CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 17 de setembro de 2019

4 814 - MPLA a prepara o ataque a Carmona e Uíge, a «terra da FNLA»!

Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, todos milicianos: furriéis José Louro, Américo Rodri-
gues (falecido a 30/08/2019, de doença e em VN Famalicão), José Nascimento, Jorge Barata )f. a 11/10/1997,
de doença e em Alcains)  e Jorge Barreto e os aferes Mário Jorge Sousa e Lains dos Santos
Holden Roberto a 32 quilómetros de Luanda, numa altura, 
há  44 anos, em que o MPLA preparava o assalto as posi-
 ções da FNLA, em Carmona e no  Ambriz. Os Cavaleiros
 do Norte já estavam em Portugal e muito... expectantes


Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, há 44 anos, continuavam a sua adaptação ao Portugal novo, um Portugal que medrava em democracia revolucionária, mas sempre atentos aos que se passava em Angola. Que nos ficara no coração!
Achá(va)mos um outro país, que procurávamos conhecer - o que era, como era e para onde caminhava... -, um país semeados de dúvidas e interrogações! Mas... e Angola?
Há precisamente 44 anos, reportava o Diário de Lisboa que «em Luanda, a calma é total», assim como «nas frentes de combate angolanas». As agências internacionais, no entanto, davam conta  que «é provável que o MPLA esteja presentemente a reagrupar as suas forças para uma grande ofensiva na frente norte, contra Ambriz e Carmona, principais bastiões da FNLA» - que, frisava o jornal, estava «isolada e com grandes dificuldades de reabastecimento, dado que as principais vias utilizadas para o efeito se encontram sob controlo do MPLA».
Notícia do Diário de Lisboa de 17 de Setembro
de 1975. A imagem é da primeira página e está
reproduzida acima (recolhida na net)

Movimentos calmos,
nas... aparências! 

O território angolano não registava confrontos importantes, desde o fim de semana anterior (dias 13 e 14) e «entre os três movimentos». «Esta calma poderá corresponder a uma reorganização militar dos diversos campos, antecedendo novas batalhas», relatava o vespertino da capital portuguesa - que eu, ao tempo, procurava em Águeda, aos fins de tarde, para ir sabendo notícias de Angola.
O Exército Português, ainda segundo o DL, «continua(va) a observar a neutralidade activa prevista nos Acordos do Alvor», essencialmente concentrado em Nova Lisboa e Luanda - as duas maiores cidades angolanas e onde se encontrava a maior parte dos portugueses que pretendiam voar para Lisboa - os refugiados, ou retornados, como lhes chamavam.
«Este êxodo da população branca já há vários dias que vem enfraquecendo», reportava o DL da há 40 anos. Deu-se até o caso de, na segunda-feira anterior (dia 15), um avião diário da UTA, fretado pelo Governo Francês, não ter qualquer passageiro para embarcar para Lisboa. Um Boeing 707, da Força Aérea Alemã, e um «Iliiuchin», da Alemanha do Leste, «tinham já embarcado os «desalojados» inscritos nos seus voos».
João Leirinha

Leirinha de Zalala, 67
anos em VN de Gaia !

O soldado João Ramos Leirinha, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, festeja 67 anos a 18 de Setembro de 2019. 
Atirador de Cavalaria de especialidade, integrou o Grupo de Com-
bate comandado pelo alferes miliciano Mário Jorge de Sousa, com os furriéis Victor Costa, Baldy Pereira e Évora Soares. Actualmente reformado, regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, fixando residência na Rua da Liberdade, em Canidelo, freguesia de Vila Nova de Gaia.
Para lá e para ele  vai o nosso abraço de parabéns!

Sem comentários:

Enviar um comentário