CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

7 310 - Movimentos de libertação mais urbanos e refugiados catangueses em Angola!

 Combatentes e militantes da FNLA e do MPLA em Vista Alegre, ainda no tempo do aquartelamento local da 1ª. CCAV. 8423 dos Cavaleiros do Norte


Convívio de civis com militares, na messe de sargentos do Quitexe. Vêem-se, à direita,
o sr. Dias e o 1º. Aires. Todos os outros são furriéis miicianos na noite de passagem
de 1974 para 1975: Ribeiro (com a garrafa na mão), António Lopes (de óculos e cigarro
na mão), Viegas, Bento (bigode) e Flora. Depois, Rocha (de bigode), Carvalho (bigode
e boina), Grenha Lopes e Luís Capitão. Em baixo, o furriel Armindo Reino


O Governo Provisório de Angola, há 49 anos, «refuta(ou) energicamente as acusações feitas em Kinshasa (...) sobre o caso dos 2000 refugiados catangueses que desde 1963 se encontram em Angola e recusaram regressar ao Zaire, apesar da amnistia concedida pelo presidente Mobutu».
Os ditos refugiados estavam maioritariamente «instalados no distrito da Lunda, constituíram família, vivendo ordeiramente», segundo relatava o «Diário de Lisboa», citando um comunicado do Governo Provisório, acrescentando que «foi livremente que tomaram a decisão de não voltar ao Zaire e preferindo continuar a trabalhar em Angola».
Estes acontecimentos chegavam ao Uíge - ao Quitexe, a Aldeia Viçosa, a Vista Alegre e a Ponte do Dange? Não chegavam oficialmente e deles (e de outros) apenas tínhamos conhecimento através da imprensa, em particular pelo jornal «A Província de Angola», diário que se publicava em Luanda - o actual «Jornal de Angola» -, que regularmente chegava ao Quitexe.
Notícia do «Diário de Lisboa»
de há 49 anos e sobre Angola

Reserva latente entre os
movimentos de libertação! 

Os movimentos de libertação, com mais ou menos facilidade, continuavam, entretanto, a sua instalação no território, nalguns casos ocupando antigas instalações militares dos portugueses, noutros criando delegações políticas - que acabavam por ser mini-aquartelamentos, bem o sabíamos. 
«Abandonados que foram alguns locais, começou a verificar-se uma aproximação dos movimentos, nomeadamente aos povos já há tempo fixados, na sua maioria com incidência da FNLA, mas também, em alguns casos, do MPLA», lê-se no Livro da Unidade.
«Adivinha-se uma reserva latente entre os dois movimentos, já que na área predomina a FNLA. No entanto, não se tem verificado actos que possam preocupar as suas actividades», sublinha(va) o LU, acrescentando que tais actividades «começaram também a entrar junto das populações europeias, que continuam pensando com reservas sobre o seu futuro, mas aceitando de bom grado, pelo menos aparente, a presença efectiva daqueles movimentos». Da UNITA, nem se falava. 

O 1º. cabo Gabriel em Angola (1974)


Gabriel, 1º. cabo sapador
da CCS, festeja 71 anos
na Covilhã!

O 1º. cabo Gabriel Alves Mendes, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, festeja 71 anos a 29 de Dezembro de 2022. Hoje mesmo e na Covilhã.
Sapador de especialidade militar, integrou o pelotão do alferes miliciano Jaime Ribeiro e serviu também no balcão do bar/cantina dos praças, na avenida do Quitexe - onde se popularizou. Regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 - à sua terra natal de Cortes do Meio, em plena Serra da Estrela e no município da Covilhã.
Já tinha estado (antes da tropa) e continuou muitos anos emigrado em França e, agora já aposentado, voltou aos bons ares natais, tendo, em 2021, «estreado» a sua participação no encontro da CCS de Braga. Já em 2022 foi, com Francisco Madaleno, dos organizadores do encontro da Covilhã.
Os nossos parabéns, embrulhados num grande abraço!

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