CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

6 934 - Patrulhamentos na Estrada do Café! Apoio aos povos e às diversas fazendas!

O que, a 24 de Setembro de 2019, restava do edifício do Comando do BCAV. 8423, no Quitexe, quando
por lá passou o furriel Viegas, do PELREC da CCS. Ao fundo e à esquerda, a Igreja de Santa Maria de Deus

O 1º. cabo Rodolfo Tomás na saída da
da cidade de Carmona para o Quitexe

A actividade operacional das subunidades dos Cavaleiros Norte do BCAV. 8423, em Setembro de 1974, há 48 anos, «manteve o ritmo e a orientação do mês anterior, dentro do contexto das determinantes superiores, sendo permanentes os patrulhamentos na ZA, nomeadamente nos pontos críticos em redor dos centros urbanos e dos aquartelamentos», lê-se no livro «História da Unidade».
O apoio dos Cavaleiros do Norte era ampliado «aos povos apresentados e às diversas fazendas». Por outro lado, e de novo citamos o LdU, «mereceu também a maior atenção a garantia da liberdade de trânsito em todos os itinerários», com maior incidência para a ligação do Quitexe a Carmona.
O facto (garantir a liberdade de tráfego a toda a gente que  circulava nas terras uíjanas) exigiu o aumento do número de patrulhamentos e, por consequência, o desgaste de pessoal e viaturas. 
Os patrulhamentos não só aumentaram como «variaram no tempo e no espaço» - com execução, por exemplo, de operações stop, para «efectivar o controlo dos passageiros e mercadorias em trânsito, destas nomeadamente armamento e munições».
Estas operações stop causaram alguns a amargos de boca aos Cavaleiros do Norte dela incumbidas. Recordamos uma, na qual um motorista de longo curso, com um carregamento de sacos de café (de muitas toneladas), recusou identificar-se e nos ameaçou de arma. Levava uma série de armas e munições, dentro de caixotes escondidos no carregamento. Ele lá sabia porque não queria ser identificado e que a carga não fosse fiscalizada.

Alferes António
Albano Cruz
Alferes António Cruz, 77
anos em Santo Tirso !

O alferes miliciano António Albano de Araújo Sousa Cruz, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, festeja 77 anos a 24 de Setembro de 2022, amanhã e em Palmeira, município de Santo Tirso.
Engenheiro de formação académica e mecânico-auto de especialidade militar, o alferes miliciano Cruz foi um excelente companheiro da jornada africana do norte de Angola, por terras do Uíge, e oficial competente e sempre solidário com os Cavaleiros do Norte da CCS e todas as subunidades do BCAV. 8423.
Notabilizou-se de tal modo que o pelotão que proficientemente por lá comandou foi louvado pelo Comando do Batalhão, atestando-o como «equipa de trabalho, com espírito de entreajuda e sacrifício, procurando tirar o maior rendimento do seu labor», conforme se lê na Ordem de Serviço 181 do BCAV. 8423.
A esposa era a dra. Margarida Cruz, médica e que por lá foi professora primária e pais do Ricardo, o bebé «mascote» do batalhão. Agora, aposentado, pai e avô babado, mora em Santo Tirso, a sua terra natal, para onde vai o nosso abraço de parabéns!
Furriel Américo J.
da Silva Rodrigues

Rodrigues, furriel de Zalala,

faria 70 anos em Famalicão!

O furriel miliciano Américo Joaquim da Silva Rodrigues, Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, faria 70 anos a 24 de Setembro de 2022. Faleceu, de doença, a 30 de Agosto de 2018! Há 4 anos!
Cavaleiro do Norte de Zalala e depois de Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona, foi atirador de Cavalaria de especialidade militar e  louvado pela «maneira eficiente e dedicada como desempenhou as funções de vagomestre», funções fora da sua especialidade mas «para as quais houve que ser nomeado», sendo, como se sabe, «uma missão espinhosa», a de alimentar homens em frentes de combate.
«Apreciado pela colaboração prestada aos seus superiores, nõ é menos verdade que de igual modo viu os seus serviços sempre desejados e compreendidos pelos seus subordinados», lê-se no louvor oficial, publicado na Ordem de Serviço nº. 165.
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, fixando-se em Vila Nova de Famalicão, a sua terra natal. Foi sempre um dos grandes animadores dos encontros do BCAV. 8423 e colaborador deste blogue de memórias da nossa jornada africana do Uíge angolano.
Hoje o recordamos com saudade e emoção. RIP!!!


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