CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

4 789 - Cavaleiros a contar os dias, MPLA a denunciar mercenários no Caxito!

Apoio dos Cavaleiros do Norte ao povo de Carmona, nos primeiros dias de Junho de 1975. em frente à
messe de sargentos (ex de oficiais) do Bairro Montanha Pinto. De frente, de boina e bigode, reconhece-se
o furriel miliciano António J. Cruz. Ao lado, mais à esquerda e de barba, o soldado sapador António Cal-
çada. De camisola branca, parece ser o furriel miliciano José Fernando Carvalho, a 3ª. CCAV. 8423. Será?
A Base Aérea do Negage em 1973

Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, há 44 anos, continuavam aquartelados no espaço que fora do Batalhão de Intendência de Angola (BIA) e, cada vez mais expectantes sobre o dia do regresso a Portugal, que se ia prevendo para Setembro seguinte - o mês 15 da nossa jornada africana do Uíge.
A guarnição, colocada como «unidade 
Notícia do Diário de Lisboa de 22/08/1975
de reserva da RMA», continuava as suas ta-
refas  normais, tanto quando possível. Mas, naturalmente, expectante, cada vez mais, sobre o dia do regresso. A riscar dias do calendário desse Agosto de 1975!
O MPLA de Agostinho Neto, a 22 e em comu-
nicado, anunciou que «nos recentes combates na zona do Caxito», com a FNLA de Holden Ro-
berto, «teriam sido abatidos elementos tidos como mercenários brancos, provavelmente americanos».
O mesmo comunicado do MPLA denunciou «a existência de uma ponte aérea entre Kinshasa (Zaire) e Negage, no norte de Angola, para transportar armas americanas para a FNLA».
O Negage ficada a uns 40 kms. de Carmona e era onde se situava a base aérea portuguesa, deixada a 4 de Agosto de 1975 - aquando da histórica coluna de Carmona para Luanda. A unidade do exército lá aquartelada tinha operacio-
nalmente dependido do BCAV. 8423 - era a CCAÇ. 4741.
«Os aviões que pousam em Negage transportam material de armamento, entre os quais canhões, provenientes de bases americanas na Alemanha», acusava o MPLA, no comunicado reportado pelo Diário de Lisboa de 22 de Agosto de 1975. Há 44 anos!
Joaquim Breda
1º. cabo condu-
tor, em 1974/75
O Joaquim Breda à frente da
sua casa, em Agosto de 2013 e
com o furriel Viegas

Breda, 1º. cabo condutor,
67 anos na Barosa de Leiria!

O 1º. cabo Joaquim Rama Breda, da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, festeja 67 anos a 22 de Agosto de 2019.
Condutor auto-rodas de especialidade, foi louvado pela «inexcedível dedicação pelo ser-viço, aliada ao maior zelo e esforço no cumprimento do seu dever». O louvor do comandante do BCAV. 8423 foi publicado na OS 169 e frisa que «muito co-
laborou para a operacionalidade das viaturas que teve distribuídas, creditando-se como  militar de elevado sentido de responsabilidade».
O Breda regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 e fixou-se na Ba-
rosa, freguesia de Leiria - onde ainda reside, já reformado de uma vida profis-
sional em que sempre foi... condutor. Poderia o inimitável Breda ser lá outra coisa!... Para lá e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!
O casal Isaurinda/António Carlos
Letras em dia de juras no altar!
O casal Letras em tempo
de muitas juras e ainda
mais promessas

Furriel Carlos Letras há 43
anos no Clube dos Casados B!

O furriel miliciano Carlos Letras, foi especialista de Operações Especiais, os Rangers!, da 2ª. CCAV. 8423, mas a sua mais de-
licada «operação» foi a de jurar, em altar e perante Deus e os homens, que seria fiel até ao fim da vida e amaria e respeitaria, nos bons e maus momentos, a sua doce namorada de então e dedicada e apaixonada mulher de hoje. E de sempre.
O António Carlos e a Isaurinda, muito in love e em roupa de «Ver-a-Deus», mui-
to nervosos e chiques, e emocionados, se calhar até ansiosos..., casaram-se, vejam lá, a 22 de Agosto de 1976. Há 43 anos!!! 
Ela, de alvo vestido e flores de noiva apaixonada. Ele, enfraqueado e todo vistoso, de laçarote a enfeitar-lhe o colarinho e flor na lapela, não o enfeiando o bigode que trouxera d´Angola. O tempo andou, andou..., não parou... e eles também não mudaram d´amores, que lhes deram dois filhos, um casalinho de Letras que hoje abençoam!
Parabéns, pá!!! Vou passar por aí, para uma caldeirada... daquelas!!! 

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