CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 30 de março de 2017

3 716 - Os últimos Cavaleiros do Norte de Santa Isabel na Fazenda Maria Amélia!

 Os últimos Cavaleiros do Norte da Fazenda Maria Amélia. De pé, NN, Caro-
ço, NN, Eusébio e Toy. Em em baixo, NN, Ângelo Teixeira, furriel Carvalho,
 Jesus e NN. Quem ajuda a identificar os NN´s?
Cavaleiros do Norte no lago da Fazenda
Maria Amélia: furriel Carvalho (à frente),
 Ângelo Teixeira e Jesus


A última guarnição militar portuguesa aquartelada na Fazenda Maria Amélia era comandada pelo furriel miliciano José Fernando de Carvalho, da 3ª. CCAV. 8423, que de lá saiu em finais de Março de 1975.  
A fazenda ficava a caminho da mítica Árvore Vaidosa e a Secção era formada por 13 homens, os da imagem de cima, mais os dois que estavam de reforço no momento em que foi tirada e o... fotógrafo - que foi o 1º. cabo Floro Teixeira.
«Fomos os últimos e saímos de lá directamente para Carmona, levando todo o equipamento mili-
tar lá existente, onde esperámos pela chegada nosso pelotão», recorda o furriel Carvalho.
O furriel milicianos Graciano (à esquerda) e
 Luís Capitão (falecido de doença a 05/01/2010,
à direita), ladeando o alferes Mário Simões
O pelotão chegou a Carmona, em reforço da guarnição local, a 28 de Março de 1975. Era comandado pelo alferes Mário Simões e também incluía os furriéis milicianos Graciano Silva e Luís Capitão - este, infelizmente falecido a 5 de Janeiro de 2010, vítima de doença e em Caxarias, na Urqueira, Vila Nova de Ourém. 
Na Fazenda Maria Amélia, o furriel José Fernan-
do Carvalho, o 1º. cabo enfermeiro Floro Tei-
xeira e o soldado Ângelo Teixeira (das transmis-
sões) «hospedaram-se» na casa que se vê atrás do grupo (na foto de cima). Os restantes Cavaleiros do Norte (10), numa dependência ao lado. Havia por lá um lago, no interior da fazenda, onde o pessoal passava algum tempo.
Jornal «Liberdade e Terra» da FNLA


Rádios privadas a «falar» e
Emissora Oficial sem notícias


O recolher obrigatório em Luanda foi levantado a 29 de Março de 1975, depois de vários dias de muitos incidentes entre forças armadas do MPLA e da FNLA, com trágico balanço de mais de centena e meio de mortos e muitos mais feridos - entre militares dos movimentos e civis.
A 30 do mesmo mês e ano, hoje se fazem 42 anos, as emissoras privadas de Angola puderam voltar a apre-
sentar a sua programação normal, mas a Emissora Oficial foi excluída deste regime. «Apenas poderá difundir as notícias constantes dos comunicados oficiais», relatava a imprensa do dia - o último domingo desse Março de 1975.
A Emissora Oficial de Angola, ao tempo, era muito questionada pela FNLA - devido ao tipo de informação que prestava - e o jornal (diário) «Liberdade e Terra», órgão central deste movimento e nas suas duas últimas edições, insurgia-se contra a actividade desta estação radiofónica.

Cristiano e Coelho
em festa dos 65 anos

Os Cavaleiros do Norte Cristiano e Coelho, ambos da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel e depois do Quitexe, festejam 65 anos a 31 de Março de 2017.
Luís Martins Coelho foi 1º. cabo condutor e era (é) natural do lugar de Outeiro da Castanheira, na freguesia de Mouronho, concelho de Tábua - aonde voltou a 11 de Setembro de 1975, o final da comissão em Angola. 
Cristiano Manuel Jorge Fernandes foi soldado atirador de Cavalaria e, ao tempo como agora, mora(va) na Calçada da Graça, em Lisboa. Lá regressou, também a 11 de Setembro de 1975 e por lá tem feito vida.
Parabéns para ambos!

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