CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

4 795 - Angola invadida, a norte e a sul. - Cavaleiros do Norte a dia do regresso!


Futebol no Quitexe, equipa do Pelotão de Sapadores. De pé, Irineu (clarim) Afonso Henriques,  NN, Je-
rónimo Sousa e Américo Oliveira. Em baixo, António José da Silva Amaral (que hoje festeja 67 anos,
em Lordelo do Douro), António Calçada, 1º. cabo Fernando Grácio, NN e José Coelho (falecido
a 13/05/2007, de doença e em Penafiel)
Cavaleiros do Norte, furriéis milicianos à entrada da Casa
 dos Furriéis do Quitexe: Grenha Lopes, Viegas, António
Fernandes (de bigode) e Delmiro Ribeiro (de óculos)

Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, a pouco dias dias de regressarem a Portu-
gal e continuando como «unidade de reserva da RMA», continuavam muito expectantes sobre a actualidade ango-
lana. A 28 de Agosto de 1975, hoje se passam 44 anos, o MPLA denunciava a invasão de Pereira d´Eça por forças militares sul-africanas.
«Forças sul-africanas continuam a violar o território angolano», acusava o movimento presidido porAgostinho Neto, dando conta que a chegada a Pereira d´Eça acontecia depois de «terem destruído completamente um centro populacional civil».
A invasão passou pelo posto fronteiriço de Santa Clara, no dia 21 e repetido a 26, neste caso continuando em Namacunde, em direcção ao Chieve.
«O que acontece neste momento na fronteira Sul não difere, na essência, do que acontece na fronteira Norte, nas fronteiras do Zaire e do Uíge», referia o MPLA, aludindo, implicitamente, «a ingerências da República do Zaire nos assuntos internos de Angola».
O comunicado do MPLA chamava, depois, «a atenção das autoridades políticas e militares portuguesas para as responsabilidades que ainda lhe cabem, na condução conjunta do país» e protestava a África do Sul «por esta violação e agressão», exigindo das suas autoridades «a retirada imediata de quaisquer efectivos militares que se encontrem abusivamente em território angolano».
Notícia do Diário de Lisboa
de 28 de Agosto de 1974

Angola poderia alimentar
50 milhões de pessoas !

Os arranjos da rede estradal do Uíge, e particularmente na ZA dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, continuava um ano antes, pelos fins de Agosto de 1974.
A segurança dos trabalhadores da Junta Autónoma de Estradas de Angola (JAEA) era, recordemos e naquela área uíjana, assegurada «sob protecção de escoltas militares» dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
O dia 28 de Agosto de há 45 anos foi tempo de Tangisina Kuzayiladio, repre-
sentante da FNLA, considerar em Budapeste (capital da Hungria) que «as ri-
quezas de Angola e do seu território inexplorado poderão alimentar 50 milhões de pessoas». O que, precisou, não se poderia concretizar «enquanto Angola não se tornar independente».
 Tangisina Kuzayiladio falava na Conferência Sobre a População Mundial, onde admitiu, todavia, que «enquanto Angola não se tornar independente, esses problemas deverão passar para segundo plano, a fim de que todos os esforços sejam desenvolvidos no sentido da obtenção da liberdade».
O sapador Amaral
em 1974/1975
O 1º. cabo Vasco Vieira e o
António Amaral, que hoje
 festeja 67 anos

Amaral, sapador da CCS, 67
anos em Lordelo do Douro !

O soldado sapador António José da Silva Amaral, da CCS do BCAV. 8423, festeja 67 anos a 28 de Agosto de 2019.
Cavaleiro do Norte do comando do alferes miliciano Jaime Ribeiro, o Amaral regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, fixando-se na Rua do Agra, freguesia da Foz do Douto, no Porto. Fez vida profissional na área da construção civil e, já aposentado, mora agora no Bair-
ro Nuno Pinheiro Torres, em Lordelo do Ouro, do mesmo município do Porto.
O António Amaral é habitual e activo participante dos encontros anuais da CCS, para ele vai o nosso abraço de parabéns!

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