CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 18 de maio de 2015

3 123 - Alferes Ramos no BC12 e jornal de aniversário

Cavaleiros do Norte, há 40 anos: os 1ºs. cabos João Estrela, António Medeira (falecido a
10 de Abril de 2013), Miguel Teixeira, Damião Viana e Vasco Vieira. Em baixo, o 
alferes Fernando Ramos



O mês de Maio, entre as suas coisas, teve algumas boas: por exemplo, a edição do jornal comemorativo do primeiro aniversário dos Cavaleiros do Norte em Angola (foto abaixo), coordenado pelo alferes miliciano António Garcia e que tinha o rádiotelegrafista Humberto Zambujo o artista gráfico, com colaboração diversa. A do alferes Fernando Ramos era uma dela; o alferes capelão, outra; outra, foi a do 1º. cabo João Estrela (foto acima).
O Zambujo e o Estrela eram Cavaleiros do Norte desde a primeira hora, desde o Campo Militar de Santa Margarida e do Destacamento do RC4. Ambos da CCS.
O alferes Fernando António Morgado Ramos foi colocado an 2ª. CCAV. 8423 em Maio de 1975, já os homens de Aldeia Viçosa estavam aquartelados em Carmona, no BC12.
Foi destacado na sequência de uma acção disciplinar: «Um castigo tão guerreiro quanto castrense», lembrou o agora advogado em Vila Nova de Foz Coa, evocando as terras do Luvo, Mamarrosa e Damba, por onde andou, antes de voltar a Luanda e às Forças Militares Mistas.
«Fui, então, com guia de marcha e de machimbombo para Carmona, onde tinha afins familiares, mas estive lá pouco tempo. Talvez em Julho, voltei a Luanda, de férias, e não voltei a Carmona», recordou o antigo oficial miliciano, agora homem das causas jurídicas na Comarca de Vila Nova de Foz Coa (e outras), onde tembém tem sido dirigente dos Bombeiros Voluntários.
De Carmona e do BC12, recorda os dramáticos primeiros dias de Junho de 1975. «Acordei na messe de oficiais, no dia 1, com a guerra fratricida dos beligerantes locais e de, depois e como oficial de dia, passar o dia todo no refeitório, onde, quando acabava o pequeno almoço da última vaga dos refugiados, já estava na hora de passar ao almoço dos tropas e assim sucessivamente», lembra-se o ex-alferes miliciano Fernando Ramos.
Não tarda que se façam 40 anos sobre estes trágicos dias.



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