O condutor Nogueira, da CCAÇ. 209/RI 21, a da Fazenda do Liberato, sentada na avenida do Quitexe, Com o furriel Viegas, da CCS e a 24 de Setembro de 2019 |
A 8 de Novembro de 1974, hoje se fazem exactamente 47 anos, a Companhia de Caçadores 209 começou a abandonar a Fazenda Liberato, operação que terminou no dia seguinte. Para Nova Lisboa.
A CCAÇ. 209 era formada por militares angolanos, com quadros, porém, maioritariamente europeus. Tinha sido mobilizada pelo Regimento de Infantaria 21, de Nova Lisboa, e era comandada pelo capitão Victor
A CCAÇ. 209 era formada por militares angolanos, com quadros, porém, maioritariamente europeus. Tinha sido mobilizada pelo Regimento de Infantaria 21, de Nova Lisboa, e era comandada pelo capitão Victor
O capitão José Paulo Fernandes comandou as forças da 3ª. CCAV. 8423 no Alto Lucunga, de onde saíram há precisamente 47 anos |
Corrêa - que tivera promoções rápidas, de alferes a tenente e logo a capitão miliciano, muito popular por ser, segundo lembrou o Zé Oliveira, vocalista de um famoso grupo musical da época. Era algarvio e casado com uma senhora holandesa (na foto).
O Oliveira (o Marques, para nós, na escola de Águeda) não se lembra de quando, e porquê, mas o capitão Victor Corrêa substituiu um outro capitão no comando da BCAÇ. 209 - o capitão Baracho, do QP. Outro oficial miliciano era o alferes Sereno, que o Oliveira diz ser de Águeda, mas de quem não temos mais pormenores.
O José Marques Oliveira era furriel vagomestre, em rendição individual, e foi meu companheiro de turma, na Escola Industrial e Comercial de Águeda, e ainda hoje meu amigo - por cá conhecido como Zé Marques, do Caramulo.
Liberato ficou na história mais épica dos Cavaleiros do Norte pois foi a companhia que, semanas antes, em finais de Setembro de 1974, se revoltou e avançou para o Quitexe - situação que este blogue já amplamente narrou.
Outro «liberato» desse tempo é o condutor José Luís Nogueira da Costa, natural de Tomar mas que em criança foi para Angola. Com ele e em 2019, por terras de Angola, também no uíjano Quitexe, fiz uma emocionante viagem de férias e memória, matando as saudades da nossa jornada africana - onde ele cresceu e se fez homem. E que nos levou também por Luanda, Nova Lisboa (Huambo), Alto Hama, ao Lobito, por Benguela e Catumbela... e outras terras do saudoso chão angolano.
Cavaleiros de Santa Isabel
do Alto Lucunga e Quipedro
O dia 8 de Novembro de 1974 foi também data da saída dos grupos de combate da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, que, em serviço, estiveram no Alto Lucunga e Quipedro.
Para lá tinham ido, em «reforço ao BC
12», no primeiro caso sob comando directo do capitão miliciano José Paulo Fernandes, o comandante da Companhia. Há 2 anos, recordou-nos ter encontrado uma fazenda abandonada, com valas e trincheiras de defesa mas estranhamente sem ninguém. Próximo, apenas um posto da OPVDCA - que por esse tempo se desactivou.
«Esperávamos ataques, mas nada disso aconteceu. Avisaram-nos que iríamos ter problemas, mas felizmente não tivemos», recordou o comandante dos Cavaleiros do Norte, lembrando ainda que o alferes miliciano Carlos Silva foi o oficial que o acompanhou.
O Grupo de Combate comandado pelo furriel José Fernando Carvalho, também da 3ª. CAV. 8423, esteve em Quipedro, por lá bem perto, e nesse dia regressou a Santa Isabel (ver foto).
O Oliveira (o Marques, para nós, na escola de Águeda) não se lembra de quando, e porquê, mas o capitão Victor Corrêa substituiu um outro capitão no comando da BCAÇ. 209 - o capitão Baracho, do QP. Outro oficial miliciano era o alferes Sereno, que o Oliveira diz ser de Águeda, mas de quem não temos mais pormenores.
O José Marques Oliveira era furriel vagomestre, em rendição individual, e foi meu companheiro de turma, na Escola Industrial e Comercial de Águeda, e ainda hoje meu amigo - por cá conhecido como Zé Marques, do Caramulo.
Liberato ficou na história mais épica dos Cavaleiros do Norte pois foi a companhia que, semanas antes, em finais de Setembro de 1974, se revoltou e avançou para o Quitexe - situação que este blogue já amplamente narrou.
Outro «liberato» desse tempo é o condutor José Luís Nogueira da Costa, natural de Tomar mas que em criança foi para Angola. Com ele e em 2019, por terras de Angola, também no uíjano Quitexe, fiz uma emocionante viagem de férias e memória, matando as saudades da nossa jornada africana - onde ele cresceu e se fez homem. E que nos levou também por Luanda, Nova Lisboa (Huambo), Alto Hama, ao Lobito, por Benguela e Catumbela... e outras terras do saudoso chão angolano.
Grupo do furriel José F. Carvalho, o Cavaleiro do Norte ao meio e sentado, de bigode. Quem identifica os restantes militares! |
Cavaleiros de Santa Isabel
do Alto Lucunga e Quipedro
O dia 8 de Novembro de 1974 foi também data da saída dos grupos de combate da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, que, em serviço, estiveram no Alto Lucunga e Quipedro.
Para lá tinham ido, em «reforço ao BC
12», no primeiro caso sob comando directo do capitão miliciano José Paulo Fernandes, o comandante da Companhia. Há 2 anos, recordou-nos ter encontrado uma fazenda abandonada, com valas e trincheiras de defesa mas estranhamente sem ninguém. Próximo, apenas um posto da OPVDCA - que por esse tempo se desactivou.
«Esperávamos ataques, mas nada disso aconteceu. Avisaram-nos que iríamos ter problemas, mas felizmente não tivemos», recordou o comandante dos Cavaleiros do Norte, lembrando ainda que o alferes miliciano Carlos Silva foi o oficial que o acompanhou.
O Grupo de Combate comandado pelo furriel José Fernando Carvalho, também da 3ª. CAV. 8423, esteve em Quipedro, por lá bem perto, e nesse dia regressou a Santa Isabel (ver foto).
A Fazenda Santa Isabel |
Catarino, 1º. cabo de Santa
Isabel, faria hoje 69 anos !
O 1º. cabo Joel Carlos Gonçalves Catarino, atirador de Cavalaria de especialidade militar, faria 69 anos a 8 de Novembro de 2020, mas faleceu a 1 de Dezembro de 1983. Há quase 38 anos.
Cavaleiro do Norte da 3ª. BCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, também passou pelo Quitexe e por Carmona, na sua jornada africana do norte de Angola.
Ao tempo, residia em Paiva, freguesia de Amora, no município do Seixal, e lá voltou a 11 de Setembro de 1975 - no final da sua comissão angolana.
Nada mais sabemos dele, a não ser que faleceu a 1 de Dezembro de 1983, com apenas 31 de idade. Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!
Nada mais sabemos dele, a não ser que faleceu a 1 de Dezembro de 1983, com apenas 31 de idade. Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!
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