Os furriéis milicianos Neto e Viegas, em 1974 e no Quitexe, no adro da Igreja de
Santa Maria de Deus e com a sanzala do Cazenza ao fundo
Os furriéis Viegas e Neto, ambos de Águeda e da CCS, costumam assinalar o 8 de Setembro com leitão á Bairrada e espumante. Aqui, em 2014 |
A 4 de Setembro de 1975, há 47 anos e em Luanda, a preparar malas para a voltar a Lisboa, já sabíamos que do navio «Niassa» passávamos para um avião dos TAM, mantendo-se a partida da CCS para o dia 8.
Dia muito esperado e que era já na segunda-feira seguinte. Só aue ainda estávamos numa quinta, mas de 10 dias de viagem marítima passar para 8/9 no ar, era (foi) ouro sobre azul.
O tempo, mesmo assim, é que não passava, não andava, não corria..., enquanto escaramuças se repetiam na capital angolana. Mas lá voltámos a Portugal e aos nossos chão, família e amigos!.
«Sãos e salvos», como então se dizia!
A coincidência de, na primeira década do século X, se realizar em Águeda a Festa do Leitão, por esta altura, fez-nos (a mim e ao Neto) «fazer» o hábito de celebrarmos o dia, com um bem apaladado e regado almoço do dito cujo. Sempre que coincidia com o dia 8, era almoçarada no dia 8. E at+é se deu o caso de, em 2008, ser partilhado com o Monteiro (da CCS), o Pinto e o Rodrigues (da 1ª. CCAV., este infelizmente falecido a 30 de Agosto de 2018).
Nem vale a pena sublinhar o imperativo: falou-se, à brava, dos Cavaleiros do Norte.
Luanda e paz no MPLA!
Recuando no tempo, há 47 anos e já por aqui o dissemos, eram vésperas do regresso a Portugal e Luanda continuava hostil à tropa portuguesa. A desmotivação era geral, entre as NT, e faltava alimentação e combustíveis, gasolina e gás. Já nem falando da igual (ou maior e pior) hostilidade dos movimentos.
A tropa da FNLA e da UNITA tinha sido expulsa pelo MPLA, mas ficaram militantes.
MPLA e FNLA continuavam a combater a norte do Caxito e os homens de Agostinho Neto controlavam a barragem de Mabuba, assim assegurando o fornecimento de água a Luanda, a partir da estação de Quifangondo. No Cubal e Ganda (a sul), eram o MPLA e a UNITA que se inimizavam de armas em punho. Quais acordos, quais carapuças?!
O MPLA noticiava ter expulso as (por ele) ditas forças invasoras (alegadamente) da África do Sul, da Namíbia - onde tinham tomado as cidades de General Roças e Pereira d´Eça.
MPLA e FNLA continuavam a combater a norte do Caxito e os homens de Agostinho Neto controlavam a barragem de Mabuba, assim assegurando o fornecimento de água a Luanda, a partir da estação de Quifangondo. No Cubal e Ganda (a sul), eram o MPLA e a UNITA que se inimizavam de armas em punho. Quais acordos, quais carapuças?!
O MPLA noticiava ter expulso as (por ele) ditas forças invasoras (alegadamente) da África do Sul, da Namíbia - onde tinham tomado as cidades de General Roças e Pereira d´Eça.
Um ano antes e com os Cavaleiros do Norte ainda aquartelados no Quitexe (a CCAS), em Zalala (a 2ª. CCAV .), Aldeia Viçosa (a 2ª. CCAV.) e Santa Isanel (a 3ª. CCAV. 8423), o jornal «A Província de Angola», que se publicava em ÇLuanda - o actual «Jornal de Angola» . noticiava que estava regularizadas as divergências interna do MPLA - Agostinho Neto continuava como presidente e Daniel Chipenda e Pinto Andrade eram vice-presidentes.
Outras notícias tinha a ver com Cabinda e a formação do Governo Provisório de Angola.
Um ano depois, o 8 de Setembro de 1975, o do regresso a Portugal, já estava a bater à porta!
Velez, furriel de Zalala,
70 anos em Lisboa !
O furriel miliciano Velez, atirador de Cavalaria de especialidade militar e combatente da 1ª. CCAV. 8423, festeja 70 anos a 5 de Setembro de 2022.
Cavaleiro do Norte de Zalala, Victor Manuel da Conceição Gregório Velez, de seu nome completo, chegou a Angola sem saber que ia mobilizado para o BCAV. 8423 (tendo por coincidência viajado no mesmo avião) e integrava o Grupo de Combate comandado pelo alferes miliciano Pedro Rosa. Também passou pelo Quitexe e rodou por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona. Morava em S. Sebastião da Pedreira (na rua Gonçalves Crespo), em Lisboa, e lá voltou a 9 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana do norte uíjano de Angola.
Cavaleiro do Norte de Zalala, Victor Manuel da Conceição Gregório Velez, de seu nome completo, chegou a Angola sem saber que ia mobilizado para o BCAV. 8423 (tendo por coincidência viajado no mesmo avião) e integrava o Grupo de Combate comandado pelo alferes miliciano Pedro Rosa. Também passou pelo Quitexe e rodou por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona. Morava em S. Sebastião da Pedreira (na rua Gonçalves Crespo), em Lisboa, e lá voltou a 9 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana do norte uíjano de Angola.
Para lá vai e para ele vai o nosso abraço de parabéns! E mais, mais e bons anos, caro Velez!
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