Cavaleiros do Norte no refeitório do Quitexe, todos 1ºs. ca- bos: Fernando Pires (Fecho-eclair) e Miguel Teixeira (com o X). Do lado direito, Jorge Pinho (de pé, falecido a 20 de Abril de 2003, de doença e no Porto), Esteves e... Mais à direita e de bigode, quem é? |
O dia 21 de Junho de 1974 ficou especialmente marcado, em termos da jornada uíjana dos Cavaleiros do Norte, pela apresentação de um combatente da FNLA (um IN, um inimigo).
O BCAV. 8423 desde a véspera - dia 20 de Junho de 1974 - que estava envolvido na Operação Castigo DIH (a sua grande estreia operacional), na qual e nas suas 4 fases, participaram todas as suas subunidades orgânicas: a
A placa do Quitexe na Estrada do Café, do lado de Carmona. Com o condutor Henrique Esgueira, no tempo do BCAV. 8423 (1974/75) |
A operação, segundo o Livro da Unidade, «não viu grande compensação do esforço desenvolvido pelas NT, pois que, salvo uma emboscada sem conse-
quências, no Tabi, só teve por reacção IN a materialização de tiros de aviso».
Teve, sim, e ainda segundo o Livro da Unidade, «efeitos mais graves» para a 41ª Companhia de Comandos, pois «foi accionada uma mina anti-pessoal na Central do Negage, ma qual um seu soldado sofreu a amputação de um pé».
Deve haver um lapso nesta referência à Central do Negage, pois foi o PELREC a fazer a evacuação do soldado, mas tal aconteceu na Baixa do Mungage - onde o autor do blogue conheceu um conterrâneo de Águeda, o furriel miliciano Dias, que era do concelho aguedense mas tinha estudado em Anadia. Daí, não nos conhecermos. Ainda há semanas, numa das nossas regulares conversas, estivemos a falar deste encontro na perigosíssima Baixa do Mungage.
Outro furriel miliciano desta 4ª. Companhia de Comandos era, ao tempo, um ex-futebolista júnior do FC do Porto, o Valongo - de quem não conhecemos o paradeiro. Era angolano e poderá ter ficado em Angola.
«Não tece esta operação resultados que não fossem o conhecimento das reacções humanas e acabou até, por ser defraudada, pois que a 4ª. Companhia de Comandos retirou da ZA após umas escassas 18 horas de operação, quando ela, e para esta subunidade, envolveria 8 dias de actividade operacional», relata o Livro da Unidade (o BCAV. 8423).
O 1º cabo Fernando Pi- res, o «Fecho-eclair» |
Os 65 anos do Pires,
o 1º. cabo «Fecho-eclair»
O 1º. cabo Pires, escriturário da CCS do BCAV. 8423, os Cavaleiro do Norte, festeja 65 anos a 21 de Junho de 2017.
Fernando Manuel Martinho Pires, de seu nome completo, po-
pularizou-se no Quitexe como o «Fecho-eclair», por razões que as memória esqueceu. Alguma «diabrura» de tropa, que ele não «encaixava» muito bem!
Morava em Odivelas e a Odivelas regressou a 8 de Setembro de 1975 e dele nada mais sabemos, sabendo, embora, que lá reside na Rua Afonso de Albuquerque. Para ele vai o nosso abraço de parabéns!
A Irmã Maria Augusta, com o Ricardo ao colo - filho do alferes Cruz e dra. Margarida. Ao fundo, vê.se a Capela do Quitexe |
Irmã Maria Augusta
morreu há 11 anos!
A Irmã Maria Augusta, da Missão do Quitexe, faleceu a 21 de Junho de 2006, vítima de doença cancerosa.
Maria Augusta Vieira Martins pertencia à Congregação da Obra da Imaculada Conceição e Santo António e foi conteporânea dos Cavaleiros do Norte, no Quitexe.
Continuou em Angola depois da independência e dela recordamos a bondade e a imagem de doçura e carinho que, como queenm colo de afectos, se partilhava com a comunidade civil, nomeadamente com as crianças e as famílias africanas mais carenciadas - a partir da Missão dirigida pelo seu irmão, o padre Albimo Capela.
Partilhou-se também com os Cavaleiros do Norte da CCS e 3ª. CCAV. 8423, nomeadamente na consoada de 1974 - que ajudou a confeccionar com as mulheres dos oficiais. Continuou em Angola (e em Carmona) depois da independência e até 2006. Veio diversas vezes a Portugal e na última sentiu-se mal. Foi hospitalizada em Lisboa e faleceu passadas algumas semanas, de cancro. Hoje a recordamos com saudade! RIP!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário