CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

3 226 - Comício da FNLA, há 41 anos, em Vista Alegre

Zalala, 7 furriéis milicianos: Jorge Barreto, Plácido Queirós e Vitor Costa (de 
pé), Américo Rodrigues, José Louro, Jorge Barata (falecido  a 11 de  Outubro 
de 1997) e Manuel Dias (falecido a 20 de Outubro de 2011)

Vista Alegre, tal qual os Cavaleiros do Norte 
a conheceram há 41 anos. A  26 de Novembro de 
1974, a FNLA realizou um comício de mentalização 
das populações. Em baixo, foto de 2012 - de José 
Manuel Voigt

Os Cavaleiros do Norte de Zalala concluíram a rotação para Vista Alegre e Ponte do Dange a 25 e a 26 de Novembro de 1974 realizou-se lá (em VA) «um comício de mentalização das populações», organizado pela FNLA e, lê-se no Livro da Unidade, «certamente tendente a procurar anular a influência local e de área que o MPLA possui».

A FNLA, recordemos, através de «elementos dispersos (...) agora já nas categorias elevadas da sua chefatura» vinha já, desde há algum tempo, a «estabelecer contactos com as autoridades», neste quadro se entendendo a (sua) relação directa com as populações mais urbanas.
A esse tempo, e em Lisboa, Rosa Coutinho afirmava que «Luanda e Angola vivem, finalmente, um clima de tranquilidade, após os incidentes ocorridos nos musseques (...), graças à compreensão da população, que parece estar reconhecer qual o seu verdadeiro caminho e interesses, regressando as actividades normais».
Título do Diário de Lisboa, de 26 de
Novembro de 1975: «A democracia
portuguesa também se joga em
Angola»
, disse o almirante
Rosa Coutinho
O presidente da Junta Governativa de Angola, porém, acautelava: «Temos que estar alerta, porque a reacção não desarma». E acrescentava, segundo o Diário de Lisboa de há 41 anos, que estava a «ser alvo de uma campanha claramente concertada, dos meios reaccionários angolanos e seus aliados internacionais, visando o isolamento e descrédito da Junta Governativa, perante a população local e o próprio Governo Português». 
«Há que fazer notar, e isso é realmente importante, que o processo angolano, como aliás os dos restantes territórios africanos - embora em Angola seja mais decisivo -, terá profunda influência em Portugal», disse Rosa Coutinho, ao tempo muito contestado em Luanda, por alguns sectores sociais e políticos.

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