CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 28 de novembro de 2015

3 228 - Cavaleiros mais próximos e UNITA reconhecida

Cavaleiros do Norte no Quitexe: José Fernando Carvalho (de bigode) e José 
Lopes (atrás), Agostinho Belo (de óculos), Armindo Reino (de bigode), António 
Flora (a rir) e António Lopes (de mãos nos óculos), Nelson Rocha e Viegas (à frente)

Os furriéis milicianos António Carlos
Letras e António Milheiros Chitas,
da 2ª. CCAV. 8423 - a de Aldeia Viçosa.
O Chitas est(ar)á a trabalhar em Angola

Os Cavaleiros do Norte, aos 28 dias de Novembro de 1974, continuavam pelo Uíge, na sua jornada africana. Ao tempo, muito tranquila, como por aqui já lembrámos.
As rotações ocorridas (e a ocorrer) aproximaram mais as 4 companhias do Batalhão de Cavalaria 8423 e, sabendo-se já que a 3ª. CCAV. ia juntar-se à CCS, no Quitexe, mais se sustentou a expectativa de uma eventual antecipação do nosso regresso a Portugal. Bem enganados estávamos.
O dia era de quinta-feira e em Dar-es-Salan, uma comissão especializada da Organização de Unidade Africana (OUA), constituída por 8 elementos e chefiada pelo brigadeiro Olufemi Olutrye, da Nigéria, recomendou «o imediato reconhecimento da UNITA».
A recomendação, segundo o Diário de Lisboa, «porá termo a vários anos de ostracismo a que a UNITA foi votada pelos Estados africanos» e, sublinhava o vespertino da capital portuguesa, «parecia inevitável, face à intenção que anima Lisboa de constituir um governo provisório em Luanda, formado por elementos daquele movimento e das duas outras organizações reconhecidas pela OUA» - a FNLA de Holden Roberto e o MPLA de Agostinho Neto.
O Diário de Lisboa de 28 de Novembro de
1974 noticiava o provável reconhecimento
da UNITA, pela OUA
A (sua) aprovação, precisava o jornal, «será apenas uma formalidade». O mesmo não aconteceu a duas outras organizações, de outros países africanos: o Movimento de Unidade da África do Sul (UMSA) e a Frente de Libertação do Zimbabwe (FROLIZI). Por «não satisfazerem os requisitos necessários para o seu reconhecimento».
Há 41 anos, ia assim o processo de descolonização de Angola. 

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