourem natural e feliz com a forma como decorreu o convívio dos Valadinhos - o sétimo que ele próprio lá organiza.
Até ninguém sabe quando.

O enfermeiro José Manuel Leal e o
furriel miliciano Mota Viana 

Um «ressuscitado»
e 2 «enganados» !


O encontro registou o reencontro com um «zalala» desde 1975 nunca mais visto: o soldado Adélio Jacinto Coelho da Silva.
Atirador  de Cavalaria de especialidade militar, em 1975 regressou às Pataias de Alcobaça, a sua terra natal e de onde partiu em 1974 para a sua (e nossa) jornada africana do norte uíjano de Angola. E lá regressou a 9 de Setembro de 1975, após 15 meses de missão em terras do norte de Angola.
Outros dois Cavaleiros do Norte de Zalala eram para «ressuscitar» nesta operação dos Valinhos de Fátima: o 1º. cabo Dorindo dos Santos, mecânico-auto de especialidade e que, já aposentado, mora em Ílhavo - de onde é natural e onde trabalhou na Fábrica da Vista Alegre. E o soldado António Augusto da Costa Silva (o Ciclista), que foi condutor-auto e, já civil, foi ciclista profissional com Voltas a Portugal no currículo desportivo. Mora em S. Cosme, Gondomar.
Ambos se perderam nas «voltas» do calendário e trocaram as datas. (continua amanhã).


Catuna Santos
Catuna de Zalala faz
70 anos em Albufeira !


O soldado Catuna dos Santos, Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, está hoje em festa: comemora 70 anos! 
Joaquim José do Nascimento Catuna dos Santos, de seu nome completo (o Tininho), foi atirador de Cavalaria dos «zalala´s» da Fazenda Maria João, a de Zalala, e impedido na messe de oficiais. 
Natural da Guia, concelho de Albufeira, lá voltou a 9 de Setembro de 1975 - quando terminou a jornada africana das terras uíjanas de Angola. Sabemos que, durante vários anos, esteve emigrado no Brasil, onde foi pequeno empresário de restauração, na cidade do Rio de Janeiro. Pelo menos entre 1994 e 2015.
Regressou a Portugal e está estabelecido  em Albufeira, no Mercado dos Caliços. Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!

domingo, 25 de setembro de 2022

6 936 - Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV . 8423, a de Zalala, reunidos em encontro de Fátima!


Os Cavaleiros do Norte de Zalala, hoje em Fátima, no encontro de 2021. À direita,
assinalado avermelho, o capitão Davide Castro Dias, comandante da subunidade

António Agra e furriel Manuel Pinto
no encontro de hoje, em Fátima!


Os Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda de Zalala, reuniram-se hoje em Fátima, depois dos anos pandémicos (desde 2019) e para renovar memórias e «matar» saudades da jornada africana que os levou à mítica Fazenda Maria João, a de Zalala.
Comandados pelo capitão miliciano Davide Castro Dias, também jornadearam por Vista Alegre/Ponte do Dange, pelo Songo e por Carmona, antes do regresso ao Campo Militar do Grafanil, nos arredores de Luanda, e depois, a 9 de Setembro de 1975, aos seus chãos natais e ao conforto das suas famílias.
A jornada de hoje, bem mais pacífica e muito mais divertida que a dos distantes anos de 1974 e 197975, pelo norte uíjano de Angola, decorreu na Quinta do Casalinho Farto, nos arredores de Fátima e que é já seu habitual santuário de saudades, sob o meticuloso comando organizacional do furriel João Dias, especialista de transmissões e inspector da Polícia Judiciária aposentado.
Fez ele as honras da casa, saudou as dezenas de Cavaleiros e Amazonas do Norte participantes e, em momento particularmente emotivo, foram evocados os companheiros que já faleceram. E muitos já são, infelizmente, lembrados em saudade e memória grávidos de afectos.
Quem este ano não «faltou» à formatura - e ai dele que faltasse!!!... -, foi o capitão miliciano Davide de Oliveira Castro Dias, que lá pelas terras do norte de Angola comandou os bravos e garbosos Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423. Há 3 anos, por estar em viagem familiar de recreio, meteu «passaporte» e, mandando mensagem, passeou-se pelo norte da Europa.
Quadros de Zalala, compareceram também os milicianos alferes Pedro Rosa e os furriéis João Dias, Victor Velez, Mota Viana, João Aldeagas e Manuel Pinto. Oficiais, já faleceu o alferes Mário Jorge de Sousa. E o 1º. sargento Fialho Panasco, os furriéis Jorge Barreto, Jorge Barata, Eusébio Martins, Manuel Dias (mecânico) e Américo Rodrigues. - Continuaremos amanhã
Condutores da CCS: António Picote, Manuel 
Alves e Alípio Canhoto (irmão de José)

Canhoto, CAR de Santa
Isabel, faria 72 anos !


O soldado José Canhoto Pereira, Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, faria amanhã 73 anos. Dia 26 de Setembro de 2022.
Irmão de Alípio, condutor auto-rodas da CCS, a Companhia do Quitexe, estava emigrado para França e, numa das visitas de férias, foi «apanhado» para o serviço militar (a que «fugira») e, instrução feita, foi mobilizado para Angola. Cumprida a jornada africana, voltou a Colmeal da Torre, no município de Belmonte, a 11 de Setembro de 1975, e logo depois voltou a França e por lá fez vida profissional e familiar. 
Teve duas filhas e separou-se, casando-se de novo - em Chaves. Faleceu «há uns 8 ou 9 anos», vítima de doença cancerosa, disse-nos o irmão Alípio, que há 4 anos «achámos» e abraçámos em Colmeal da Torre, sem conseguir precisar a data.
Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!


Castelo de Santa Isabel,
70 anos em Fanhões !


O soldado Graciano Letras Castelo foi atirador de Cavalaria de especialidade militar e combatente da 3ª. CCAV. 8423, festeja 70 anos a 26 de Setembro de 2022. É já amanhã.
Cavaleiro do Norte da Fazenda Santa Isabel,
 a do capitão José Paulo Fernandes, lá chegou a 11 de Junho de 1974 e de lá rodou para o Quitexe (a 10 de Dezembro de 1974) e depois para Carmona e o BC12 (a 9  de Julho de 1975). Há 47 anos!
Regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, ao lugar de Casalinhos, de Fanhões, município de Loures - onde, tanto quanto sabemos, ainda reside e amanhã esta(rá) na sua festa septuagenária. 
Para lá e para ele vai o nosso abraço de parabéns!

sábado, 24 de setembro de 2022

6 935 - Visitas e cinema para os Cavaleiros do Norte e cimeira dos 3 movimentos angolanos!

O Parque-Auto da CCS do BCAV 8423, com o alferes António Albano Cruz, que hoje festeja
77 anos (assinalado a cor de laranja), e o furriel Norberto Morais, a amarelo, que amanhã
comemora 72. Parabéns para ambos!

O alferes miliciano capelão
José Ferreira de Almeida
(falecido a 02/03/1995)

O comandante Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito visitou a 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa e do capitão miliciano José Manuel Cruz, a 24 de Setembro de 1974. 
Há 48 anos, vejam lá como o tempo passa!
Oficial de Cavalaria com a patente de tenente-coronel - viria a atingir o generalato! -, foi acompanhado por vários oficiais da CCS, aquartelada na vila do Quitexe, e já lá tinha(m) estado a 13 e 19 imediatamente anteriores e no âmbito planeado do «campo dos contactos (...) necessários ao bom andamento dos trabalhos militares».
O mesmo fizera(m) à 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel e do capitão miliciano José Paulo de Oliveira Fernandes (a 13 e de 21 para 22), e à CCAÇ. 4145, a de Vista Alegre - esta, comandada pelo também miliciano capitão Raúl Alberto de Sousa Corte-Real.
O então capelão do Batalhão de Cavalaria 8423 - o alferes miliciano José Ferreira de Almeida, sacerdote católico - acompanhou essas visitas, em missão de assistência religiosa e de acção psicológica.
Natural de Vila, lugar da freguesia de Silvã de Cima, no município de Sátão, onde nasceu a 13 de Julho de 1944, foi capelão militar de várias unidades que serviram no norte de Angola e, a partir de Junho de 1974, do BCAV. 8423, sedeado no Quitexe, até Dezembro do mesmo ano, quando, em final de comissão, regressou a Portugal.
Abandonou o sacerdócio, casou e foi pai, e teria feito 78 anos a 13 de Julho de 2022, mas, infelizmente, faleceu, de doença cancerosa e a 2 de Março de 1995, aos 50 anos e quando era professor em Viseu, ao tempo preparando doutoramento académico.

Notícia do Diário de Lisboa sobre a
cimeira dos movimentos angolanos
em Kampala e promovida por Idi
Amin Dada (da OUA e Uganda)

Cinema para os Cavaleiros
e cimeira dos movimentos!

O tempo, a esse tempo e no capítulo da acção psicológica, segundo recordo do livro «História da Unidade», foi também para «actividades da equipa de foto-cine do BCAV., com a projecção de um filme em todas as subunidades e destacamentos».
Por mim, e em Luanda, esgotava os meus dias de férias e, lendo a imprensa local, sabia que se preparava uma visita de individualidades angolanas a Lisboa, para um encontro do o Presidente António Spínola. Entre elas, o secretário geral do Partido  Cristão de Angola (Joaquim António Ferronha) e os directores do jornal A Província de Angola (Ruy Correia de Freitas) e da revista Notícia (João Fernandes).
Um ano depois, a Setembro de 1975, a OUA persistia na realização de uma cimeira entre os três movimentos de libertação, envolvendo o Governo Português e para analisar a situação de Angola. O MPLA  tinha dúvidas sobre o resultado da cimeira e Portugal, através de um telegrama do Presidente Costa Gomes a Idi Amin Dada (líder da OUA e do Uganda) pressionava a sua realização.
Militarmente, a situação pouco evoluía. A FNLA continuava no Caxito, desde o dia 20, sábado (a 53 quilómetros de Luanda), e o MPLA escusava-se a falar da situação, limitando-se a comentar que «prosseguem os combates, há alguns dias». A contra-ofensiva a Nova Lisboa estava em pausa, embora, noticiava o Diário de Lisboa, «a cidade esteja cercada num raio de cerca de 300 quilómetros».
«Nenhuma acção notável se registou neste sector», informou fonte militar portuguesa, referindo-se à tarde da véspera, dia 23 de Setembro de 1975. A cidade estava controlada pela UNITA e pela FNLA  e de lá saíam portugueses atrás de portugueses: na ordem dos 30 000, a esta data de 1975.
Na semana anterior, três tinham sido mortos e dois ficaram ferido, quando saíam de um cinema.
«A situação está a tornar-se de dia para dia mais inquietante», sublinhava uma fonte militar portuguesa. As pessoas eram revistadas a qualquer esquina de rua e algumas tinham desaparecido, «sem que se saiba exactamente em que condições».
Furriel miliciano
Norbero Morais


Os 72 anos o furriel
Norberto Morais !

O furriel miliciano Norberto António Ribeirinho Carita de Morais foi mecânico-auto da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 e festeja 72 anos amanhã , em Elvas, onde vive a sua aposentação.
O Morais é natural da alentejana Niza e, enquanto estudante, andou pelas engenharias mas fez carreira profissional na Estação Nacional de Plantas, em Elvas - onde reside.
O Morais do Uíge angolano, pelo Quitexe e por Carmona, não regateava a sua competência para, no pelotão-auto do alferes miliciano Cruz (que hoje comemora 77 e está na maior, como acabamos por confirmar, ao telefone), afinar quaisquer viaturas que «gripassem» nas pesadas e poeirentas picadas da zona de acção dos Cavaleiros do Norte.
Foi um grande e bom companheiro, daqueles que ficam no rol da vida e guardados no baú da saudade de quem gosta. E aí aparece ele, a todos os encontros dos Cavaleiros do Norte, com a sua «mais que tudo», sempre com o mesmo olhar tranquilo e amigo. O que não aconteceu este ano, infelizmente, por problemas de saúde de sua esposa.
Amanhã, dia 25 de Setembro de 2022, festeja 72 anos!!! Nada mais nada menos!!!
Grande abraço para ele. Parabéns!

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

6 934 - Patrulhamentos na Estrada do Café! Apoio aos povos e às diversas fazendas!

O que, a 24 de Setembro de 2019, restava do edifício do Comando do BCAV. 8423, no Quitexe, quando
por lá passou o furriel Viegas, do PELREC da CCS. Ao fundo e à esquerda, a Igreja de Santa Maria de Deus

O 1º. cabo Rodolfo Tomás na saída da
da cidade de Carmona para o Quitexe

A actividade operacional das subunidades dos Cavaleiros Norte do BCAV. 8423, em Setembro de 1974, há 48 anos, «manteve o ritmo e a orientação do mês anterior, dentro do contexto das determinantes superiores, sendo permanentes os patrulhamentos na ZA, nomeadamente nos pontos críticos em redor dos centros urbanos e dos aquartelamentos», lê-se no livro «História da Unidade».
O apoio dos Cavaleiros do Norte era ampliado «aos povos apresentados e às diversas fazendas». Por outro lado, e de novo citamos o LdU, «mereceu também a maior atenção a garantia da liberdade de trânsito em todos os itinerários», com maior incidência para a ligação do Quitexe a Carmona.
O facto (garantir a liberdade de tráfego a toda a gente que  circulava nas terras uíjanas) exigiu o aumento do número de patrulhamentos e, por consequência, o desgaste de pessoal e viaturas. 
Os patrulhamentos não só aumentaram como «variaram no tempo e no espaço» - com execução, por exemplo, de operações stop, para «efectivar o controlo dos passageiros e mercadorias em trânsito, destas nomeadamente armamento e munições».
Estas operações stop causaram alguns a amargos de boca aos Cavaleiros do Norte dela incumbidas. Recordamos uma, na qual um motorista de longo curso, com um carregamento de sacos de café (de muitas toneladas), recusou identificar-se e nos ameaçou de arma. Levava uma série de armas e munições, dentro de caixotes escondidos no carregamento. Ele lá sabia porque não queria ser identificado e que a carga não fosse fiscalizada.

Alferes António
Albano Cruz
Alferes António Cruz, 77
anos em Santo Tirso !

O alferes miliciano António Albano de Araújo Sousa Cruz, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, festeja 77 anos a 24 de Setembro de 2022, amanhã e em Palmeira, município de Santo Tirso.
Engenheiro de formação académica e mecânico-auto de especialidade militar, o alferes miliciano Cruz foi um excelente companheiro da jornada africana do norte de Angola, por terras do Uíge, e oficial competente e sempre solidário com os Cavaleiros do Norte da CCS e todas as subunidades do BCAV. 8423.
Notabilizou-se de tal modo que o pelotão que proficientemente por lá comandou foi louvado pelo Comando do Batalhão, atestando-o como «equipa de trabalho, com espírito de entreajuda e sacrifício, procurando tirar o maior rendimento do seu labor», conforme se lê na Ordem de Serviço 181 do BCAV. 8423.
A esposa era a dra. Margarida Cruz, médica e que por lá foi professora primária e pais do Ricardo, o bebé «mascote» do batalhão. Agora, aposentado, pai e avô babado, mora em Santo Tirso, a sua terra natal, para onde vai o nosso abraço de parabéns!
Furriel Américo J.
da Silva Rodrigues

Rodrigues, furriel de Zalala,

faria 70 anos em Famalicão!

O furriel miliciano Américo Joaquim da Silva Rodrigues, Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, faria 70 anos a 24 de Setembro de 2022. Faleceu, de doença, a 30 de Agosto de 2018! Há 4 anos!
Cavaleiro do Norte de Zalala e depois de Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona, foi atirador de Cavalaria de especialidade militar e  louvado pela «maneira eficiente e dedicada como desempenhou as funções de vagomestre», funções fora da sua especialidade mas «para as quais houve que ser nomeado», sendo, como se sabe, «uma missão espinhosa», a de alimentar homens em frentes de combate.
«Apreciado pela colaboração prestada aos seus superiores, nõ é menos verdade que de igual modo viu os seus serviços sempre desejados e compreendidos pelos seus subordinados», lê-se no louvor oficial, publicado na Ordem de Serviço nº. 165.
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, fixando-se em Vila Nova de Famalicão, a sua terra natal. Foi sempre um dos grandes animadores dos encontros do BCAV. 8423 e colaborador deste blogue de memórias da nossa jornada africana do Uíge angolano.
Hoje o recordamos com saudade e emoção. RIP!!!


quinta-feira, 22 de setembro de 2022

6 933 - Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 com a consciência de dever cumprido por terras de Angola!

O que restava da parada e edifício do Comando do BCAV. 8423, a 24 de Setembro de 2019, quando por lá
 passou o furriel Viegas da CCS do BCAV. 8423. Ao cimo, a sede da administração civil do Quitexe.
Comparar com a foto abaixo.

Parada do Quitexe e secretaria do comando (à esquerda), na
esquina com a avenida. Ao cimo da rua, junto às palmeiras,
a administração civil. Olhar a foto de cima, a de 2019


O livro «História da Unidade», referindo-se aos tempos do mês de Setembro de 1975, há 47 anos e já com os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 nas suas casas e no calor das suas família, fez um exame de comissão, desde logo frisando «não querer fazer doutrina sobre factos passados, mas ainda bem presentes»
«Bastará sentir-se que se parte com a consciência de haver cumprido o dever que nos solicitaram e que nem sempre foi fácil de cumprir», lê-se no referido livro, que acabamos de reler.
«Essa certeza existe?», interrogava-se o tenente-coronel Carlos José Saraiva de Lima e Almeida e Brito, oficial de Cavalaria e comandante do BCAV-. 8423, ele mesmo respondendo: «Julga-se que sim».
«Se foi bom ou o mau o tempo passado; se valeu ou não vale a pena estar separado da família; se a vinda a Angola deu, ou não, um panorama do que era Portugal; se contraíram, ou não, novos amigos; se os momentos menos agradáveis foram vencidos por momentos de euforia; se encontraram, ou não, no nosso BCAV. 8423, uma nova escola de aprendizagem», tudo isso, para Almeida e Brito, eram questões que ficavam para o nosso exame de consciência.
Almeida e Brito
«Assim se pretendeu e todos nós quisemos que o BCAV. 8423 fosse um todo; todos nós desejamos que de nós falassem, sem ser por orgulho ou vaidade, mas pela certeza da compreensão do nosso trabalho; todos nós fizemos por honrar o lema da nossa unidade mobilizadora e todos nós praticámos o nosso querer e saber querer», escreveu o comandante dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
E o que podemos dizer nós, hoje? 
Quem lê este blogue sabe bem o que vale, 45 anos depois, tantos de nós termos os Cavaleiros do Norte dentro da alma. Como ainda recentemente, no reencontro de 10de Setembro de 2022, em Braga, tivemos ocasião de testemunhar e sentir.
NOTA: O tenente-coronel Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito foi comandante do BCAV. 8423, continuou a carreira militar depois do seu regresso a Portugal e atingiu a patente de general. Faleceu a 20 de Junho de 2003, subitamente e no decorrer de uma viagem turística a Espanha.
Um ano antes, precisamente a 22 de Setembro de 1974, visitou as fazendas Minervina e a de Santa Isabel - onde se aquartelava, ao tempo e nesta, a 3ª. CCAV. 8423, a do capitão miliciano José Paulo Fernandes.
Mário Araújo

Araújo,1º. cabo de Aldeia
Viçosa, 71 anos em Santo Tirso !

O 1º. cabo Araújo, operador-cripto de especialidade militar e combatente da 2ª. CCAV. 8423, festeja 71 anos a 23 de Setembro de 2022. Amanhã.
Mário Novais de Carvalho Araújo, de seu nome completo, foi Cavaleiro do Norte do BCAV. 8423 e da subunidade do comando do capitão miliciano José Manuel Cruz, primeiro na vila de Aldeia Viçosa - e depois na cidade de Carmona, no BC 12.
Regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana de Angola, por terras do Uíge e por 15 meses, à sua residência da avenida de S. Rosendo, em Santo Tirso. Lá continua a viver, agora na Sampaio de Carvalho, e para lá e para ele vai o nosso abraço de parabéns!