CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 29 de fevereiro de 2020

4 981 - O bissexto dia 29 de Fevereiro que não houve no Quitexe de 1975

Cavaleiros do Norte do PELREC da CCS. De pé. o 1º. cabo Florindo (enfermeiro), Caixarias, 1º. cabo Pin-
to, Marcos, Florêncio, os já falecidos 1º. cabo Soares, soldados Neves e Messejana e 1º. cabo Almeida.
Em baixo, furriel Neto, Madaleno, Aurélio (Barbeiro), 1ºs. cabos Hipólito e Oliveira (transmissões), Leal
(já falecido), Francisco, furriel Viegas e 1º. cabo Vicente (já falecido). Todos, há 45 anos, preparados
para rodar do Quitexe para Carmona
Condutores da CCS: Manuel Alves, José Gomes, Manuel 
Brites, António Gonçalves e Vicente Alves. Em baixo, 
Miguel Ferreira, 1º. cabo João Monteiro (Gasolinas)
 e Delfim Serra

O ano de 1975, já lá vão 45!!!..., não foi bissexto, não teve, pois, o dia 29 de Fevereiro. Como hoje. Foi um dia a menos no nosso caminho para Carmona, depois para Luanda e para Portugal e os nossos chãos natalícios. Seria um sábado, que no caso foi 1 de Março desse ano, véspera da rotação para o BC12, unidade militar de Carmona, que ia ser extinta.
Um dia, pois e como se imagina, vivido com particular emoção pelos Cavaleiro do Norte da CCS, que faziam malas para o seu adeus á vila quitexana do norte de Angola.
A memória não falhará se aqui recordarmos a última tarde/noite do saudoso Quitexe, ja de malas feitas e em procissão pelos locais de culto da vila: o Pacheco, o Topete, o Rocha..., restaurantes e bares, um passagem pela Igreja de Santa Maria de Deus do Quitexe, talvez a  última ida à caixa postal 12 dos Correios (era um saábado), o adeus a uma terra que foi chão de 9 meses da nossa jornada africana de Angola!
A Igreja de Santa Maria de Deus do Quitexe, no dia
da visita do furriel Viegas, a 24 de Setembro de 2019

A morte do Santos,
apontador de morteiros
de Zalala!

A data, dia 29 de Fevereiro de 37 anos depois, já em 2012, está associada ao falecimento do 1º. cabo Manuel Gonçalves dos Santos,  Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala.
Manuel Gonçalves dos 
Santos, 1º. cabo apontador 
 de morteiros de Zalala
Apontador de morteiros de especialidade militar, foi vítima de um acidente, em dia indeterminado, quando a 1ª. CCAV. 84232 estava aquartelada em Vista Alegre/Ponte do Dange.
Um grupo saiu para caça e a viatura em que seguia o 1º. cabo Santos capotou, tendo ficado debaixo dela, levando tempo até que fosse retirado, pelos serviços de socorro e devido ao difícil posicionamento. Acabou evacuado para Lisboa e, já civil, fixou-se em Ega, do município de Condeixa-a-Nova, e era o associado nº. 6967 da Associação de Deficientes das Forças Armadas, o que permite concluir que terá regressado com mazelas físicas. 
Vítima de doença, faleceu na sua terra natal (Ega) a 29 de Fevereiro de 2012, há precisamente 8 anos, e hoje o recordamos com saudade. RIP!

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

4 980 - A rotação para Carmona, as eleições em Portugal!

Cavaleiros do Norte do PELREC da CCS do BCAV. 8423. De pé, os 1ºs. cabos Vicente (já falecido) e
Almeida (que faleceu há precisamente 11 anos, hoje se  passam), furriel Monteiro e 1º. cabo Vicente. Em
 baixo. Aurélio (Barbeiro), furriel Neto (que hoje festeja 68 anos) e os também já falecidos Leal e alferes Garcia
O lago (partido) do jardim do Quitexe, em frente à
administração e a 24 de Setembro de 2019


Aos dias dias 28 de Fevereiro de 1975, já lá vão 45 anos, o Quitexe acordou sem grandes alterações ao habitual das últimas semanas. Por lá jornadeavam a CCS (em vésperas de rodar para a Carmona) e a 3ª. CCAV. 8423, que a 10 de Dezembro de 1974 tinha chegado de Santa Isabel. 
O dia foi quente, tal como em Aldeia Viçosa e Vista Alegre/Ponte do Dange, por onde se aquartelavam os Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. e da 1ª. CCAV. 8423, respectivamente.
O comandante Almeida e Brito uma vez mais foi a reunião de trabalho na ZMN, em Carmona, ultimando a rotação da CCS e da 2ª. CCAV. 8423 para o BC12. 
Os serviços de ordem continuavam e levedava o entusiasmo da partida para a capital da província uíjana, para o BC12 - onde iríamos ocupar as instalações localizadas na estrada para o Songo. Confirmava-se, assim, a remodelação do dispositivo militar que se murmurava desde o princípio do ano - que indicava que o BCAV. 8423 «iria sediar-se em Carmona», dado que, conforme se lê no livro «História da Unidade», «o BC12, que desde 1961 guarnecera a capital do Uíge, iria ser extinto».


Eleições em Portugal
pata a Constituinte

O Portugal político, entretanto, preparava as primeiras eleições, para a Assembleia Constituinte, e conhecia-se o registo de mais dois partidos políticos: o Partido da Unidade Popular (PUP) e a Frente Socialistas Popular (FSP). Já se ia em 14 e até se anunciava o 15º.: o LCI (Liga Comunista Internacionalista). 
Apenas 7 viriam a eleger deputados: PS (115), PPD, actual PSD (81), PCP (30), CDS (16), MDP/CDE (5), UDP, agora integrado no Bloco de Esquerda (1) e a Associação Para a Defesa dos Interesses de Macau, a ADIM (1).
Além destes, concorreram o Movimento da Esquerda Socialista (MES), Frente Socialista Popular (FSP), Frente Eleitoral Comunista/Marxista Leninista (FEC/ML), Partido Popular Monárquico (PPM), Liga Comunista Internacionalista (LCI), Centro Democrático de Macau (CDM) e o Partido de Unidade Popular (PUP). Alguns deles rapidamente desapareceram do mapa político português.
Francisco e Ni Neto (2018)


Os 23 anos do
furriel Neto

O dia foi também o do 23º. aniversário do furriel miliciano Francisco Neto - comemorado com ementa da mão de Maria do Lázaro - a cozinheira e mulher de vida de Pacheco, dono do restaurante do mesmo nome, mesmo em frente à Casa dos Furriéis e Messe de Oficiais.
Era sexta-feira, partiríamos no domingo seguinte para Carmona  e a «comezaina» dos 23 de anos do Francisco Neto foi assim como que, também, a da nossa despedida da saudosa vila do Quitexe. Bem regada e melhor comida, já que D. Maria do Lázaro (que suponho ser de ascendência cabo-verdiana) tinha mãos de fada para a cozinha.
Mal sabia ele, ninguém sabia, que, um ano depois, precisamente, iria levar ao altar a sua Ni, namorada do tempo e mulher de toda a sua vida! Parabéns!


J. Almeida
em 1974/75
O furriel Viegas e a viúva
de Joaquim Almeida (2018)

A morte do 1º cabo
Joaquim Almeida !

O 1º. cabo Joaquim Figueiredo de Almeida, atirador de Cavalaria do PELREC da CCS, faleceu, de doença, a 28 de Fevereiro de 2009. Há 11 anos.
Natural de Pedrogão de S. Pedro, freguesia do município de Penamacor, lá voltou no dia 8 de Setembro de 1975, quando terminou a sua (e nossa) comissão militar por terras do norte de Angola. Esteve emigrado em França, antes e depois do serviço militar, e, já regressado à casa natal. foi vítima de doença cancerosa, aos 58 anos, feitos dois meses antes - nascido a 5 de Dezembro de 1950.
Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!  

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

4 979 - Os últimos aspectos a rendição do BC12 de Carmona

Quitexe, a 24 de Setembro de 2019. A secretaria da CCS e casa dos furriéis (telhado avermelhado escuro,
frente ao segundo e terceiro candeeiros, do lado direito). messe de oficiais (telhado cinzento e em bico)
e, mas ao fundo, a messe e bar de sargentos

O tenente João Mora, à esquerda e os furriéis milicianos
Neto e Viegas, na avenida do Quitexe (em 1974)


O tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, oficial de Cavalaria e comandante do BCAV. 8423,  voltou a Carmona e à Zona Militar Norte (ZMN) no dia 27 de Fevereiro de 1975, uma vez mais para «ultimar os aspectos da rendição do BC12». Tal qual, de resto, acontecera a 19, 20, 25 e 26 (quando, de vez, foi definida a rotação) e depois, a 28.
Os Cavaleiros do Norte da CCS, no Quitexe aquartelada desde o dia 6 de Junho de 1974, seriam os primeiros a rodar, seria a 2 de Março, e em Aldeia Viçosa, os companheiros da 2ª. CCAV. 8423 também preparavam malas para a rotação.
O Uíge, por esse tempo, estava minimamente sereno mas era tensa a situação em outros pontos de Angola. Já nem falando de Luanda, onde incidemntes eram ´pao-nosso-de-cada-dia», no Lobito registaram-se incidentes por causa da greve dos trabalhadores do porto, aparentemente fomentada pela UNITA - segundo a acusação do MPLA, que atribuiu ao movimento de Jonas Savimbi «a manobra divisionista destinada a criar o caos».
«Quem está interessado em fomentar as greves»?, questionava, por sua vez, o movimento de Agostinho Neto, apelando para «a vigilância dos trabalhadores contra as manipulações dos inimigos do povo».
Tenente SGE João
Elóy Mora (1974)

Tenente João Eloy Mora
apresentou-se no RC4

O então alferes e futuro tenente Mora, do SGE, apresentou-se no RC4, em Santa Margarida, às 22,30 horas de 27 de Fevereiro de 1974, «por ter sido nomeado para servir no Ultramar, fazendo parte do BCAV. 8423 como adjunto da CCS».
João Eloy Borges da Cunha Mora, era este o seu nome completo, rodava dos Serviços Centrais do Exército, em Lisboa, e imortalizou-se na guarnição do Quitexe como o tenente Palinhas, assim carinhosamente tratado por sempre «exigir» que se lhe batesse a pala, em continência. Não o fizessem os subalternos, fá-lo-ia ele, dando o exemplo. Era natural do Pombal, onde nasceu a 30 de Junho de 1926. Faleceu a 21 de Abril de 1993, aos 67 anos, em Lisboa e de doença. Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!
Os furriéis milicianos José
A. Nascimento, José Lino e
Plácido Jorge Queirós

Furriel Nascimento

no BCAV. 8423!

O furriel miliciano Nascimento, vagomestre da 1ª. CCAV. 8423, apresentou-se no RC4 a 27 de Fevereiro de 1974, já lá vão 46 anos.
José António Moreira do Nascimento rodava do Regimento de Infantaria nº. 15 (RI 15), em Tomar, apresentando-se às 11 horas de noite no campo Militar de Santa Margarida e a caminho do seu destino angolano: a mítica Fazenda de Zalala. Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975,  à sua cidade do Porto natal, freguesia de Campanhã, e, actualmente e desde há muitos anos, está emigrado nos Estados Unidos.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

4 978 - O dia de se saber da rotação do BCAV. para Carmona !

Quitexe, a 24 de Setembro de 2019. O furriel Viegas, do PELREC da CCS do BCAV. 8423, em frente
ao que resta da casa do comandante Almeida e Brito, mais de 44 anos depois da saída dos Cavaleiros
do Norte da vila quitexana
Aldeia Viçosa, a 24 de Setembro de 2019.  Ao fundo, a
 capela; à direita, parte das instalações da 2ª. CCAV. 8423


Aos dias 26 de Fevereiro de 1975, há 45 anos e finalmente, a reunião da Zona Militar Norte (ZMN)  definiu que os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 iam rodar para Carmona e para o (em extinção) BC12. Agora, e então, como sublinha o livro «História da Unidade», «com a pressa de uma rápida e imediata mudança» - o que se viria a concretizar no dia 2 de Março seguinte.
A mudança, ainda segundo o livro «HdU», foi do «agrado geral para a maioria dos militares», mas, contudo, frisava também, «traz ao BCAV. a responsabilidade de uma zona de intensa politização dos movimentos emancipalistas, o que, forçosamente, virá a trazer-nos responsabilidades, honrosas por um lado, mas extremamente difíceis e complexas, por outro».
Mal nós imaginávamos, ao tempo, o que nos esperava na capital do Uíge - nomeadamente nos trágicos primeiros seis dias de Junho desse mesmo ano de 1975.
A Rua do Comércio, em Carmona, a actual cidade
 do Uíge. Imagem de 25 de Setembro de 2019, quando
por lá passou o furriel Viegas 

A cidade de Carmona
no dias do BCAV. 8423

A cidade de Carmona já nós conhecíamos muito bem - das muitas vezes que para lá tínhamos viajado, a troco das mais vulgares razões e atraídos pelos prazeres da vida, do desejo e da idade. 
Carmona era, para a maioria generalizada de todos nós, a primeira cidade que melhor conhecíamos. Quase todos, éramos gente da província do Portugal de 1973 e 1974.
A notícia da rodagem para a capital do Uíge, já mais ou menos esperada, foi recebida com tranquilidade - embora também com expectativa -, e os poucos dias que nos separavam da partida (2 de Março) foram vividos a preparar a saída, embrulhando malas e fazendo despedidas.
Pelo Quitexe, ainda iria ficar a 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes. Lá chegara, a 10 de Dezembro de 1974, deixando de vez a mítica fazenda uíjana, militarmente ocupada desde 1961 - ano do começo da guerra colonial.
O furriel Bento e o sapador
Albino Dias: dois regressos
em 2019, 44 anos depois!
A. Dias em
1974/1975

O adeus a Angola
do sapador Albino !

O soldado sapador Albino, da CCS, regressou a Portugal no dia 26 de Fevereiro de 1975, por razões de doença.
Albino Marques Dias, agora já aposentado da Câmara Municipal, é natural da freguesia de Loureiro, município de Oliveira de Azeméis, e sofria (e sofre) de epilepsia, doença que implicou o seu internamento em Angola e posterior evacuação para Lisboa.
Voltou ao convívio dos Cavaleiros do Norte da CCS 44 anos depois, no encontro de 2019 e em Penafiel, durante o qual se emocionou e do qual regressou felicíssimo à sua terra natal da oliveirense Loureiro.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

4 977 - Rodar para Luanda ou Carmona, o destino do BCAV. 8423!

A entrada  da vila do Quitexe, do lado de Luanda e na Estrada do Café, vendo-se a placa rodoviária,
o furriel Viegas e o condutor Nogueira, do Liberato (de costas), a 24 de Setembro de 2019. Quem não
se lembra das palmeiras e dos cheiros da terra angolana do Uíge? 
Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala:
Manuel Barroso e Alberto Pimenta, que faleceu a 7
de Janeiro de 2020, de doença. RIP!

O dia 25 de Fevereiro de 1974 foi tempo de mais uma reunião do comandante do BCAV. 8423, em Carmona e na Zona Militar Norte (ZMN), para definir o futuro próximo dos Cavaleiros do Norte.
O tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, ofiial de Cavalaria, fazia-se acompanhar, neste tipo de encontros de trabalho, pelo capitão José Paulo Falcão, oficial adjunto e de operações, também da Arma de Cavalaria, e neste dia de há 45 anos ainda subsistia a dúvida: ia o BCAV. 8433 para Luanda, onde o comando da Região Militar de Angola (RMA) o desejava para «responsabilidades operacionais», ou, pelo contrário, rodaria para a cidade de Carmona onde se ia extinguir o Batalhão de Caçadores nº. 12 (BC12)?
O diabo que escolhesse. E «escolheu» rodarmos para Carmona, ficando o imenso Uíge sob total responsabilidade militar, operacional, dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
Um ano antes, tinha sido a apresentação, no campo Militar de Santa Margarida e no RC4, de Ângelo Simões Teixeira, soldado de transmissões e «por ter sido nomeado para servir no ultramar e com destino à 3ª. CCAV. 8423/74».
Rodava do Regimento de Infantaria 1 (RI1), na Carregueira, e viria a ser um dos Cavaleiros do Norte da Fazenda Santa Isabel.
Ângelo Teixeira
em 2019
Ângelo Teixeira
em 1974/1975

A (não) demissão no 
Governo de Angola

A 25 de Fevereiro de 1975, o Diário de Lisboa dava conta que Cornélio Caley, Secretário de Estado do Trabalho de Angola, por parte do MPLA, iria ser «demitido por se ter descoberto que mantinha relações secretas com a UNITA».
A Casa de Angola em Lisboa, porém, enviou um desmentido ao jornal, informando que «por motivos de saúde, pediu a sua demissão do cargo, no qual será substituído pelo camarada Aires de Almeida Machado».
«Este facto foi distorcido por algumas agências noticiosas, resultando daí uma notícia cujo conteúdo é falso», inserindo-se, sublinhava, «numa campanha mais ampla, movida pelo imperialismo e demais forças reaccionárias, no sentido de denegrir a imagem nacional e internacional do MPLA, que, no prosseguimento da sua linha de acção, continua a ser o inimigo número um do imperialismo internacional e seus agentes internos».
A Casa de Angola acrescentava que «o maior desmentido material a tal notícia situa-se no facto de o camarada Cornélio Caley ter dado e continuar a dar, desde a sua filiação no MPLA, as mais abnegadas provas de militância revolucionária no seio da organização».
Alberto Pimenta em Zalala (1974)
Alberto Pimenta,
o Barbas (2019)


Pimenta, o Barbas de 
Zalala, faria hoje 68 anos!

O atirador de Cavalaria Alberto Pimenta faria 28 anos no dia 25 de Fevereiro de 2020. Faleceu a 7 de Janeiro deste mesmo 2020! 
Alberto Abel Alves Pimenta é do Mindelo, em Vila do Conde, e lá voltou a 9 de Setembro de 1975. Por Angola, e ainda em Zalala, começou a deixar crescer a barba, que nunca mais cortou e ficou a sua imagem de marca. Trabalhou como mecânico profissional (e empresário deste sector) e foi participante sempre activo dos encontros de confraternização dos Cavaleiros do Norte de Zalala! Vivia na Estrada Nova, na Póvoa do Varzim e hoje o recordamos com saudade! RIP!!!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

4 976 - Rotação para Carmona dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423!

O furriel miliciano Viegas, Cavaleiro do Norte do PELREC da CCS do BCAV. 8423, e o condutor
Nogueira da Costa, da BCAÇ. 209/RI 21, da Fazenda do Liberato a caminho do Quitexe e de Carmona, a
24 de Setembro de 2019, no Cacuaco, Estrada do Café

Cavaleiros do Norte no Quitexe, em Dezembro de 1974 - todos
furriéis milicianos. Atrás, João Cardoso, José Fernando
 Carvalho, Francisco Bento, Luís Costa (?, dos Morteiros) e 
António Fernandes. À frente, Nelson Rocha, Viegas, Norberto
 Morais, José Pires, José Carlos Fonseca e António Flora. 
Mais à frente e de boina na mão, Delmiro Ribeiro

Aos dias 24 de Fevereiro de 1975, há 4 anos, levedava pelo uíjano Quitexe a expectativa dos Cavaleiros do Norte da CCS sobre a eventual rotação para Carmona (actual cidade do Uíge).
Valha a verdade, era cada vez maior, nas não nos chegavam notícias definitivas - sabendo-se, porém, que já era seguro que não iríamos para Luanda (onde nos desejava a Região Militar de Angola), mas para o BC12, em Carmona.
A esse tempo, a FNLA comprometeu-se a libertar um dirigente do MPLA, detido no decorrer dos incidentes na cidade de Dalatando, assim como, segundo o Diário de Lisboa, «a levantar os controlos do acesso a Dalatando». 
Dalatando (ou a Salazar do tempo colonial) era uma cidade relativamente perto do Quitexe e um dos destinos dos passeios militares que ao tempo de realizavam, nomeadamente ao fim de semana. Assim como a Malange, Cacuso e às Quedas do Duque de Bragança. Ficava a uns 200 quilómetros, distância que, em termos de Angola e em estradas de asfalto, como era o caso, era como ir ali e vir.
O casal Cruz: o alferes miliciano e a médica
Margarida, com o filho Ricardo, no Natal de
1974 e no Quitexe angolano



Alferes António Cruz
em Santa Margarida !

Um ano antes e no Campo Militar de Santa Margarida, apresentou-se o futuro alferes miliciano António Albano Cruz, num tempo em que Cavaleiros do Norte atiradores de Cavalaria gozavam férias, depois da instrução especial da Escola de Recrutas, no Destacamento do RC4, em Santa Margarida.
António Albano de Araújo Sousa Cruz rodava da Companhia Divisionária de Manutenção de Material (CDMM), aquartelada no Entroncamento, e viria a ser o comando do Parque-Auto do BCAV. 8423, que tantos e tão bons serviços viria a desempenhar na nossa jornada africana do Uíge Angolano.
Por curiosidade, registe-se que se apresentou às 19 horas e, em Angola se fez acompanhar da esposa, a dra. Margarida Cruz (médica), e do filho Ricardo.
Balha Ferreira

Balha de Aldeia Viçosa,
68 anos em Coruche !

O 1º. cabo Fernando Balha Ferreira, da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, festeja 68 anos a 24 de Fevereiro de 2020.
Cavaleiro do Norte atirador de Cavalaria de especialidade militar, regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar angolana, e fixou-se no lugar de Cabecinhas, freguesia de Lamarosa, em Coruche. Sabemos que ainda por lá vive, agora na Salgueira, e para ele vai o nosso abraço de parabéns!

domingo, 23 de fevereiro de 2020

4 975 - Atiradores de férias e apontadores de morteiros no RC4!

A Administração Concelhia (Câmara Municipal) do Quitexe, um edifício do tempo colonial que se encontra
muito bem conservado. No jardim da vila e em imagem de 24 de Setembro de 2019 
Alferes milicianos Jaime Ribeiro, Augusto Rodrigues
 e José Alberto Almeida na messe de oficias do Quitexe

A 23 de Fevereiro de 1974, um sábado para domingo de há 46 anos, apresentaram-se no RC4 vários militares para as várias companhias operacionais dos futuros Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423. 
Os atiradores de Cavalaria tinham ido de férias, tinham acabado a escola de recrutas no Destacamento do Regimento de Cavalaria nº. 4 (RC4) e pela Mata do Soares fora, e começavam a chegar outros mobilizados para as terras africanas de Angola - os especialistas.  
Os que há 46 anos se apresentaram, todos já depois das 11 horas da noite, rodavam do Regimento de Infantaria 11 (RI 11), de Setúbal, por «terem sido nomeados para servir o ultramar, com destino ao BCAV. 8423».
Os capitães José Paulo Fernandes e
José  Manuel Cruz com o comandante
 Bundula, da FNLA

Apontadores de morteiros
para 3 Companhias

No caso, eram todos apontadores de morteiros e para as seguintes companhias operacionais:
- 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, comandada pelo capitão miliciano Davide Castro Dias: Manuel de Almeida Novo (1º. cabo, que era natural de Calde, em Viseu), José António Tavares de Sousa (de Pedras Novas, em Leça da Palmeira, Matosinhos) e Manuel Joaquim Vilaça da Silva (da Barroca, em Ouriz, Vila Nova de Famalicão).
- 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz: Adelino Augusto Ferreira do Couto (de Lousada, em Vila Nova de Famalicão) e António Manuel Magalhães Macedo (de Cimo de Vila, em Penafiel).
- 3ª. CCAV. 8423, a  de Santa Isabel, comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes: José Agostinho da Silva Ferreira (1º. cabo, de Vila Chã, freguesia de Santo Estevão de Briteiros,  em Guimarães), Fernando da Silva Oliveira (de Sub-Estrada, em Nespereira, também Guimarães) e António Moreira de Carvalho (de Teixogueira, freguesia de Milagres, em Leiria).
O monumento que evoca os mortos de Odivelas
 na guerra colonial. Entre eles, sublinhado, o Cava-
leiro do Norte Joaquim Manuel Duarte Henri-
ques, da 1ª. CCAV. 8432, a de Zalala 

Morte de Henriques,
Cavaleiro de Zalala

A véspera registara a apresentação, às 19 horas, do soldado Joaquim Manuel Duarte Henriques «por ter terminado a pena que lhe foi imposta». Era atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, e viria a falecer em Angola, vítima de doença, a 21 de Setembro de 1974.
Doente em Zalala, foi então evacuado para a enfermaria do Quitexe e terá passado pelo Negage, antes de ser evacuado para o Hospital Militar de Luanda - onde faleceu. 
O corpo foi trasladado para o cemitério de Odivelas e o seu nome está em memória no monumento. Era filho de João Pedro Henriques e Delfina da Conceição Duarte. RIP!!!
Notícia do Diário de Lisboa de 24/02/1975

Mais mortos
em Angola

Um ano depois, o 23 de Fevereiro de 1975 também foi um  domingo e dia de, ao fim da tarde, «novos incidentes em N´Dalatando (antiga Salazar)». Não tão longe, assim, do «nosso» Quitexe.
«Elementos do MPLA cercaram a Delegação da FNLA, gritando slogans como «Abaixo a FNLA imperialista!» e disparando contra os membros da FNLA», relatava o Diário de Lisboa de 24 de Fevereiro, registando «a morte de dois civis, um negro e um branco, e dois feridos».
Nova Lisboa também foi palco de novos combates entre elementos da Facção Chipenda e o MPLA, com um morto. O MPLA e a FNLA, em comunicados separados, condenaram os incidentes e as Forças Armadas Portuguesas anunciaram «medidas firmes para evitar a repetição dos incidentes».


sábado, 22 de fevereiro de 2020

4 974 - O último dia, há 46 anos, da Escola de Recrutas do BCAV. 8423


Carlos Letras (2ª. CCAV.), José Louro e Vitor Costa (1ª) e João Brejo (2ª.) no bar de
 sargentos do RC4, há 46 anos, em tempo de recruta dos Cavaleiros do Norte,
os futuros Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423
Manuel Pinto, da 1ª. CCAV., e Grenha Lopes, da
 2ª. CCAV.,dois futuros furriéis milicianos do
  BCAV. 8423, há 46 anos, no Campo Militar
de Santa Margarida

O Campo Militar de Santa Margarida
Os exercícios finais da Escola de Recrutas (ER) do Batalhão de Cavalaria 8423 terminaram a 22 de Fevereiro de 1974, há 46 anos e com destino já marcado para Angola.
O tempo, quase não parecendo, voou rápido e a juventude e sonhos dos nossos 21 para 22 anos de então voaram sem parar: somos agora (mais que) sexagenários, já caminho dos muito próximo 70 anos, com as dores e impertinências da idade e com alguns de nós já idos para o além! 
A Escola de Recrutas dividiu-se entre o Destacamento do RC4, onde se aquartelavam os praças, e a Mata do Soares, galgando-se pelas fronteiras de Malpique, Portela  e Vale do Mestre, S. Miguel de Rio Torto (já de Abrantes). Por lá andámos e por lá ajudámos a formar os jovens mancebos que, como nós, já estavam mobilizados para Angola.
O Batalhão de Cavalaria 8423 «completou, deste modo, a primeira parte da sua instrução, a chamada instrução operacional», lê-se no Livro da Unidade.

Daniel Chipenda e Mário P. Andrade

Revolta do Leste 
integrada na FNLA

Um ano depois e no Quitexe uijano, fazíamos vésperas da rotação para Carmona e num tempo em que Daniel Chipenda anunciou, em Kinshasa, que os homens da (sua» facção, a Revolta do Leste, se iriam agrupar na FNLA. Seriam 3000, armados, que continuavam sob ordens dos seus oficiais, mas passavam, todavia, a estar «sob o alto-comando do Estado-Maior General da FNLA».
O MPLA (que oficialmente tinha expulso Chipenda) reagiu com um comunicado, dando conta que «renderam-se ao Estado Maior da Frente Leste, no passado dia 16, os comandantes Luehele, Katchukuchucu, Ácido e Muhongo Nabanca, que até sta data se encontravam integrados nas tropas imperialistas de Daniel Chipenda»
As rendições teriam ocorrido na área de Cazombo e sucediam-se, dizia o comunicado do MPLA, às de outros comandantes da Facção Chipenda: Mafuta, Cow-Boy, Pela Virianga e Bala Direita (em Janeiro).
Aurélio em 2019
Aurélio em
1974/75

Aurélio, o Barbeiro, 68 
anos em Ferreira do Zêzere !

Aurélio da Conceição Godinho Júnior foi Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423 mas por lá foi imortalizado como o... Barbeiro. Ainda hoje! Festeja 68 anos a 23 de Fevereiro de 2020!
Atirador de Cavalaria do PELREC, fazia barbas e cabelos aos combatentes da CCS, sem alguma vez se furtar a qualquer operação, escolta ou patrulhamento que lhe coubessem (e couberam muitos).
Regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, à sua aldeia do Telheiro, freguesia de Pias, em Ferreira do Zêzere, onde é empresário do sector dos electrodomésticos e instalações comerciais e industriais.
Para lá e para ele, daqui vai o nosso abraço de parabéns!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

4 973 - A quase obsessiva expectativa de sair do Quitexe para Carmona

O Bar do Rocha, na entrada do Quitexe, em plena Estrada do Café, que liga Luanda a Carmona, actual
 cidade do Uíge. A casa da direita, a verde, é a do antigo e emblemático Bar do Rocha, de tantas
recordações dos Cavaleiros do Norte. É agora uma das três farmácias da vila uíjana
O furriel Viegas, ladeado pelos 1ºs. cabos António Pais, à
 esquerda, e Emanuel Santos, no bar do Rocha, a ma-

riscar e a cervejar. Bons tempos, os de 1974/1975!


Os dias deste tempo de Fevereiro de 1975, há 45 anos, iam passando, e nós a riscá-los do calendário, expectando-se o que seria a nossa vida na cidade. Para onde acabaríamos por ir a 2 de Março seguinte. Embora, por esta data desse ano, ainda tal não se soubesse.
Não era despiciendo, mesmo nada desdenhável,  tal ponderar por parte dos expectantes Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423. A maioria de nós era gente rural, sem hábitos urbanos, como seria viver numa cidade? E naqueles circunstâncias tão particulares? Não seria nada de especial, como se veio a ver.
Era assim, nesta quase obsessiva expectativa que, por estes dias de há 45 anos, já muitos de nós acomodávamos as malas e, nas fugidas à cidade,  procurávamos conhecer o BC12. Por lá já passarinháramos antes, em desenfianços mais ou menos «legais», procurando os prazeres do corpo e da alma. Ir para a cidade, seria bom! E era mais um passo na viagem do regresso a Portugal e às nossas casas.
Pelo Quitexe, como se vê na imagem, passavam-se bons dias, abancando ora no Pacheco, ora no Topete, ora no Rocha. Vida boa, sem preocupações operacionais e riscando dias do calendário. 

Os presidente Holden
Roberto, Agostinho Neto
e Jonas Savimbi

Revoltas Activa e do Leste,
as dissidências do MPLA !

A FNLA e a UNITA, por este altura e em Luanda, asssaz curiosamente, lançaram um apelo à Facção Chipenda, da Revolta do Leste, no sentido de «abandonar a sua existência como grupo armado, para se integrar num dos três movimentos». O outro era o MPLA, de que Daniel Chipenda era dissidente. 
O MPLA, recordemos, chegou a estar dividido em três facções praticamente autónomas:  a Revolta Activa, liderada por Mário de Andrade, e a Revolta do Leste, liderada por Daniel Chipenda, ambas opostas a Agostinho Neto, que na prática ara p líder  a Ala Presidencial, fiel a Agostinho Neto. Dupla cisão foi superada em 1974, por uma conferência de unificação realizada na Zâmbia, mas levou à expulsão ou saída espontânea de uma série de elementos, e deixou profundas marcas. Como as que Chipenda expunha há 45 anos.
Na mesma data, os mesmos FNLA e UNITA, em comunicado conjunto, exigiam a demissão do governador de Moçâmedes, acusando-o de «demasiado parcialismo, a favor do MPLA, em detrimento dos outros movimentos de libertação», para além de «incapacidade manifestada para manter a ordem a paz na área do distrito».
Abílio Delgado

Delgado de Aldeia Viçosa,
faleceu há 10 anos !

O 1º. cabo Delgado, 1º. cabo atirador de Cavalaria da 2ª. CCAV. 8423, faleceu há 10 anos, vítima de doença.
Abílio da Fonseca Delgado, de seu nome completo, foi bravo Cavaleiro do Norte de Aldeia Viçosa e regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975 e à sua casa natal do Casal da Charneca, lugar da freguesia de Évora, no concelho de Alcobaça.
Foi empresário do sector da cunicultura e, pai de três filhas, ali faleceu, vítima de uma fatal embolia cerebral e a 22 de Fevereiro de 2010. Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

4 972 - A família dos futuros Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423!


O edifício do Quitexe, a azul, onde funcionou a enfermaria dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, agora
ocupado pela Polícia Nacional (PN) de Angola, assim como o edifício ao lado - a casa que era da Família
Rei. Imagem de 24 de Setembro de 2019, com o furriel Viegas
O comandante Caros Almeida e Brito e o capitão José
Paulo Falcão no encontro de Águeda, em 1995.
Ambos já falecidos. RIP! RIP!


O comandante Carlos Almeida e Brito, acompanhado do capitão José Paulo Falcão (oficial adjunto), voltou a Carmona a 20 de Fevereiro de 1975, há 45 anos, no âmbito das «reuniões de trabalho na ZMN». Lá estivera na véspera e lá voltou a 25, a 26, a 27 e a 28 do mesmo mês.
O murmúrio sobre a nossa rotação para a capital do Uíge era cada vez maior,  muito disso se falava por esse tempo, mas só a 26 se tornou oficial. 
O comandante Almeida e Brito, em Carmona, analisava, com as chefias da Zona Militar Norte (ZMN), a provável rodagem para o BC12, que estava em processo de extinção e viria a ser, meio ano depois (Agosto), a última guarnição portuguesa  no norte angolano - de onde saíram a 4 de Agosto para a épica coluna para Luanda.
Os futuros furriéis milicianos Queirós e
Costa em Santa Margarida, há 45 anos!

A Escola de Recrutas
em Santa Margarida!

Um ano antes, na Mata do Soares, arredores do Campo Militar de Santa Margarida, os futuros Cavaleiros do Norte continuavam os exercícios finais da Escola de Recrutas, com os futuros atiradores de cavalaria. Tinha começado a 18 (uma segunda-feira) e terminariam a 22 de Fevereiro (sexta). 
«Completou deste modo, o Batalhão de Cavalaria, a primeira parte da sua instrução, a chamada instrução especial», relata o livro «História da Unidade». 
Os especialistas só começaram a chegar a 4 de Março, completando os efectivos do Batalhão». Por especialistas, entendam-se escriturários, enfermeiros, sapadores, mecânicos (de viaturas e de armas), rádio-telegrafistas, condutores, cozinheiros e outros.
Formava-se, como ainda ontem aqui falávamos, a família dos futuros Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423!
António Clara Pereira, Francisco António
 e António Simões no encontro de 2017

Pereira da CCS
faleceu há 2 anos!

O soldado-mecânico António Clara Pereira, do parque-auto da CCS do BCAV. 8423, faleceu há 2 anos, vítima de doença.
Cavaleiro do Norte do Quitexe, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, à sua casa da Carregueira, freguesia do município de Mação. Trabalhou muitos anos na exploração de petróleos e participou no encontro de 2017, no RC4, em Santa Margarida.
Um tumor no fígado roubou-lhe a vida a 21 de Fevereiro de 2018, aos (quase) 66 anos - nascido que foi a 18 de Agosto de 1952. Hoje o recordamos com saudade. RIP!