CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 31 de outubro de 2023

7 252 - Deserções e punições no BCAV. 8423! Louvores ao capitão Falcão e ao tenente Luz!

Grupo de Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala. Atrás, o quinto é o 1º. cabo Gigante (de cor), seguido
furriel Plácido Queirós, de NN e furriel Eusébio Martins (falecido a 16 de Abril de  2014, em Belmonte e de doença),
AP Coelho (atirador),  NN e NN (de cor) e, o último, o Carlos Alberto C. Santos (o Plateias, de Pataias). Em baixo,
  Adélio Jacinto Coelho da Silva, o PM (vive em Pataias), Aires (TRMS, da Baixa da Banheira), José Baptista Santos
atirador e impedido da cantina (Monte da Caparica), NN (de cor), Moura, clarim e impedido da messe de oficiais
(Quinta do Conde), NN e N (de cor) e José Borges Martins, atirador. Quem ajuda a identificar os outros
companheiros da jornada africana do Uíge angolano
Capitão José P. Falcão
José Paulo Falcão

O mês de Outubro de 1974, há 49 anos..., foi tempo para chegar ao Quitexe o louvor ao capitão José Paulo Montenegro Mendonça Falcão, oficial adjunto do BCAV. 8423. 
Infelizmente falecido, de doença prolongada e a 9 de Dezembro de 2019. Há quase 4 anos.
O louvor tinha sido atribuído pelo general comandante da Região Militar de Coimbra, por proposta do comandante do CICA 4, onde prestara serviço, destacando-lhe virtudes militares como «muito boas qualidades de comando», nomeadamente como «comandante de instruendos e obtendo, com a sua acção, os melhores resultados na formação dos condutores na fase básica da sua instrução».
O louvor destaca que «apesar das actuais vicissitudes, que as circunstâncias de guerra impõem, o capitão Falcão manteve na sua Companhia um muito elevado espírito de dedicação à instrução, que se tornou característico da Companhia».
O louvor foi publicado na Ordem se Serviço nº. 109, do BCAV. 8423, e destaca também que «muito disciplinado, disciplinador e muito discreto na sua acção de Comando, muito leal e dedicado, foi um preciosíssimo auxiliar do Comando, pelo muito mérito que revelou».
Hoje o recordamos com saudade!
O agora capitão Acácio Luz
e esposa (em 2013)

Louvor ao tenente
Acácio Carreira da Luz!


A Ordem de Serviço nº. 114 do BCAV. 8423 deu conta do louvor do comandante do DRM 7 ao então tenente Acácio Carreira da Luz, agora capitão aposentado, por, em 17 meses e naquele Distrito de Recrutamento e Mobilização nº. 7, instalado em Leiria, ter «revelado ser sempre um militar muito bem preparado e dedicado no desempenho de todos os serviços de que foi encarregado, nomeadamente no de Chefe da 3ª. Secção».
O louvor sublinha «o trato correcto» e que foi «leal cooperador dos seus superiores» e dos seus camaradas de posto e inferiores «constituindo para todos um exemplo digno de ser apontado»
Os seus predicados pessoais e militares, de resto e lê-se no louvor publicado na Ordem de Serviço nº. 114, «o tornam credor da melhor estima, consideração e gratidão por parte dos seus superiores».
O capitão Acácio Carreira da Luz festejou invejados 94 anos no dia 28 de Março de 2023 e vive na Marinha Grande - a sua terra natal. Que bonita idade!!!
Grande abraço!

Deserções e punições
no BCAV. 8423 !

A 31 de Outubro de 1974, como balanço do mês, poder-se-ia dar conta, também, da deserção de 5 elementos dos Grupo de Mesclagem do RI 20 que estavam colocados na 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa.
A Ordem de Serviço nº. 89, do BCAV. 8423, dá nota dos seus nomes, mas recordamos apenas os apelidos: Gabriel, Amaro, Bartolomeu e Júnior. A OS 108 publicava o quinto: Sobrinho.
O mês, aliás, foi farto em punições. Nada mais nada menos que uma dúzia: um furriel miliciano, quatro 1ºs. cabos e 7 soldados, com penas que andaram entre os 20 dias de prisão disciplinar agravada e os 10 dias de detenção.
A CCS teve 5 das 12 punições: dois 1ºs. cabos (Pinho e Coelho) e 3 soldados (Santos, Marcos e Gaiteiro). A 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, teve dois: um furriel (Viana) e um soldado (João, do Grupo de Mesclagem). A 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, dois: um 1º. cabo (Marques) e um soldado (Guerreiro). A 3ª. CCAV., a de Santa Isabel, com três: um 1º. cabo (Barata) e dois soldados (Silva e Carvalho).
Quer isto dizer que o batalhão era indisciplinado? Não. Os castigos foram consequência de falhas simples, do dia a dia por lá vivido, a mais de 8000 quilómetros de casa. E nem surpreende que a CCS fosse a mais «castigada». Era no Quitexe que se aquartelava e lá também estava instalado o comando do BCAV. 8423. E o tenente-coronel Almeida e Brito não era para «brincadeiras».

Adélio Silva

Adélio de Zalala faz
71 anos em Pataias!


O soldado Adélio Jacinto Coelho da Silva, Cavaleiro do Norte da  1ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda de Zalala, está hoje em festa, pois comemora 71 anos. 
Uma bonita idade!!!
Atirador de Cavalaria de especialidade militar, tinha sido inicialmente mobilizado para a 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Voçosa. Foi transferido para a 1ª. CCAV., a de Zalala, em Março de 1974 e ainda em Portigal.
Já em Angola e «zalala», também passou por Vista Alegre e Ponte do Dange, pelo Songo e por Carmona. É natural e residia em Pataias, no concelho de Alcobaça, onde nasceu a 31 de Outubro de 1952.
Lá regressou a 9 de Setembro de 1975, no final da sua jornada africana do Uíge angolano e dele nada mais sabemos. Saudamo-lo fraternalmente neste seu dia de festa, com abraço de parabéns!

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

7 251 - A Comissão de Contra-Subversão do Quitexe e a libertação de prisioneiros de S. Nicolau!

Cavaleiros do Norte na avenida do Quitexe: furriéis milicanos João Aldeagas e Armindo Reino,
1º.  cabo Miguel Teixeira, furriéis milicianos José Monteiro, Viegas e Francisco Neto, todos
milicianos, e tenente João Mora (SGE)
 

Notícia do «Diário de Lisboa» sobre o comício, em Lisboa,
de apoio ao MPLA, a 30 de Outubro de 1974


A Comissão Local de Contra-Subversão (CLCS) do Quitexe reuniu a 30 de Outubro de 1974, há 49 anos e no dia em que se soube que a Junta Governativa de Angola suspendera dois programas de rádio, de Luanda, «por infracções ao processo de descolonização».
S. Nicolau: libertação de presos a 3 
de Maio de 1974 (imagem da net)
Os programas eram o «Contacto Popular» e o «A Voz Livre do Povo» e ficaram suspensos por dois dias, por proposta da Comissão Ad-Hoc dos Meios de Comunicação, mas o «Diário de Lisboa», de que nos socorremos, não diz quais foram as infracções. Diz, isso sim, é que «o Governo anunciou o encerramento do campo prisional de S. Nicolau, que era utilizado pela PIDE/DGS antes do 25 de Abril».
A imprensa portuguesa desse dia deu atenção ao comício lisboeta de apoio ao MPLA. «O imperialismo tenta desesperadamente perpetuar a exploração do nosso povo» - o povo angolano, reportou o Diário de Lisboa.
O comício decorreu no Pavilhão dos Desportos, organizado pela Casa de Angola, com uma mensagem de Agostinho Neto e críticas à «repressão violenta da PM e da PSP a manifestações pacíficas», os exércitos secretos da FRA e ENSINA, «a soldo dos colonialistas»,  também à «falta de medidas repressivas contra elementos da PIDE/DGS», ou o acordos apadrinhados por Mobutu, com a UNITA e Daniel Chipenda, chamados de «traidores e fantoches» - tudo, entre outras coisas, para «criar um clima de confusão política e isolar o MPLA». 
Mobutu, presidente do Zaire, foi considerado «fiel guarda dos interesses colonialistas» e não foram poupadas a FUA (outra «organização colonialista») e a FLEC, considerada um dos «movimentos fantoches e neo-colonialistas».

Horácio Carneiro
(1ª. CCAV. 8423)

Carneiro de Zalala
em festa de 71 anos!


O soldado Horácio do Sacramento Lopes Carneiro foi Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, do BCAV. 8423, e está hoje em festa: comemora 71 anos!
Atirador de Cavalaria de especialidade militar e combatente da mítica Fazenda Maria João, a de Zalala, integrou o grupo de combate comandado pelo alferes Carlos João Sampaio e com os furriéis Eusébio Martins (falecido a 16/04/2014, de doença e em Belmonte), Mota Viana (depois João Rito, falecido a 17/05/2008, em VN de Ourém) e Plácido Queirós. Também passou também por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona, antes de, passando ainda pelo Campo Militar do Grafanil, nos arredores de Luanda, regressar a Portugal.
Natural de Pousadela, na Póvoa do Lanhoso, lá voltou a 9 de Setembro de 1975 e lá vive, depois de estar muitos anos emigrado na Suíça. É habitual participante nos vários encontros dos «zalalas».
O nosso abraço de parabéns.
Graciano P. Queijo

A morte, há 10 anos, do 
soldado clarim Graciano 
da Purificação Queijo!

O soldado Graciano da Purificação Queijo, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, faleceu há 10 anos, no lar da Fundação Padre Tobias, em Samora Correia.
Clarim de especiaidade militar, era natural de Vilarelhos, freguesia do município de Alfândega da Fé, em Trás-os-Montes. Lá nasceu a 28 de Setembro de 1952 e de lá partiu para cumprir a sua vida militar. 
Mobilizado para Angola e nos uíjanos chãos da vila do Quitexe e cidade de Carmona (no BC12), também passou pela cozinha e refeitório dos dois aquartelementos. Regressou a Portugal a 8 de Setembro de 1975 e teve uma vida errante e quase desconhecida, em andanças pelo mundo, até que, já com muitas dificuldades e em fragilizado estado de saúde, foi acolhido no lar e lá viveu até à morte, entregue aos mil cuidados do pessoal da Fundação.
Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!

domingo, 29 de outubro de 2023

7 250 - Apresentação de combatentes da FNLA! Desconfiança total com as NT!


A vila uíjana do Quitexe, a 25 de Setembro de 2019: o jardim público e a Administração do Município
(o bem conservado edifício colonial atrás das duas palmeiras), em imagem tirada da Estrada
do Café (a Rua de Cima)
O que foi quartel dos Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV.  
8423, em Aldeia Viçosa e a 25 de Setembro de 2019

Clicar na imagem para a ampliar


A imprensa portuguesa da 29 de Outubro de 1975, há 48 anos, dava, finalmente, notícias de Carmona e do Uíge, dando conta do «recuo, na Frente Norte e zona de confrontações no triângulo Barra do Dande-Caxito-Libongos, das forças mercenárias do ELNA».
O «Diário de Lisboa», que citamos com a devida vénia, acrescentava que «dada a contra-ofensiva desencadeada pela forças populares, as forças mercenárias abandonaram as suas posições naquela zona, tendo-se retirado para posições próxima do Ambrizete».
Estávamos a 13/14 dias da independência de Angola e o «Diário de Lisboa» desse dia acrescentava que «inclusive, as forças que possuíam no Ambriz foram igualmente concentradas naquela região».
A retirada, porém, poderia significar «o reagrupamento de efectivos», dado que, e continuo a citar o DL, «as forças mercenárias sofreram pesadas perdas em homens e material de guerra». Ontem mesmo, adiantava o jornal, «após violentos combates na 1ª. Região Militar (do MPLA), as forças mercenárias deixaram no terreno dois blindados zairenses e os seus ocupantes». 
As linhas de confrontação situavam-se, por essa altura, pela zona de Santa Eulália e havia já «unidades das forças regulares localizadas em Camabatela» - que fica(va) muito perto do Quitexe.
Rádio Clube do Uíge,a  25 de Setembro de 2019. Há 48 anos,
era de lá que a FNLA comunicava com Angola e o mundo

Notícias de Carmona e
Uíge, via rádio oficial!


O dia de há 48 anos foi, também, tempo de o MPLA acusar «a rádio dos mercenários, localizada em Carmona, capital da província do Uíge», a imediatamente anterior Rádio Clube do Uíge, para «esconder as pesada derrotas sofridas na frente do Caxito, anuncia que os mercenários retiraram porque tinham de poupar o povo, que já não tinha comida em Luanda, nem água», noticiava o «Diário de Lisboa».
Por mercenários, entendam-se, na linguagem do MPLA e das suas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), serem as forças da FNLA e quem as apoiava.
«Foi a UPA/FNLA que enviou água para Luanda, em aviões da Cruz Vermelha, para que o povo não morresse de sede», escrevia, entretanto, o Diário de Lisboa, por despacho do «Diário de Luanda», dando voz à rádio controlada pelo movimento de Holden Roberto - a FNLA e o seu ELNA - que emitia a partir de Carmona. Do estúdio local da Emissora Oficial de Angola - a já citada Rádio Clube do Uíge (imagem).
O livro História da Unidade»

Apresentação de 6
elementos da FNLA...


Um ano antes, precisamente e de relevo, registou-se a apresentação «pela primeira vez, de um grupo de 6 elementos armados da FNLA».
Eram 7,30 horas da manhã quando contactaram o Comando do BCAV. 8423 e as autoridades administrativas do Quitexe, comandados pelo sub-comandante João Alves e dizendo-se pertencer ao «quartel» Aldeia.
Pretendiam  esclarecer «actividades na Serra do Quibinda, que julgavam ser das NT», como refere o livro «História da Unidade», o BCAV. 8423, precisando que «facilmente se concluíram ser de elementos estranhos que procuram, certamente, criar um clima de desconfiança local entre a FNLA e as NT».  
António Silva


Silva, rádio-montador
da CCS, faz 71 anos em
Vila Nova de Gaia!


O soldado António de Jesus Pereira da Silva, da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, vai festejar 71 anos. Amanhã, dia 30 de Outubro de 2023!
Rádio-montador de especialidade militar, jornadeou pela vila do Quitexe e cidade de Carmona, sempre integrando o grupo de trabalho coordenado pelo furriel miliciano António José Dias Cruz e que incluía os 1ºs. cabos António Correia Lourenço Pais e Rodolfo Hernâni Tavares Tomás. 
O Silva era (e é) natural de Santa Eulália, em Oliveira do Douro, município de Vila Nova de Gaia, e lá regressou a 8 de Setembro de 1975. E por lá (e bem) tem feito vida profissional e familiar, sempre pronto para tudo. 
Actualmente, sendo participante habitual dos encontros anuais da CCS, trabalha e vive em Vila Nova de Gaia, para onde vai, muito afectuoso, forte e amigo, o nosso abraço de parabéns! 

sábado, 28 de outubro de 2023

7 249 - O dia do desarmamento dos milícias! Cavaleiros consideram «impossível garantir a vivência política»!

Cavaleiros do Norte no bar de sargentos no Quitexe: furriéis Luís Capitão (falecido a 05/01/2010, de doença e em
 Ourém) e Cardoso (de garrafa na mão), soldados Almeida e Lajes (da cozinha e do bar) e furriel Flora. Na linha do
meio, furriéis Cruz (de óculos e mão em frente), NN (tapado), Costa (morteiros), Reino e Carvalho. À frente, Bento
 (de bigode), Lopes (Grenha), José Carlos Fonseca (que hoje faz 72 anos) e Rocha 
Os 1ºs. cabos Jorge Pinho (falecido a 19/04/1996, de doença e
no Porto), Serra Mendes e Vasco Vieira (Vasquinho), da CCS



A segunda-feira de 28 de Outubro de 1974, há precisamente 49 anos, foi tempo para mais uma reunião do Comando do Sector do Uíge (CSU), na cidade de Carmona, na qual participou o tenente-coronel Almeida e Brito, comandante do BCAV. 8423.
O dia foi também o da concretização do processo de desarmamento dos milícias, que se vinha a desenvolver desde 21 de Outubro, com alguns entraves pelo meio. Isto, nomeadamente porque os povos (aldeias) do Quitexe e de Aldeia Viçosa manifestaram preocupações que tinham a ver com a sua defesa, ante eventuais «acções de depradação e exigência do IN», muito embora estivesse declarado o cessar-fogo.
O argumento, segundo o livro «História da Unidade», era «difícil de contrariar», já que, ainda de acordo com o mesmo HdU, «é impossível garantir a sua vivência pacífica, pois as NT não chegarão para superar todas as dificuldades e situações que se lhe apresentem».

Os soldados Marcos e Caixarias
do PELREC da CCS/BCAV.8423

Acções de banditismo
entre o Quitexe e Aldeia 
Viçosa!

A 26 de Outubro de 1974, dias antes e como aqui há dias recordámos (ver acima), e «com vista a resolver a situação apresentada», realizou-se no Quitexe «uma reunião com todos os regedores, ao quais foi feito ver a necessidade de entregarem o armamento das milícias».
O que, felizmente, «veio a suceder, voluntariamente, a partir de 28 de Outubro», há precisamente 49 anos. 
O que foi muito bom para a tranquilidade dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, num tempo em que, e citamos o livro «História da Unidade», se repetiam «acções de banditismo», por parte de homens armados da FNLA, acções que motivaram «o aparecimento de queixas» da comunidade civil.
Os homens da FNLA «furtavam-se ao contacto» com as NT, razão porque «não era possível parar com elas» - as queixas. Nem era possível «evitar as acções», já que, por outro lado, os patrulhamentos «não podiam ser contínuos».
Era exíguo o quadro de pessoal operacional dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423. Cmo acima se lê.


Pratas de Santa Isabel, 71
anos nas Praias do Sado!


O 1º. cabo Pratas, atirador de Cavalaria de especialidade militar e Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, está hoje em festa: comemora 71 anos.
José Fernando Pratas Moreira, de seu nome completo, é natural e voltou a Estrada de Santas, na freguesia de S. Sebastião, em Setúbal, a 11 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar por terras do Uíge angolano - que, além de Santa Isabel, o levou ainda à vila do Quitexe e à cidade de Carmona.
Pouco mais sabemos dele. Aparentemente, trabalha(rá) na área das máquinas industriais e  mora(rá) por lá perto de Setúbal, agora no Bairro da SAPEC, em Praias do Sado. O que nãop conseguimos confirmar. De todo o modo, e para onde quer que seja, para ela vão as nossas felicitações pela data feliz que hoje passa! Parabéns!

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

7 248 - Mudança do dispositivo militar do Uíge! Domingo sem serviços mas com... missa !

Cavaleiros do Norte das Transmissões da 1ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda Maria João, 
 a de Zalala: os rádio-telegrafistas Fernando Coelho, o 1º. cabo Jorge Silva e António
 Lago. Gente da jornada africana do Uíge angolano
Cavaleiros do Norte no Quitexe: Rocha, Fonseca (a fumar e que
 amanhã festeja 72 anos em Lisboa), Viegas, Belo (de óculos), 
Ribeiro e ? (quem é?) À direita e no sentido contrário dos
 ponteiros do relógio, Monteiro, Pires (sapador, de bigode), 
Costa, Machado (a fumar) e Lages (do bar de sargentos)


Os últimos dias de Outubro de 1974, há 49 anos, iam passando sempre muito expectantes (e expectados) pelas bandas do Uíge, onde os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 viviam a sua jornada africana de Angola.
Ao dia 27, um domingo, aguardava-se o desenvolvimento, no terreno, da reunião com os regedores, na véspera, por causa da operação de desarmamento dos milícias. Havia, por isso mesmo, alguma tensão. Ainda que controlada.
Outra operação em desenvolvimento era a de rotação dispositivo do Subsector do Quitexe, preparando-se a saída definitiva das NT da Fazenda do Liberato (já anunciada e que viria a concluir-se no dia 8 de Novembro, com a rotação para o RI 21, em Nova Lisboa).
A mítica fazenda deixava de ter a presença da tropa portuguesa, o que vinha a acontecer desde os primeiros anos da década de 60 do século passado.
Saída anunciada, também, era a da CCAÇ. 4145, da Vista Alegre e Destacamento da Ponte do Dange, que iria para Luanda mas, no caso, sendo substituída pela 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala e do capitão miliciano Davide Castro Dias - que já preparava as malas para deixar a fazenda - o que viria a concluir-se no dia 25 de Novembro de 1974.
O padre Albino Capela à porta da Igreja da Mãe
de Deus, no Quitexe, no baptizado de uma
criança da Família Rei, desta vila uíjana

Domingo sem serviços
mas com... missa na Igreja
de Santa Maria de Deus!

O dia 27 de há 49 anos foi um domingo e as tarefas de gestão interna da CCS estavam (quase) limitadas aos serviços de escala, nomeados em Ordem de Serviço do BCAV. 8423.
Além dos já habituais «patrulhamentos inopinados» na Estrada do Café.
O resto do pessoal «descansava», com um ou outro passeio (às Quedas do Duque de Bragança), alguma possível ida a Carmona e alguns militares, mais devotos, a participarem na missa dominical, que o padre Albino Capela celebrava na Igreja da Mãe de Deus do Quitexe.
A cantina e os bares/messes militares tinham sempre mais clientela,  assim houvesse dinheiro... (e ia havendo!...) o que também acontecia nos bares e restaurantes da vila. 
Tempos saudosos de há 49 anos!
A Igreja da Mãe de Deus, da Missão do Quitexe e já agora, foi reabilitada em 2008, com obras que duraram três meses e envolveram custos na ordem dos 150 000 dólares, pagos pela Sonangol.
A inauguração foi em Dezembro desse ano e presidida pelo Bispo do Uíge, Dom Emílio Sumbelo, que na altura e em declarações à ANGOLP, pediu «o empenho de todos os membros, no aprimoramento da obra sagrada». Sublinhou também que «o templo vai melhorar o nível de trabalho dos cristãos, com vista a salvação de todos aqueles que crêem em Deus».
- NOTA: O padre António Albino Vieira Martins Capela anadonou o sacerdócio e constituiu família. Faleceu a 27 de Abril de 2023, aos (quase) 81 anos e em Barcelos. RIP!!!  
Furriel José
Carlos Fonseca

Fonseca, furriel do Quitexe, 
festeja 72 anos em Lisboa!


O furriel miliciano José Carlos Pereira da Fonseca, da CCS do BCAV. 8423, na vila do Quitexe, festeja 72 anos a 28 de Outubro de 2023.
Cavaleiro do Norte com a especialidade militar de amanuense (escriturário), trabalhava na secretaria do Comando do BCAV. 8423, chefiada pelo então tenente Acácio Carreira da Luz. Em Janeiro de 1975, veio de férias a Portugal e arranjou a papelada necessária para não voltar a Angola e ao Quitexe. E não voltou. E nunca mais o vimos.
Sabemos, por há já alguns anos com ele termos falado ao telefone, que é técnico oficial de contas (TOC) e que trabalha e vive(rá) em Lisboa, na Rua Marquês de Tomar, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

7 247 - Cavaleiros em Penafiel, Almeida e Brito no CSU e com o regedores! Patrulhamentos terrestres!

Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423, hoje em Penafiel: Joaquim Celestino, Alfredo Coelho (Buraquinho),
 Domingos Teixeira, Delfim Serra e José Gomes, à esquerda. À direita, Miguel Teixeira, José Caetano, Joaquim 
Moreira e Mota, enfermeiro da 3ª. CCAV. 8423
Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, todos
futuros furriéis milicianos atiradores de Cavalaria e aqui
 ainda no IAO, no RC4, em Santa Margarida: Plácido
 Queirós (que hoje festeja 71 anos, em Braga), Mota
iana e Victor Moreira da Costa

Um grupo de Cavaleiros do Norte da CCS o BCAV. 8423 «abancou» hoje em Penafiel, para mais um encontro de saudades e memórias!
Ao estilo habitual, reconfortou-se com saborosa refeição e por sobremesa tiveram as sempre imensas saudades da terra uíjana do norte de Angola - por onde todos jorneadeámos de Junho de 1974 a Setembro de 1975.
Confortaram-se em fartas memórias e multiplicaram a velha amizade que vai a caminho de meio século, semeada em tempos de tropa e sempre renovada: o Joaquim Celestino, Alfredo Coelho (Buraquinho), Domingos Teixeira, Delfin Serra e José Gomes, à esquerda. E, à direita, Miguel Teixeira, José
Cavaleiros de Santa Isabel: o furriel José F.
Carvalho, à frente e no meio. Atrás dele, o
1º. cabo José Agostinho Ferreira. Quem
identifica os outros dois da frente?
Caetano, Joaquim Moreira e NN.
Há 49 anos e no mesmo dia de Outubro, o tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, oficial de Cavalaria e comandante dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, deslocou-se ao Comando do Sector do Uíge (CSU), em Carmona, fazendo-se acompanhar, como habitualmente, por oficiais da CCS do BCAV. 8423 (que comandava). Repetiu este tipo de reuniões dos dias 4, 21 e 25. E uma outra se realizaria ainda nesse mês de Outubro de há 49 anos: no dia 28 (a seguinte segunda-feira).
Isto, num tempo em que cada vez mais se acentuavam os patrulhamentos nos principais itinerários uíjanos, assegurados por grupos de combate dos Cavaleiros do Norte e com o objectivo de «garantir a segurança de pessoas e bens
 em trânsito» - nomeadamente na ainda hoje nuclear Estrada do Café, a que liga(va) a capital Luanda a Carmona, a agora cidade do Uíge.
Ligava e liga, ainda com o mesmo traçado e, como pessoalmente pudemos ver há exactamente 4 anos, quando por lá passámos em jornada de saudade..., em muito bom estado de conservação - ainda que, assim nos pareceu, na maior parte do percurfsi ainda com alcatrão do tempo colonial. 
Estrada do Café, pelo Caxito fora, Quibaxe, Piri, Úcua, Ponte do Dange, Vista Alegre, Aldeia Viçosa e Quitexe. À volta de 350 quilómetros de asfalto com apenas meia dúzia de buracos.
Regedores do Quitexe (foto de net). A imagem
 nada tem a ver com os indicados no texto

A necessidade de os milícias
entregarem as armas !

O encontro do comandante Almeida e Brito com os regedores da região e do Subsector do Quitexe ocorreu ao fim da tarde desse dia de há 49 anos (o tempo voa...) e tinha a delicada operação de desarmamento dos milícias como tema. Desarmamento que, como por aqui já historiámos, «não teve boa aceitação por parte dos povos, nomeadamente nos postos sede (Quitexe) e Aldeia Viçosa».
O livro «História da Unidade» sublinha que «crê-se não terem justificação os receios apresentados, se se puser em fogo o anunciado cessar-fogo» mas que «no entanto, também neste caso só o tempo o garantirá». 
Esta razão levou a que, há precisamente 49 anos, se realizasse a reunião com «todos os regedores», aos quais foi feito ver «a necessidade de entregarem o armamento das milícias». O livro História da Unidade» refere, a esse propósito, que «tal veio a suceder, voluntariamente, a partir de 28 de Outubro». E sem quaisquer problemas.
Manuel Alcides Eira,
2º. sargento enfermeiro

Manuel Eira, 2º. sargento,
faz 80 anos em Vila Real !

O 2º. sargento Manuel Alcides das Costa Eira chegou a Aldeia Viçosa e à 2ª. CCAV. 8423 em meados de Março de 1975, para a sua terceira comissão militar - a segunda em Angola. 
Hoje, comemora 80 anos, em Vila Real.
Enfermeiro de especialidade, tinha cumprido a primeira comissão em Moçambique, como furriel miliciano e entre 1966 e 1968, na zona de Niassa. Em 1971, partiu para a primeira comissão em Angola. A Angola voltou em 1975, para a 2ª. CCAV 8423, e, finda a jornada africana, prosseguiu carreira militar na Escola Prática de Polícia, em Torres Novas.
A 30 de Setembro de 2021, foi sujeito a uma intervenção de natureza cardiológica, combatendo uma arritmia - que, tendo corrido «muito bem», no entanto lhe cria, nos dias de hoje, algumas limitações.
Parabéns e, pelo menos, até daqui a um ano!!! Granda abraço!

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

7 246 - O adeus da CCAÇ. 209/RI 21 à Fazenda do Liberato! Mudanças no quartel de Vista Alegre!

Os furriéis milicianos Viegas e Pires (Cândido), ambos da CCS e na sanzala do Talambanza, 
à saída do Quitexe, na Estrada do Café e para Carmona. Imagem de há precisamente 
49 anos, do dia 25 de Outubro de 1974!

Os furriéis milicianos Plácido Queirós (que amanhã festeja 71 anos
e em Braga) e José A. Nascimento, emigrado nos Estados Unidos e
ambos de Zalala. Aqui, numa praia de Luanda e em Agosto de 1975


A sexta-feira de 25 de Outubro de 1974, há precisamente 49 anos, foi tempo de os furriéis milicianos Viegas e Pires, o Cândido dos Sapadores, «viajarem» até aldeia do Talambanza, onde decorria uma cerimónia fúnebre em honra de uma criança negra, de família daquela sanzala.
A viagem era curta, feita a pé, e havia grande curiosidade, de minha parte, em conhecer as tradições fúnebres do povo indígena - na verdade muito diferentes dos hábitos europeus. Cantava-se em honra da criança não se chorava. Comia-se e bebia-se, até nos foi oferecida aguardente (o marufo) - que o Pires bebeu e eu nem sequer provei. Não era, e não é, bebida dos meus gostos.
Infelizmente, e para que aqui os pudéssemos evocar com rigor histório, a memória fez perder os pormenores essenciais do cerimonial - dele recordando, todavia ser muito inusitado para os nossos hábitos lutuosos. Cantava-se e não se chorava, dançava-se e rodopiava-se em festejo para nós surpreendente, surpreendente para para os nossos costumes! Os rituais europeus e de Portugal.

O furriel José Oliveira e o capitão Victor Correia
(e esposa), comandante da CCAÇ. 209/RI 21,
a da Fazenda do Liberato

O adeus à Fazenda do 
Liberato e mudanças 
em Vista Alegre !

O dia 25 de Outubro de 1974 foi também tempo para alterações no dispositivo militar do BCAV. 8423 - assunto que o livro «História da Unidade» considerava «por demais importante».
Assim, nele se lê, «abandonam o Subsector a CCAÇ. 209, que regressará à sede a 8 de Novembro, e a CCAÇ. 4145, a qual, a partir de Novembro, se irá instalar no Sector de Luanda».
A CCAÇ. 209 era oriunda do RI 21, de Nova Lisboa, no Huambo, e estava aquartelada na Fazenda do Liberato.  Era comandada pelo capitão Victor Correia (casado com uma senhora holandesa) e a ela pertencia (embora na altura não soubesse) o furriel José Marques de Oliveira - meu companheiro de escola, em Águeda. Natural do Caramulo. 
A CCAÇ. 4145 estava aquartelada em Vista Alegre e tinha um destacamento na Ponte do Dange.
A notícia «saiu» da reunião do Comando do Sector do Uíge (CSU), em Carmona, na qual participou o comandante Almeida e Brito e ficou a saber-se, também, que «para solver estas situações, em meados de Novembro começará a 1ª. CCAV. a tomar conta da área de Vista Alegre, mudança que só estará completamente processada» no final do mês.

Furriel Queirós, de 
Zalala, festeja 71 anos 
em Braga!

O furriel miliciano Queirós, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, está amanhã em festa, dia 26 de Outubro de 2017: comemora 71 anos.
Plácido Jorge de Oliveira Guimarães Queirós, de seu nome completo, foi foi combatente da mítica Fazenda Maria João, a de Zalala - e depois de Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona - e é natural e residente em Braga, tendo sido bravo e garboso Cavaleiro do Norte da nossa jornada africana do Uíge angolano.
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, à sua Braga natal, e trabalhou no área comercial do sector automóvel. Agora e já aposentado, passa os seus bons dias a fortalecer a comunhão familiar e em permanente confraternização com os «zalala´s».
Para ele vai o nosso abraço de parabéns!

terça-feira, 24 de outubro de 2023

7 245 - Comandante em Aldeia Viçosa! MPLA em Luanda, a UNITA e o Governo de Portugal!

Alferes milicianos Jorge Capela e João Machado, tenente-coronel Almeida e Brito e capitão miliciano José
Manuel Cruz em Aldeia Viçosa, sede da 2ª. CCAV. 8423 e naconsoada de 1974. O aquartelamento
foi visitado pelo comando e oficiais do BCAV. 8423 a 24 de Outubro de 1974. Há precisamente 49 anos!

Furriéis milicianos no Quitexe: Cândido Pires (em grande
 plano, de bigode), Belo (de óculos), Viegas e Fonseca


A quinta-feira de 24 de Outubro de 1974, há 49 anos, foi tempo de o comandante Carlos Almeida e Brito se deslocar a Aldeia Viçosa, para mais uma reunião de trabalhos com a 2ª. CCAV. 8423, lá aquartelada e comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz. Naturalmente,  para abordar a situação operacional da ZA.
Uma vez mais o comandante se fez acompanhar por oficiais da CCS e o dia, uma sexta-feira de há exactamente 47 anos, foi tempo de o MPLA se anunciar como disponível para «fazer parte de um Governo de Transição» de Angola. O presidente Agostinho Neto, segundo a notícia do Diário de Lisboa do dia, acrescentou que «a FNLA e  UNITA também vão fazer parte» desse Governo.
«Os militantes do MPLA vão passar da luta armada para a luta política», disse Agostinho Neto, acrescentando que «ao mesmo tempo se prepara para a integração num exército integrado angolano das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola» - as FAPLA, braço armado do mesmo MPLA.

Daniel Chipenda (Revolta do Leste), o jornalista
argelino Boubakar Adjali Kapiaça e Agostinho
Neto (presidente do MPLA)

MPLA em Luanda, a UNITA
de Jonas Savimbi e o Governo 
de Portugal!

O MPLA ia abrir uma sede em Luanda, mas Daniel Júlio Chipenda, líder de uma das facções do movimento, «insurgiu-se contra a assinatura do acordo de cessar-fogo entre o MPLA e os portugueses», argumentando que «o dr. Agostinho Neto não tinha o direito de falar em nome de todo o movimento» - o dito MPLA.
Daniel Chipenda falava numa conferência de imprensa
Jonas Savimbi, presidente da UNITA
 em Kinshasa e, de acordo com o «Diário de Lisboa» de há 49 anos, «avisou as autoridades portuguesas»relativamente a este acordo, que «o cessar-fogo aceite por Agostinho Neto só será respeitado pelas forças que o aceitam como chefe».
O dia foi também tempo para o governador do distrito do Moxico «garantir que não houve colaboração, da  parte da UNITA, com as autoridades portuguesas antes do 25 de Abril».
«Houve , sim, por parte das Forças Armadas e do Governo, tentativa para estabelecer negociações com aquele movimento de libertação que conduzissem a um cessar-fogo», afirmou Ferreira de Macedo, o governador do distrito do Moxico, em declarações ao jornal «A Província de Angola», explicando que as negociações com a UNITA para o cessar fogo «aconteceram depois do 25 de Abril».
A UNITA era presidida por Jonas Malheiros Savimbi e era um dos três movimentos de Libertação de Angola - com o MPLA de Agostinho Neto e a FNLA de Holden Roberto.


A primeira página do «Diário de
Luanda» de 24 de Outubro de
1975. Há 48 anos
Angola, 24/10/1975, 
a apenas 17 dias da
independência!


Um ano depois, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 já estavam em Portugal e, a escassos 17 dias da independência, Angola estava a ferro e fogo.
O MPLA controlava a maior parte do território, com as suas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA´s) em grande força operacioinal, e decretou a mobilização popular de «todos os homens entre os 18 e os 35 anos».
«Angola está sujeita a uma invasão estrangeira, a soldo do imperialismo e que se processa em várias frentes», referia o comunicado do Comissariado Político do Estado Maior das FAPLA, lido aos microfones da Emissora Oficial de Angola por José Van Dunnen, explicando também que «não se trata de enviar recrutas em instrução para a frente de combate, pois os efectivo das FAPLA são suficientes para as necessidades imediatas, mas para constituir uma força militar mais ampla, face à invasão do território».
A imprensa do dia noticiava que, na Frente Sul, «a situação mantém-se grave (...), pressionada pelas forças invasoras, constituídas por mercenários recrutados na África do Sul, pelo traidor Daniel Chipenda, e por forças regulares da-quele país». Já tinham atingido Chíbia (antiga vila General João de Almeida) e aproximavam-se de Sá da Bandeira.