CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

3 305 - Independência a 6 dias e Cavaleiros reforçados

Cavaleiros do Norte da CCS, no Quitexe: 1º. cabo Vicente (de bigode, falecido a 
21/01/1997), Francisco, 1º. cabo Almeida (falecido a 28/02/2009), Florêncio, 
Ferreira, Pinto, NN e Marcos (ambos de bigode). Ezequiel, NN, NN, alferes Jaime
Ribeiro (ao fundo e ao centro), furriel Monteiro (?), Rebelo, 1º. cabo Soares, NN, 1º. 
cabo Hipólito, NN, Messejana (falecido a 27/11/2009, Manuel Leal (falecido a 
18/06/2007) e alferes António Garcia (falecido a 02/11/1979)

O furriel Viegas a ler o Expresso, em
finais de 1974, no varandim da
Casa dos Furriéis, na vila do
Quitexe (a da CCS)



A 5 de Novembro de 1975, o MPLA anunciou que iria «declarar unilateralmente a independência de Angola às zero horas do dia 11, se até lá Portugal não alterar a sua posição face à FNLA e à UNITA». A notícia foi publicada na primeira página do Diário de Lisboa - e certamente em outros jornais, rádios e televisões, em serviço do Diário de Luanda e das agências Reuters, France Press e ANOP. Queria o movimento de Agostinho Neto ser reconhecido pelo Governo Português como «o único legítimo representante do povo angolano e transferindo para ele todos os poderes».
A independência estava a apenas 6 dias e «intensifica(va)m-se os movimentos com vista a encontrar uma plataforma de última da hora para o conflito angolano». Decorria a Conferência de Kampala (com MPLA, FNLA, UNITA e Portugal) e, em Mogadiscio o presidente Siade Barre propôs uma outra cimeira. «Uma vez que a crise angolana é essencialmente um problema africano,exige uma solução africana», alegou Siad Barre.
A situação militar interna «sofreu algumas alterações nas últimas 24 horas». A mais importante, segundo o DL, «é o avanço das forças mercenárias invasoras do Exército regular sul-africano e do ELP, que entraram na província de Benguela, via Sá da Bandeira, através de Quilengues», com «grande resistência das forças populares». Os combates prosseguiram até ao rio Coporolo, a 100 quilómetros de Benguela, tendo os «invasores» 1500 homens, «apoiados por helicópteros estacionados em Sá da Bandeira». As chamadas forças invasoras incluíam, segundo o MPLA, «os lacaios da UPA/FNLA e da UNITA».
A primeira página do Diário de Lisboa
de 5 de Novembro de 1975, com «caixa
alta» para a independência de
Angola, daí a 6 dias
A Frente Norte continuava inalterável, «havendo a registar, no entanto, algumas acções de flagelação por parte do exército invasor, na região de Santa Eulália».
Do Uíge, de Carmona, do Quitexe de Aldeia Viçosa, Vista Alegre e Ponte do Dange (sem esquecer Santa Isabel, Zalala e Liberato) é que nada se sabia. Apenas que era o «terreno» da FNLA.
Um ano antes, Novembro de 1974, os Cavaleiros do Norte do Batalhão de Cavalaria 8432 recebiam dois reforços: o furriel miliciano Mário J. R. Soares, atirador de Cavalaria (para os quadros da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa) e o soldado cozinheiro Carlos J. F. Gomes (para a CCS, na vila do Quitexe).

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