CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

- Há 50 anos: A passagem de ano de 1974 para 1975 no Quitexe!

Quitexe, na bem «regada» passagem de ano de 1974 para 1975, há 50 anos e todos furriéis milicianos na entrada da messe
 e bar de sargentos: Ribeiro e Fernandes (de mãos dadas), Viegas, Belo (de óculos), Grenha Lopes (meio encoberto), Costa
 (dos Morteiros) e Flora. À frente, Rabiço (enfermeiro, de bigode e cigarro na
mão), Graciano e Abrantes (de cachimbo na boca)

Jorge Grácio, o Spínola,
foi vencedor da S. Silvestre
do Quitexe de 1974

C. Pagaimo, o
2º. classificado

 



A noite de passagem do ano de 1974 para 1975, há 50 anos e lá pelas do Uíge angolano, foi regada com fortes bátegas de água - ainda que muito rápidas, de poucos minutos.
E logo passaram!
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 por lá jornadeavam, divididos pelos aquartelamentos do Quitexe, Aldeia Viçosa e Vista Alegre/Ponte do Dange, ao longo da Estrada do Café, e foi tempo de Corrida de S. Silvestre.
O «rancho» do dia até foi foi melhorado e a malta fora das escalas de serviço procurou os melhores programas possíveis, dentro dos condicionalismos que se viviam numa guarnição militar em situação de zona 100% operacional.
Havia, sempre, que ter cuidados!
Messes cheias, cantina e bares militares cheios, garrafas a abrir nas casernas da parada, onde quer que estivesse um soldado dos Cavaleiros do Norte, não faltou sede para «matar» nesse tempo de festa e de saudade dos chãos de Portugal.
A noite foi intensamente chuvosa, mas não suficientemente forte para atemorizar os valentes atletas-militares que se prepararam para «a tradicional corrida de S. Silvestre no Quitexe» - corrida que, como sublinha o livro «História da Unidade», procurava «marcar a passagem do ano de 1974/75 em convívio fraterno e de paz, tal como as famílias do Quitexe fizeram, tendo no seu seio as famílias de militares, aqui presentes, por impossibilidade de juntar todo o BCAV.».
O Pagaimo em Outubro de 2019, ladeado
 pelos furriéis Viegas, à esquerda, e Neto

Spínola e Pagaimo 
na frente da Corrida 
de S. Silvestre!

A intensa chuva que caiu não foi, porém e na verdade, suficientemente forte e continuada para que atemorizasse os atletas-militares, já que «chuva civil não molha militar».
A prova viria a ser ganha, e com todo o mérito, por Jorge Custódio Grácio, soldado atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, e por lá (e depois pelo Quitexe, onde ao tempo já estava) imortalizado como Spínola. O segundo lugar foi do 1º. cabo Celestino Pagaimo, do Pelotão de Morteiros 4281.
O Jorge Grácio (Spínola) viria a ser vítima mortal de um trágico acidente de motorizada, quando, sozinho, embateu na rotunda da entrada de Carmona. Faleceu a 2 de Julho de 1975 e o seu corpo veio para Portugal no avião que transportou a 3ª. CCAV. 8423, a 11 de Setembro do mesmo ano. Está sepultado na sua terra natal, o Casal das Raposas, em Vieira de Leiria.
Hoje, o recordamos com saudade. RIP!!!
O 1º. cabo Celestino de Jesus Pagaimo fez carreira militar nas Brigadas de Trânsito (BT) da GNR e, já aposentado, mora em Montemor-o-Velho.
O 1º. cabo Alfredo Coelho (o Buraquinho), que
 (não) venceu a S. Silvestre do Quitexe, de 1974
 para 1975. Na foto, com o maqueíro Joaquim
 Moreira (o Penafiel), um dos seus «cúmplices»
(com o 1º. cabo Gomes) da falsa corrida 

A (não) S. Silvestre
do 1º. cabo 
Alfredo 
Coelho - o Buraquinho!

A partida da corrida da S. Silvestre foi na Estrada do Café, para Carmona, onde se cortava para a picada de Zalala. Já no Quitexe, virou no Bar do Rocha, à esquerda e para a avenida - a Rua de Baixo. A meta estava instalada em frente à messe de oficiais.
Resolveu o 1º. cabo Alfredo Coelho (o Buraquinho) fazer das dele. E fazer o quê? Ele mesmo conta: «Como os enfermeiros tinham de acompanhar a corrida, combinei com o Gomes e Moreira (o Penafiel) que quando a corrida começasse, eu isolar-me-ia e entraria na ambulância, sem que fosse detetado».
Assim foi e ninguém deu por nada. As noites de África, como sabemos, são muito cerradas e a chuva «ajudou»
Ao momento oportuno, o Buraquinho saltou da ambulância e começou a correr. «Íamos a passar próximo da casa do administrador, onde estava este e vários oficiais a verem a corrida, e, ao verem-me, entusiasmaram-me, gritando «força, Buraquinho, és o primeiro!!!...».
Era, mas não era e... fez-se justiça: «Cometi um erro, ao virar para a avenida, deveria ser na rua do Rocha e eu cortei antes», explicou ele, agora e lembrando que «cheguei à meta em primeiro, até fui vitoriado pelo capitão Oliveira, por eu ser da CCS, como ele, mas quando chegou o segundo classificado, este foi naturalmente o primeiro, o vencedor». Era o Grácio, mais conhecido por Spínola, da 3ª. CCAV. 8423 mas ao tempo já no Quitexe.
«Denunciou a minha chegada forjada e, pronto, foi declarado vencedor, como tinha de ser», recorda o Alfredo Buraquinho, a sorrir-se desta sua notável «proeza» atlética de há precisamente 50 anos.
Outros tempos!

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

- Há 50 anos: O dia 30 de Dezembro de 1974 no BCAV. 8423!

A parada do BCAV. 8423, no Quitexe e vista do lado da porta d´armas (para a avenida). Ali se vêem as
bombas de combustível e a cozinha/refeitório (à direita) e as oficinas (à esquerda). E alguns Cavaleiros
do Norte equipados e preparados para mais um jogo de futebol no pelado da vila

Cavaleiros do Norte do Parque-Auto: NN (condutor ?),
1º. cabo Porfírio Malheiro (com o Ricardo, filho do
 
alferes Cruz, ao colo), 1º. cabo João Monteiro (o
Gasolinas), furriel Manuel Machado e Alípio
 Canhoto (condutor)
Campo de futebol de 5
de Vista Alegre (ou de
Aldeia Viçosa
?)


O dia 30 de Dezembro de 1974, uma segunda-feira de há 50 anos - tal como hoje... - e lá pelo uíjano Quitexe, por Aldeia Viçosa e Vista Alegre/Ponte do Dange, antecipava-se a passagem de ano e preparava-se a corrida de S. Silvestre.
A corrida, por aquelas 
terras angolanas do norte por onde jornadeava o BCAV. 8423, fecharia o ano e na sede do batalhão, no Quitexe e em ambiente desportivo.
Tudo no âmbito do plano de acção psicológica, coordenado pelo alferes miliciano José Leonel Hermida.
Os outros aquartelamentos, outras actividades de lazer tiveram e nomeadamente renhidas partidas de futebol - ou de futebol de 5, o actual futsal.
Quanto ao dia a dia, ia igual e sem problemas.
A grande novidade do de 30 de Dezembro desse já distante 1974, tinha a ver com a data (anunciada) da realização da cimeira dos três movimentos de libertação com o Governo de Portugal: 10 de Janeiro de 1975 «algures, em Portugal». Até lá, disse Jonas Savimbi em Lusaka, UNITA, MPLA e FNLA «realizarão uma cimeira para concordarem numa plataforma comum, para apresentarem nas conversações com o Governo Português». Isto, numa altura em que, segundo as agências noticiosas France Press e a Reuters, se registavam «progressos recentes na melhoria das relações entre os três movimentos de libertação angolanos, através da assinatura de acordos».
Notícia do «Diário de Lisboa» de há 50 anos,
sobre a cimeira dos movimentos angolanos
com Portugal

Um Governo de Transição
para a Angola Independente!


Observadores internacionais, em Lusaka e citados pelo «Diário de Lisboa», afirmaram que «essa cimeira apresenta-se como uma gigantesca evolução no caminho do entendimento dos três movimentos, para se encontrar a adequada solução angolana de independência».
«O nosso objectivo é ter em Angola um Governo de Transição antes do fim de Janeiro e a independência dentro de 9 a 12 meses», afirmou Jonas Savimbi, o presidente da UNITA - enquanto o «Diário de Lisboa» escrevia que «foi dado um passo em frente pela solução do problema de Angola, o maior território colonial português em África».

domingo, 29 de dezembro de 2024

Gabriel, 1º. cabo sapador da CCS, festeja 72 anos na Covilhã!

O 1º. cabo Gabriel Mendes na parada do BC12 (1974)


O 1º. cabo Gabriel Alves Mendes foi Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423 e festeja 72 anos a 29 de Dezembro de 2024. Hoje mesmo e em Cortes do Meio, na Covilhã.
Sapador de especialidade militar, integrou o pelotão do alferes miliciano Jaime Ribeiro e trabalhou no balcão do bar/cantina dos praças, na avenida do Quitexe - onde se popularizou. Regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 - à sua terra natal de Cortes do Meio, em plena Serra da Estrela.
Já tinha estado (antes da tropa) e continuou muitos anos emigrado em França e, agora já aposentado, voltou aos bons ares natais, tendo, em 2021, «estreado» a sua participação no encontro da CCS de Braga. Já em 2022 foi, com Francisco Madaleno (atirador de Cavalaria do PELREC), um dos dois organizadores do encontro da Covilhã.
Os nossos parabéns e um grande abraço, neste dia dos 72 anos!

O 1º. cabo Rui Barros de Zalala festeja 72 anos em Coimbra !

 

O 1º. cabo Rui António Ferreira Barros foi atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda de Zalala, e comemora 72 anos a 29 de Dezembro de 2024. 
Hoje mesmo e em Coimbra.
Cavaleiro do Norte do 2º. Grupo de Combate de Zalala, comandado pelo alferes miliciano João Carlos Sampaio, o seu nome não consta, porém, da relação do pessoal da 1ª. CCAV. 8423 que, a 9 de Setembro de 1975, desembarcou no aeroporto de Lisboa, vindo de Angola. Nem nas de qualquer uma das restantes quatro Companhias do BCAV. 8423. Desconhecemos as razões.
Tanto quanto julgamos saber, residirá na área de Coimbra. Onde quer que esteja, para ele vão os nossos parabéns!

sábado, 28 de dezembro de 2024

- Há 50 anos: Tempos calmos no BCAV. 8423 e futebol no Uíge angolano!!


Campo de futebol do Quitexe, anos 70 do século XX,
palco de grandes partidas entre Cavaleiros do Norte


Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, por estes tempos finais de 1974 - há 50 anos!!! -, continuavam a sua jornada africana do Uíge angolano e em tempos de acalmia.
O dia-a-dia operacional, porém, continuava com as sempre delicadas missões de patrulhamentos e escoltas, nomeadamente ao longo da Estrada do Café - ora para o lado de Carmona, ora para o de Aldeia Viçosa e até Úcua.
A preparação da corrida de S. Silvestre era um dos assuntos da agenda do gabinete de acção psicológica do Batalhão, então ao cuidado do alferes miliciano José Leonel Pinto de Aragão Hermida, o oficial de Transmissões.
Assim como a realização de animados e disputados jogos de futebol, no pelado do Quitexe e entre pelotões e subunidades do BCAV. 8423.
Realizavam-se no campo da vila e sempre muito disputados, por vezes até com excesso de entusiasmo e sempre suscitando grandes rivalidades.

Armindo Reino, furriel de Santa Isabel, festeja 73 anos no Sabugal !

 

Furriel Armindo Reino

O furriel miliciano Armindo Henriques Reino foi Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda de Santa Isabel, e festeja 73 anos a 28 de Dezembro de 2024.
Hoje mesmo!
Especialista de Operações Especiais, os Rangers, em curso tirado no Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE) de Lamego, o Reino tem dois dias de aniversário: o do nascimento propriamente dito (28 de Dezembro de 1951) e o do registo oficial, que é datado de 1 de Janeiro de 1952. 
O que, convenhamos e reconheçamos, não é para todos!
Foi este último que vigorou, em termos de recenseamento militar, carreira que o levou ao 3º. curso, o de 1973, do Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE), em Lamego e que, como instrutores, teve três furriéis da CCS do BCAV. 8423: o Monteiro, o Viegas e o Neto.
O furriel Reino regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, à Aldeia do Bispo, no concelho de Sabugal - a terra da sua naturalidade e onde reside. Profissionalmente, fez carreira na GNR, força militar de que há vários anos está aposentado.
Parabéns!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

O Natal de 1974 do BCAV. 8423 e o nascer de um país novo de expressão portuguesa!

Combatentes do BCAV. 8423 em dia de Natal de 1974, há 50 anos e todos furriéis milicianos. Atrás, Francisco Bento, Nelson
 Rocha, Viegas, António Flora, António Lopes (enfermeiro), Luís Capitão e Delmiro Ribeiro. À frente e sentados, José
Fernando Carvalho, Agostinho Belo, Grenha Lopes e Armindo Reino
Os furriéis milicianos Bento, Reino e Viegas no dia
de Natal de 1974. No Quitexe de há 50 anos!
O Comando do Sector do Uíge. Carmona, em 1975

A mensagem de Natal do Comando do Sector do Uíge (CSU), a de há 5 anos e por terras do norte uíjano de Angola, sublinhou «a festa de família, época em que é mais viva a saudade dos parentes e amigos», e sendo, como podemos reportar do livro «História da Unidade», «para nós, neste Natal de 1974, que terminará a velada de armas iniciada há 14 anos em Angola».
A mensagem deixou «a
consolação de encontrar no seio do Exército numa segunda família, a mesma camaradagem diária de combatente para combatente, comungando os mesmos princípios, vivendo os mesmos bons e maus momentos», o que era evidentemente verdade, para além de que, também naturalmente muito importante, havia «a certeza de estar a cumprir uma alta missão, ajudando a construir em paz um país novo de expressão portuguesa».

O orgulho de ter
missão cumprida!

O Comando do Sector do Uíge (CSU), na sua mensagem às tropas, destacava que «nesta quadra em que todo o mundo se deseja PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE, juntemos os nossos esforços para que em ANGOLA se consiga essa paz e, indiferentes a ofensas e calúnias, com a consciência tranquila, prossigamos confiantes e serenos ate ao fim, para que possamos dizer com satisfação e orgulho: MISSÃO CUMPRIDA!».
«Na impossibilidade de o fazer pessoalmente, com esta saudação a todos os Oficiais, Sargentos e Praças do Sector, envio os meus votos de Boas Festas e Feliz Natal», concluía o Comando do Sector do Uíge, na sua mensagem de 1974, que respigamos do livro «História da Unidade».

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Fernando Martins de Zalala faleceu há 20 anos!


A 1ª. CCAV. 8423

O soldado Fernando Martins foi Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423 e faleceu há precisamente 20 anos e na Lousã, onde residia.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar, tinha o número mecanográfico 03911873 e, por terras angolanas do nortenho Uíge, jornadeou pela mítica Fazenda Maria João, a de Zalala, e passou também por Vista Alegre/Ponte do Dange e depois pelas cidades de Songo e de Carmona, antes do «estágio» final do Campo Militar do Grafanil - nos arredores de Luanda.
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, fixando-se no lugar e freguesia de Ermida, no concelho da Sertã. Pouco mais sabemos dele, a não ser que, infelizmente, já faleceu, a 26 de Dezembro de 2004, já lá vão 20 anos.
Hoje o recordamos cm saudade. RIP!!!

- Há 50 anos: A mensagem de Natal do Comandante do CSU!


O edifício do Camando do Sector do Uíge/ZMN do tempo Português. Imagem de 25 de Setembro de 2019, quando por
lá passou o furriel Viegas, da CCS. Actualmente, é o Tribunal Militar do Uíge das Forças Armadas de Angola

O coronel Carlos Carreiras comandou
o CSU na cidade de Carmona
BCAV. 8423

A quinta-feira de 26 de Dezembro de 1974, há 50 anos e pelas bandas da terra uíjana do Quitexe angolano, foi tempo de o comandante Almeida e Brito se deslocar, uma vez mais, a Carmona, para, neste caso, uma reunião no Comando de Sector do Uíge (CSU) e Zona Militar Norte (ZMN).
Oficial de Cavalaria com a patente de tenente-coronel, retribuía, pessoalmente, a mensagem de Natal do Comandante do CSU, publicada na ordem de serviço e lida em formaturas de parada, no Quitexe, nomeadamente referindo que «não é ainda para nós que, neste Natal de 1974, terminará a velada de armas iniciada há 14 anos em Angola».
«Fiquemo-nos com a certeza de estar a cumprir uma alta missão, ajudando a construir, em paz, um novo país de expressão portuguesa», sublinhava a mensagem, que recordo do livro «História da Unidade».
O comandante do CSU era o coronel-tirocinado Carlos Maria Bastos Carreiras (na foto e falecido a 11/02/2012) e a mensagem frisava (...) «a consolação de encontrar no seio do Exército uma segunda família, a mesma camaradagem diária de combatente para combatentes, comungando os mesmos princípios, vivendo os mesmos bons e maus momentos
».
Foi há 50 anos!

Serra Mendes, 1º. cabo da CCS, faz 72 anos em Abrantes!

1º. cabo Serra Mendes



O 1º. cabo Carlos Alberto Serra Mendes foi Cavaleiro do Norte da CCS do BCV. 8423 e comemora 72 anos a 26 de Dezembro de 2024.
Hoje mesmo.
Natural de Abrantes, foi bate-chapas de especialidade militar e integrou a equipa do Parque-Auto comandado pelo alferes António Albano Cruz.
Ao tempo de há 50 anos, era  residente no Pátio Joaquim Pedro, da freguesia de S. João Baptista, na cidade abrantina, e lá regressou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) comissão militar em Angola. 
Tanto quando julgamos saber, vive agora no Bairro Catroga Gaio, também em Abrantes, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

- Há 50 anos: Almeida e Brito no comando da Polícia Militar - a PM de Lisboa!

Carlos Almeida e Brito já general

Ornelas Monteiro




O tenente-coronel Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito foi comandante do BCAV. 8423 e regressou a Portugal a 8 de Setembro de 1975. 
A 26 de Dezembro seguinte - hoje se fazem 50 anos! - foi colocado como comandante da Polícia Militar (PM) em Lisboa.
A nomeação foi conhecida em decreto lei dessa data e o 2º. comandante de Almeida e Brito, curiosamente (ou talvez não...) foi outro oficial do BCAV. 8423: o major José Luís Jordão Ornelas Monteiro, que era o 2º. comandante (na formação do BCAV. 8423, em Santa Margarida) mas não chegou a partir para Angola, por ter sido «desviado» que foi para a Guiné, por ordem do MFA.
Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito, já aposentado e com a patente de general, faleceu a 20 de Junho de 2003, aos 76 anos e subitamente, no decorrer de um passeio turístico a Espanha. 
Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!

- Há 50 anos: Almeida e Brito no Natal de Aldeia Viçosa, Vista Alegre e Ponte do Dange !

Almoço de Natal de Aldeia Viçosa, em 1974., há 50 anos: furriel José Fernando Melo,
alferes Jorge Capela e João Machado, comandante Carlos Almeida e Brito
e capitão José Manuel Cruz

O Natal de 1974 em Vista Alegre, 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala!

O dia de Natal de 1974 e depois da consoada do Quitexe, na véspera e envolvendo a CCS e a 3ª. CCAV. 8423, que já reportámos, foi tempo de o comandante Carlos Almeida e Brito ir consoar em Aldeia Viçosa e a Vista Alegre e Ponte do Dange.
Natal de 1974 na escola do Quitexe, onde professorava a
 dra. Margarida Cruz, médica e esposa do alferes A. Cruz
Almoçou em Vista Alegre, onde se aquartelava a 1ª. CCAV. 8423, a do capitão Davide de Oliveira Castro Dias, que tinha rodado da Fazenda de Zalala (a 21 de Novembro), e ainda visitou o grupo de combate que estava no Destacamento da Ponte do Dange (da mesma 1ª. CCAV. 8423, na segunda imagem), regressando no mesmo dia à vila do Quitexe mas só depois do jantar em Aldeia Viçosa, na foto principal, onde estava a 2ª. CCAV. 8423, a do capitão José Manuel Cruz e dos seus garbosos militares/combatentes, com eles partilhando o espírito de Natal. Por outras palavras fazendo a história desse dia, e de acordo com o livro «História da Unidade», «assim se consagrando período de Natal».
Foi isso há 50 anos, mas parece que foi ontem. Vejam lá como o tempo passou!!!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

António Joaquim António, de Santa Isabel, festeja 72 anos em Almada !

 de Lisboa. 


O soldado António Joaquim da Silva António, dos Cavaleiros do Norte da Fazenda Santa Isabel, da 3ª. CCAV. 8423, festeja 72 anos a 25 de Dezembro de 2024. O dia de Natal!
Atirador de Cavalaria de especialidade militar, tina o número mecanográfico 09599573 e também passou pela vila do Quitexe e pela cidade de Carmona, depois ainda pelo Campo Militar do Grafanil, regressando a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975. Fixou-se ma Avenida D. Luís I, em Alfragide, no concelho de Oeiras, onde ao tempo residia. Mora agora no Pragal, em Almada, para onde vai o nosso abraço parabéns!

Tobias de Santa Isabel festeja 72 anos em Leiria!

Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa
Isabel: Raúl Ferreira, Carlos Carvalho, Diamantino
Tobias (que hoje faz 72 anos) e Elvino Romão
 

O soldado Diamantino Rodrigues Tobias foi Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda de Santa Isabel, e hoje festeja 72 anos: dia de Natal de 2024. 
Atirador de Cavalaria de especialidade militar, cumpriu a sua comissão militar angolana entre  Santa Isabel, a vila do Quitexe e a cidade de Carmona, regressando a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975 - depois de um mês no Campo Militar do Grafanil - onde já estivera, aquando da chegada a Angola (em Junho de 1975).
O Tobias fixou-se na sua natal terra de Pernelhas, lugar da freguesia de Parceiros, em Leiria, e por lá fez toda a sua vida profissional e familiar e para ele vai o nosso abraço de parabéns!

- Há 50 anos: A noite de Natal dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423!



Natal de 1974, há 50 anos e na consoada no Quitexe: furriel Armindo Reino, comandante Almeida e Brito, o soldado
clarim Armando Silva e capitão José Paulo Falcão. De costas, o capitão António Martins de Oliveira, comandante da
CCS. Um Natal com ementa confecionada pelas Amazonas da CCS do BCAV. 8423
Amazonas do Quitexe, mães natais da consoada de 1974: Margarida Cruz e
Graciete Hermida, a esposa e a filha do capitão António Oliveira e a esposa
do tenente Mora. Ao colo, está Ricardo, filho do alferes Cruz


A consoada natalícia do BCAV. 8423 de há 50 anos, por terras quitexanas do Uíge angolano, foi a primeira e única em tempos de guerra e de África. Teve participação activa das esposas e família dos oficiais da CCS, com a sua arte e saberes de cozinha, que surpreendeu toda a gente. E de que maneira!!!
O inimitável e inesquecível Pires, o furriel Cândido dos Sapadores da CCS, ainda há pouco nos avovoi a memória da noite de consoada de 1974, no Quitexe.
«Aquilo é que foi, pá...», lembrou-se. E acrescentou: «No fim, já todos muito bem tratados..., ainda fomos beber e dançar com malta daquela família cabo-verdiana da avenida, em frente à messe».
Natal do Quitexe, em 1974. Na fila de trás e à direita, o Gaiteiro (o primeiro e
de bigode), Serra, de NN (boina no ombro) e do Aurélio (Barbeiro). A olhar, de
rente e de bigode, em baixo, o Monteiro (Gasolinas) e a seguir o Cabrita, o
Calçada e oCoelho (sapador)? O sétimo é o Florêncio. E os outros, quem
 ajuda a identificar?
As compridas mesas do refeitório do Quoitexe, na verdade, encheram-se de regalos gastronómicos, saciando o apetite devorador dos jovens Cavaleiros do Norte da CCS (a do Quitexe) e da 3ª. CCAV. 8423 (a de Santa Isabel), então na força da sua juventude e ali emocionados e cúmplices de momentos muito especiais.
A ementa foi carinhosamente tratada pelas Amazonas do Norte e doces e aletrias, rabanadas, mexidos e sopas, frutos secos, queijos, arroz-doce, leite creme e outros acepipes, tantos outros acepipes..., não faltaram na farta mesa do refeitório do Quitexe - onde comungaram, em partilha solidária, cúmplice e amiga, oficias, sargentos e praças das duas companhias, sem distinção..., todos irmãos da noite tão especial como aquela. Noite que nunca tínhamos vivido foram das nossas lareiras e do conforto e intimidade das nossas famílias.
As bebidas foram para todos os gostos, sem abusos, muito embora os bravos e emocionados, diríamos que nostálgicos Cavaleiros do Norte não se tenham feito rogados a... mais um gole. E, vamos lá, até um ou outro tenham abusado. Nada de mal ou execessivamente a mais. Ou talvez não!

Noite de Natal no Quitexe, em 1974. Do canto esquerdo para a direita, os furriéis Rocha
(de bigode), Fonseca (a fumar), C. Viegas, A. Belo (de óculos), D. Ribeiro e?... Da direita,  
Monteiro, Cândido Pires (de bigode), Machado (decigarro e Costa (dos morteiros e a
a rir). Entre ele e o Machado, de pé, está o Lajes, que foi o barman do bar dos sargentos

Noite de emoções e
lágrimas de saudade!


Os alferes milicianos Jaime Ribeiro e António Albano Cruz recordam-se bem dessa saudosa e sentida noite de Natal de há 50 anos e lembram que «era tanta a quantidade e a variedade» de comidas e de... bebidas, que «alguns até entraram de gatas nas suas casernas e quartos».
«Acho que isto tudo, esta vivência muito particular, afinal, até nos ajudou a criar a nossa personalidade, a nossa maneira de ser e estar e a ter forças nos momentos difíceis que por lá atravessámos, tanto jeito ou falta nos faziam», comentou, faz já algum tempo, o alferes Cruz, que teve a mulher, a dra. Margarida, médica, como um das cozinheiras.
José Alberto Almeida, o alferes miliciano de reabastecimentos, recorda ter encontrado o alferes Manuel Garcia, de Operações Especiais (os Rangers), recolhido no canto do bar de oficiais, em momento de choradas saudades da família, enquanto no refeitório o «povo» do BCAV. 8423 continuava a festejar a data e fartava a fome das ementas de época, bem regadas a cerveja e também vinho - que vinho houve, sem faltas..., nessa nossa consoada de há 50 anos!!!
Vinho e mimos, muitos mimos..., que nos encheram o corpo e o espírito! E parece que tudo isso foi ontem à noite!!

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

- HÁ 50 ANOS: A noite de Consoada do Natal de 1974, no chão quitexano de Angola!


Natal de 1974, há 50 anos e na consoada no Quitexe: furriel Armindo Reino, comandante Almeida e Brito,
o soldado clarim Armando Silva e capitão José Paulo Falcão. De costas, o capitão António Martins de Oliveira, comandante da CCS. Um Natal com ementa confecionada pelas Amazonas da CCS do BCAV. 8423
Amazonas do Quitexe, mães natais da consoada de 1974: Margarida Cruz e
Graciete Hermida, a esposa e a filha do capitão António Oliveira e a esposa
do tenente Mora. Ao colo, está Ricardo, filho do alferes Cruz


A consoada natalícia do BCAV. 8423 de há 50 anos, por terras quitexanas do Uíge angolano, foi a primeira e única em tempos de guerra. 
Teve participação activa das esposas e família dos oficiais da CCS, com a sua arte e saberes de cozinha, que surpreendeu toda a gente. E de que maneira!!!
O inimitável e inesquecível Pires, o furriel Cândido dos Sapadores da CCS, ainda há pouco nos avivou-nos a memória da noite de consoada de 1974, no Quitexe.
«Aquilo é que foi, pá...», lembrou-se. E acrescentou: «No fim, já todos muito bem tratados..., ainda fomos beber e dançar com malta daquela família cabo-verdiana da avenida, em frente à messe».
Natal do Quitexe, em 1974. Na fila de trás e à direita, o Gaiteiro
 (o primeiro, de bigode), Serra, de NN (boina no ombro) e do
Aurélio (Barbeiro). A olhar, de frente e de bigode, em baixo,
o Monteiro (Gasolinas) e a seguir o Cabrita, o Calçada e o
Coelho (sapador)? O sétimo é o Florêncio. E os outros,
quem ajuda a identificar?
As compridas mesas do refeitório do Quitexe, na verdade, encheram-se de regalos gastronómicos, saciando o apetite devorador dos jovens Cavaleiros do Norte da CCS (a do Quitexe) e da 3ª. CCAV. 8423 (a de Santa Isabel), então na força da sua juventude e ali emocionados e cúmplices de momentos muito especiais.
A ementa foi carinhosamente tratada pelas Amazonas do Norte e doces e aletrias, rabanadas, mexidos e sopas, frutos secos, queijos, arroz-doce, leite creme e outros acepipes, tantos outros acepipes..., não faltaram na farta mesa do refeitório do Quitexe - onde comungaram, em partilha solidária, cúmplice e amiga, oficias, sargentos e praças das duas companhias, sem distinção..., todos irmãos da noite tão especial como aquela. Noite que nunca tínhamos vivido foram das nossas lareiras e do conforto e intimidade das nossas famílias.
As bebidas foram para todos os gostos, sem abusos, muito embora os bravos e emocionados, diríamos que nostálgicos Cavaleiros do Norte não se tenham feito rogados a... mais um gole. E, vamos lá, até um ou outro tenham abusado. Nada de mal ou execessivamente a mais. Ou talvez não!

Noite de Natal no Quitexe, em 1974. Do canto esquerdo para a direita, os furriéis
milicianos Rocha (de bigode), Fonseca (a fumar), Viegas, Belo (de óculos),
Ribeiro e...? Da direita, Monteiro, Cândido Pires (de bigode), Machado (de
cigarro) e Costa (dos Morteiros, a rir). Entre ele e o Machado, de pé,
está o Lajes, que foi o barman do bar dos sargentos

Noite de emoções e
lágrimas de muitas
saudades!

Os alferes milicianos Jaime Ribeiro e António Albano Cruz recordam-se bem dessa saudosa e sentida noite de Natal de há 50 anos e lembraram-nos que «era tanta a quantidade e a variedade» de comidas e de... bebidas, que «alguns até entraram de gatas nas suas casernas e quartos».
«Acho que isto tudo, esta vivência muito particular, afinal, até nos ajudou a criar a nossa personalidade, a nossa maneira de ser e estar e a ter forças nos momentos difíceis que por lá atravessámos, tanto jeito ou falta nos faziam», comentou, faz já algum tempo, o alferes Antóniol Albano Cruz, que teve a mulher, a dra. Margarida, médica, como um das cozinheiras.
José Alberto Almeida, o alferes miliciano de reabastecimentos, recorda ter encontrado o alferes Manuel Garcia, de Operações Especiais (os Rangers), recolhido no canto do bar de oficiais, em momento de choradas saudades da família, enquanto no refeitório o «povo» do BCAV. 8423 continuava a festejar a data e fartava a fome das ementas de época, bem regadas a cerveja e também vinho - que vinho houve, sem faltas..., nessa nossa consoada de há 49 anos!!!
Vinho e mimos, muitos mimos..., que nos encheram o corpo e o espírito! E parece que tudo isso foi agora mesmo, nesta noite de Nata de 2024!!! Nada mais nada menos que 50 aos depois!

Há 51 anos: Apresentação de três furriéis «Ranger´s» da CCS no RC2, em Santa Margarida!

 

Os furriéis milicianos Monteiro, Viegas e Neto apresentaram-se no RC4 na
véspera do Natal de 1974. Há 51 anos!!! Aqui, na avenida do Quitexe
Ordem de Serviço do RC4, de 26/12/1973,com a apresentação,
no RC4, dos futuros furriéis Neto, Monteiro e Viegas

A segunda-feira que foi véspera de Natal de 1973 - há 51 anos - foi dia de se apresentarem em Santa Margarida e no RC4, os três futuros furriéis milicianos de Operações Especiais (Rangers) da CCS do BCAV. 8423.
A Ordem de Serviço nº. 301, do RC4, de 26 de Dezembro de 1974, dá conta que a 24 de Dezembro (desse ano), às 11 hora, se apresentaram, «vindos do CIOE, por terem sido nomeados para servir no ultramar, com destino às companhias que se indicam, do BCAV. 8423/73/RC4/RMA».
E lá estão os nomes: Neto, Monteiro e Viegas, «pagos até 22 de Dezembro e abonados de alimentação até 23 de Dezembro, portadores da relação modelo 9 de fardamento e aumentados ao Regimento e ao BCAV. 8423». 
em mais!
O oficial de dia ainda «brincou» connosco - teríamos de «entrar de serviço às 14 horas», o que significava lá passarmos a noite de Natal. O Neto, porém, logo «sentenciou» o nosso destino próximo: «Vamos embora, castigo maior que o de ir para Angola, já não nos pode acontecer».
Saímos do RC4, no SIMCA 1100 dele, chegámos a Águeda e o Monteiro telefonou para Fornos, em Marco de Canaveses, para um irmão o ir buscar ao Porto. Em Águeda, ainda chegou a tempo de apanhar a carreira para a capital do norte e foi passar a noite de Natal a casa.
- NOTA: Noite de Natal de 1974, ver AQUI