O comandante Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito visitou a 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa e do capitão miliciano José Manuel Cruz, a 24 de Setembro de 1974.
Há 48 anos, vejam lá como o tempo passa!
Oficial de Cavalaria com a patente de tenente-coronel - viria a atingir o generalato! -, foi acompanhado por vários oficiais da CCS, aquartelada na vila do Quitexe, e já lá tinha(m) estado a 13 e 19 imediatamente anteriores e no âmbito planeado do «campo dos contactos (...) necessários ao bom andamento dos trabalhos militares».
O mesmo fizera(m) à 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel e do capitão miliciano José Paulo de Oliveira Fernandes (a 13 e de 21 para 22), e à CCAÇ. 4145, a de Vista Alegre - esta, comandada pelo também miliciano capitão Raúl Alberto de Sousa Corte-Real.
O então capelão do Batalhão de Cavalaria 8423 - o alferes miliciano José Ferreira de Almeida, sacerdote católico - acompanhou essas visitas, em missão de assistência religiosa e de acção psicológica.
Natural de Vila, lugar da freguesia de Silvã de Cima, no município de Sátão, onde nasceu a 13 de Julho de 1944, foi capelão militar de várias unidades que serviram no norte de Angola e, a partir de Junho de 1974, do BCAV. 8423, sedeado no Quitexe, até Dezembro do mesmo ano, quando, em final de comissão, regressou a Portugal.
Abandonou o sacerdócio, casou e foi pai, e teria feito 78 anos a 13 de Julho de 2022, mas, infelizmente, faleceu, de doença cancerosa e a 2 de Março de 1995, aos 50 anos e quando era professor em Viseu, ao tempo preparando doutoramento académico.
O tempo, a esse tempo e no capítulo da acção psicológica, segundo recordo do livro «História da Unidade», foi também para «actividades da equipa de foto-cine do BCAV., com a projecção de um filme em todas as subunidades e destacamentos».
Por mim, e em Luanda, esgotava os meus dias de férias e, lendo a imprensa local, sabia que se preparava uma visita de individualidades angolanas a Lisboa, para um encontro do o Presidente António Spínola. Entre elas, o secretário geral do Partido Cristão de Angola (Joaquim António Ferronha) e os directores do jornal A Província de Angola (Ruy Correia de Freitas) e da revista Notícia (João Fernandes).
Um ano depois, a Setembro de 1975, a OUA persistia na realização de uma cimeira entre os três movimentos de libertação, envolvendo o Governo Português e para analisar a situação de Angola. O MPLA tinha dúvidas sobre o resultado da cimeira e Portugal, através de um telegrama do Presidente Costa Gomes a Idi Amin Dada (líder da OUA e do Uganda) pressionava a sua realização.
Militarmente, a situação pouco evoluía. A FNLA continuava no Caxito, desde o dia 20, sábado (a 53 quilómetros de Luanda), e o MPLA escusava-se a falar da situação, limitando-se a comentar que «prosseguem os combates, há alguns dias». A contra-ofensiva a Nova Lisboa estava em pausa, embora, noticiava o Diário de Lisboa, «a cidade esteja cercada num raio de cerca de 300 quilómetros».
«Nenhuma acção notável se registou neste sector», informou fonte militar portuguesa, referindo-se à tarde da véspera, dia 23 de Setembro de 1975. A cidade estava controlada pela UNITA e pela FNLA e de lá saíam portugueses atrás de portugueses: na ordem dos 30 000, a esta data de 1975.
Na semana anterior, três tinham sido mortos e dois ficaram ferido, quando saíam de um cinema.
«A situação está a tornar-se de dia para dia mais inquietante», sublinhava uma fonte militar portuguesa. As pessoas eram revistadas a qualquer esquina de rua e algumas tinham desaparecido, «sem que se saiba exactamente em que condições».
Oficial de Cavalaria com a patente de tenente-coronel - viria a atingir o generalato! -, foi acompanhado por vários oficiais da CCS, aquartelada na vila do Quitexe, e já lá tinha(m) estado a 13 e 19 imediatamente anteriores e no âmbito planeado do «campo dos contactos (...) necessários ao bom andamento dos trabalhos militares».
O mesmo fizera(m) à 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel e do capitão miliciano José Paulo de Oliveira Fernandes (a 13 e de 21 para 22), e à CCAÇ. 4145, a de Vista Alegre - esta, comandada pelo também miliciano capitão Raúl Alberto de Sousa Corte-Real.
O então capelão do Batalhão de Cavalaria 8423 - o alferes miliciano José Ferreira de Almeida, sacerdote católico - acompanhou essas visitas, em missão de assistência religiosa e de acção psicológica.
Natural de Vila, lugar da freguesia de Silvã de Cima, no município de Sátão, onde nasceu a 13 de Julho de 1944, foi capelão militar de várias unidades que serviram no norte de Angola e, a partir de Junho de 1974, do BCAV. 8423, sedeado no Quitexe, até Dezembro do mesmo ano, quando, em final de comissão, regressou a Portugal.
Abandonou o sacerdócio, casou e foi pai, e teria feito 78 anos a 13 de Julho de 2022, mas, infelizmente, faleceu, de doença cancerosa e a 2 de Março de 1995, aos 50 anos e quando era professor em Viseu, ao tempo preparando doutoramento académico.
Notícia do Diário de Lisboa sobre a cimeira dos movimentos angolanos em Kampala e promovida por Idi Amin Dada (da OUA e Uganda) |
Cinema para os Cavaleiros
e cimeira dos movimentos!
O tempo, a esse tempo e no capítulo da acção psicológica, segundo recordo do livro «História da Unidade», foi também para «actividades da equipa de foto-cine do BCAV., com a projecção de um filme em todas as subunidades e destacamentos».
Por mim, e em Luanda, esgotava os meus dias de férias e, lendo a imprensa local, sabia que se preparava uma visita de individualidades angolanas a Lisboa, para um encontro do o Presidente António Spínola. Entre elas, o secretário geral do Partido Cristão de Angola (Joaquim António Ferronha) e os directores do jornal A Província de Angola (Ruy Correia de Freitas) e da revista Notícia (João Fernandes).
Um ano depois, a Setembro de 1975, a OUA persistia na realização de uma cimeira entre os três movimentos de libertação, envolvendo o Governo Português e para analisar a situação de Angola. O MPLA tinha dúvidas sobre o resultado da cimeira e Portugal, através de um telegrama do Presidente Costa Gomes a Idi Amin Dada (líder da OUA e do Uganda) pressionava a sua realização.
Militarmente, a situação pouco evoluía. A FNLA continuava no Caxito, desde o dia 20, sábado (a 53 quilómetros de Luanda), e o MPLA escusava-se a falar da situação, limitando-se a comentar que «prosseguem os combates, há alguns dias». A contra-ofensiva a Nova Lisboa estava em pausa, embora, noticiava o Diário de Lisboa, «a cidade esteja cercada num raio de cerca de 300 quilómetros».
«Nenhuma acção notável se registou neste sector», informou fonte militar portuguesa, referindo-se à tarde da véspera, dia 23 de Setembro de 1975. A cidade estava controlada pela UNITA e pela FNLA e de lá saíam portugueses atrás de portugueses: na ordem dos 30 000, a esta data de 1975.
Na semana anterior, três tinham sido mortos e dois ficaram ferido, quando saíam de um cinema.
«A situação está a tornar-se de dia para dia mais inquietante», sublinhava uma fonte militar portuguesa. As pessoas eram revistadas a qualquer esquina de rua e algumas tinham desaparecido, «sem que se saiba exactamente em que condições».
Os 72 anos o furriel
Norberto Morais !
O furriel miliciano Norberto António Ribeirinho Carita de Morais foi mecânico-auto da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 e festeja 72 anos amanhã , em Elvas, onde vive a sua aposentação.
O Morais é natural da alentejana Niza e, enquanto estudante, andou pelas engenharias mas fez carreira profissional na Estação Nacional de Plantas, em Elvas - onde reside.
O Morais do Uíge angolano, pelo Quitexe e por Carmona, não regateava a sua competência para, no pelotão-auto do alferes miliciano Cruz (que hoje comemora 77 e está na maior, como acabamos por confirmar, ao telefone), afinar quaisquer viaturas que «gripassem» nas pesadas e poeirentas picadas da zona de acção dos Cavaleiros do Norte.
Foi um grande e bom companheiro, daqueles que ficam no rol da vida e guardados no baú da saudade de quem gosta. E aí aparece ele, a todos os encontros dos Cavaleiros do Norte, com a sua «mais que tudo», sempre com o mesmo olhar tranquilo e amigo. O que não aconteceu este ano, infelizmente, por problemas de saúde de sua esposa.
Amanhã, dia 25 de Setembro de 2022, festeja 72 anos!!! Nada mais nada menos!!!
Grande abraço para ele. Parabéns!
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