CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 28 de abril de 2021

5 415 - Comandante Almeida e Brito voltou ao Quitexe, em visita à 3ª. CCAV. 8423!

Quarteto de Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel
mas aqui no Quitexe, onde, há 46 anos, se deslocou o comandante Almeida e
Brito: Raúl Ferreira, Carlos Carvalho, Diamantino Tobias e Elvino Romão

Furriéis milicianos a 3ª. CCAV . 8423, bar de
 Santa Isabel: Agostinho Belo, Ângelo Rabiço,
José Querido, Victor Guedes e Fernandes
a


O comandante Almeida e Brito voltou ao Quitexe a 28 de Abril de 1975, no âmbito da «continuação das visitas às subunidades», mas desta feita sem companhia de nenhum oficial do BCAV. 8423. 
Ali se aquartelava, ao tempo, a 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel e comandada pelo capitão miliciano José Paulo de Oliveira Fernandes. Dias antes, tinham rodado a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, de Vista Alegre e Ponta do Dange para o Congo e com Destacamento temporário em Cachalonde, no dia 24. E o resto da 2ª. CCAV., a de Aldeia Viçosa, para Carmona e o BC12 (na véspera, a 26).
Carmona e o Uíge iam... calmos. «Uma calma fictícia, é certo...», como nota o Livro da Unidade, mas que «permite manter-se um dia a dia mais ou menos estável, quebrado por um ou outro incidentes».
Caçada à pacaça em Santa Isabel, 3ª- CCAV.
8423: furriéis milicianos António Flora
 e António Fernandes

Material de guerra
para o MPLA

A noticia do dia, conhecida em Luanda, foi a da libertação de 6 ingleses que, precisamente uma semana antes (dia 20 de Abril, tripulantes de um avião queniano que tinham aterrado no aeroporto do Luso, sem autorização.
Detidos, prestaram declarações a uma comissão de inquérito e foram entre
gues às autoridades consulares inglesas, em Luanda. O avião tinha sido alugado pelo MPLA e transportava uniformes e medicamentos, mas as autoridades portuguesas suspeitaram que fossem armas para aquele movimento. 
O Diário de Lisboa de há 46 anos notava que «continua assim a verificar-se uma nítida discriminação em relação ao MPLA». Opinava o vespertino de Lisboa que «a FNLA recebe do Zaire todo o material de que carece, uma vez que fronteira do norte de Angola deixou praticamente de estar sob o controlo das Forças Armadas Portuguesas». Ao contrário, frisava o jornal, «mantém-se as dificuldades a entrada de material de guerra para o MPLA».
A 2ª. CCAV. 8423


Baixa de Rui Rocha, 
condutor da 2ª. CCAV.

O 1º. cabo Rui Manuel Duarte da Rocha integrava a 2ª. CCAV. 8423 e, a 28 de Abril de 1974 (um domingo, há exactamente 43 anos), apresentou-se no Hospital Militar Regional nº. 3, em Tomar, para uma consulta de cardiologia.
Voltou a 1 de Maio e ao HMR 3 regressou no dia 3. Teve alta no dia 6. Era condutor e partiu para Angola a 4 de Junho, com os restantes Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa. Era natural de S. Sebastião da Pedreira, em Lisboa, aonde regressou a 10 de Setembro de 1975.


Os 69 anos do soldado
sapador Joaquim Sousa


O soldado Joaquim Castro de Sousa foi Cavaleiro do Norte do Pelotão de Sapadores da CCS do BCAV. 8423, comandado pelo alferes Jaime Ribeiro. 
Natural de Jovim, em Gondomar, lá regressou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana do Uíge angolano. E lá vive, na Rua dos Netos, onde hoje faz 69 anos. Para lá e para ele vão os nossos parabéns.

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