CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

4 351- Cavaleiros no comando do RC4 e expectantes, um ano depois!

O acordo do Alvor foi assinado a 15 de Janeiro de 1975, no Alvor e entre o Governo de Portugal e os
 três movimentos de libertação da Angola - MPLA, FNLA e UNITA . A independência ficou marcada
para 11 de Novembro de 1975 
Cavaleiros do Norte em pose fotográfica_o 1º. cabo Victor
Vicente e o condutor Eduardo Tomé (o Sintra), da 2ª. CCAV.
8423 e os 1ºs. cabos Victor Florindo e Alfredo Coelho, o
Buraquinho, que amanhã festeja 67 anos e Custóias  

Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, ao tempo em formação no Regimento de
Cavalaria nº 4 (RC4), em Santa Margari-
da, participaram, a 16 de Janeiro de 1974 - já lá vão 44 anos!... -  nas cerimónias de posse do  novo comandante o coronel Craveiro Lopes, que era filho do marechal do mesmo nome, antigo Presidente da República.
Oficial de Cavalaria, já desde 26 de 
Coronel C. Lopes
Dezembro de 1973 que era comandante do RC4 e foi substi-
tuído a 6 de Maio de 1974, pelo coronel Luís Maria de Sousa Campeão Gouveia. Revelou-se um comandante exigente, áspero até nalgumas vezes, e muito disciplinador. e da Unidade mobilizadora - o dito Regimento de Cavalaria nº. 4.
Era o primeiro acto oficial do BCAV. 8423, enquanto «Unidade constituída» eo comandante empossado foi  o coronel Craveiro Lopes, que era filho do marechal do mesmo nome, antigo Presidente da República
Oficial de Cavalaria, já desde 26 de Dezembro de 1973 que era comandante do RC4 e foi substituído a 6 de Maio de 1974, pelo coronel Luís Maria de Sousa Campeão Gouveia. Revelou-se um comandante exigente, áspero até nalgumas vezes, e muito disciplinador. 
Ao tempo e em período de formação para a guerra subversiva que nos esperava em Angola, pouca importância os futuros Cavaleiros do Norte deram ao assunto, muito embora, por dever, tivesse participado  na parada oficial.
O livro «História da Unidade», referindo-se ao momento, refere que terá sido «a primeira aparição como unidade constituída», o BCAV. 8423.
 Cavaleiros do Norte, todos furriéis milicianos: Joaquim 
Abrantes, Francisco Bento, Agostinho  Belo, Luís Filipe 
Costa (Morteiros) e António Flora

Acordo assinado
e futuro à vista !

Um ano depois, Portugal e os três movi-
mentos de libertação já timham assi-
nado o histórico acordo do Alvor, que abria portas para a independência de Angola.
«A partir de agora, vós e os vossos movimentos, estão colocados perante um desafio duplo. É a esperança de todos os angolanos a exigir que homens e partidos, apesar das diferenças sociais, filosóficas e políticas, saibam encontrar soluções angolanas autênticas, baseadas na capacidade de diálogo, no espírito de cooperação e na boa vontade de servir o vosso país», disse o Presidente Costa Gomes, no encerramento e dirigindo-se aos dirigentes do MPLA, da FNLA e da UNITA que participaram na Cimeira do Alvor.
O presidente do MPLA interveio em nome dos três movimentos:«Aqui, as pretensões dos colonialistas ficaram enterradas para sempre», disse Agos-
tinho Neto, acrescentando que «afastado o obstáculo do colonialismo, nem o povo português nem o povo angolano desejarão recuar na sua transformação progressiva, para uma nova definição do homem na sociedade».
«A dinâmica da vida - acrescentou o presidente do MPLA - só nos pode condu-

zir a um destino. O destino do progresso. Se recuarmos, o processo em Portugal e em Angola, este importante acordo, hoje selado, pelo estabelecimento das relações justas entre os nossos povos, romper-se-á inevitavelmente».
O dia confirmou que o almirante Rosa Coutinho deixava o Alto Comissariado e seria substituído pelo brigadeiro Silva Cardoso. Jonas Savimbi, presidente da UNITA e na véspera, voou nos Transportes Aéreos de Angola (TAAG) para Luanda e Agostinho Neto para Lisboa e depois para o Porto (num avião da Força Aérea Portuguesa). Holden Roberto, presidente da FNLA, seguiu para Kinshasa, a capital do Zaire de Mobutu.
Alfredo Coelho, 1º. cabo, com o
 seu amor  de então (1975) e
de hoje. De sempre!
1º. cabo Coe-
lho em 1975

Coelho, o 1º. cabo Buraquinho,  
67 anos em Custóias !

O 1º. cabo Alfredo Coelho, da CCS dos Ca-
valeiros do Norte da CCS, festeja 67 anos a 17 de Janeiro de 2019.
Alfredo Rodrigo Rodrigo Ferreira Coelho era especialista de análise e depuração de águas e pela jornada africana o Uíge angolano se imortalizou com o epíteto de Buraquinho. Não se pergunte pelo 1º. cabo Coelho, pergunte-se  pelo Buraquinho e... está tudo dito, em termos e Cavaleiros do Norte.
Ainda hoje, e por bons motivos, é figura ímpar dos encontros anuais dos Cavaleiros do Norte, depois de ter regressado a Portufal no dia 11 de Setembro de 1975 e regressado à sua terra natal de Custóias, em Matosinhos. Por lá foi empresário do sector da restauração e, actualmente aposentado, por lá vive. E para lá vai o nosso abraço de parabéns!

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