CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

7 328 - A assinatura do Acordo do Alvor, em 1975, e a posse do novo comandante do RC4, em 1974!



O acordo do Alvor foi assinado a 15 de Janeiro de 1975. Há 49 anos e entre
 
o Governo de Portugal e os 3 movimentos de libertação de Angola

Coronel Craveiro Lopes
comandante do RC 4, em
Janeiro de 1974

Os soldados Vicente e Marcos e os furriéis
Viegas e Neto à porta do RC4, a 28 de
Março de 2017


O dia 16 de Janeiro de 1974, há 50 anos!!!..., o BCAV. 8423 estava em tempo de formação no Regimento de Cavalaria nº 4 (RC4), em Santa Margarida, e participou nas cerimónias oficiais de posse do novo comandante da unidade, o coronel Craveiro Lopes, que era filho do marechal do mesmo nome, antigo Presidente da República.
Oficial de Cavalaria, já desde 26 de Dezembro de 1973 que era comandante do RC4 e viria a ser substituído a 6 de Maio de 1974, pelo coronel Luís Maria de Sousa Campeão Gouveia. 
Oficial de Craveiro Lopes revelou-se um comandante exigente, áspero até nalgumas vezes, e muito disciplinador. 
A posse foi, digamos, ro primeiro acto oficial do BCAV. 8423 e a cerimónia ocorreu num tempo de formação para a guerra subversiva que nos esperava em Angola, pelo que, até talvez por isso mesmo, pouca importância os futuros Cavaleiros do Norte deram ao assunto, muito embora, por dever, tivessem  participado na parada oficial.
O livro «História da Unidade», referindo-se ao momento, refere que terá sido «a primeira aparição como Unidade constituída». unidade constituída», o BCAV. 8423.
 Cavaleiros do Norte, todos furriéis milicianos: Joaquim 
Abrantes, Francisco Bento, Agostinho  Belo, Luís Filipe 
Costa (Morteiros) e António Flora

Acordo do Alvor assinado e
a Angola independente !

Um ano depois, Portugal e os três movimentos de libertação já tinham assinado o histórico Acordo do Alvor. Acordo que abria portas para a independência de Angola.
«A partir de agora, vós e os vossos movimentos, estão colocados perante um desafio duplo. É a esperança de todos os angolanos a exigir que homens e partidos, apesar das diferenças sociais, filosóficas e políticas, saibam encontrar soluções angolanas autênticas, baseadas na capacidade de diálogo, no espírito de cooperação e na boa vontade de servir o vosso país», disse o Presidente Costa Gomes, no encerramento e dirigindo-se aos dirigentes do MPLA, da FNLA e da UNITA que participaram na Cimeira do Alvor.
O presidente do MPLA interveio em nome dos três movimentos angolanos: «Aqui, as pretensões dos colonialistas ficaram enterradas para sempre», disse Agostinho Neto, acrescentando que «afastado o obstáculo do colonialismo, nem o povo português nem o povo angolano desejarão recuar na sua transformação progressiva, para uma nova definição do homem na sociedade».
«A dinâmica da vida - acrescentou o presidente do MPLA - só nos pode condu
zir a um destino. O destino do progresso. Se recuarmos, o processo em Portugal e em Angola, este importante acordo, hoje selado, pelo estabelecimento das relações justas entre os nossos povos, romper-se-á inevitavelmente».
O dia confirmou que o almirante Rosa Coutinho deixava o Alto Comissariado e seria substituído pelo brigadeiro Silva Cardoso. Jonas Savimbi, presidente da UNITA e na véspera, voou nos Transportes Aéreos de Angola (TAAG) para Luanda e Agostinho Neto para Lisboa e depois para o Porto (num avião da Força Aérea Portuguesa). Holden Roberto, presidente da FNLA, seguiu para Kinshasa, a capital do Zaire de Mobutu.

Equipa TRMS: Costa, furriel Pires, alferes Hermida,
os 1ºs. cabos Oliveira e Mendes (de pé), Zambujo,
Couto e 1ºs. cabos Salgueiro e Felicíssimo
O alferes José L. Hermida
e a professora Graciete,
no Quitexe e em 1974

A morte do alferes
José Leonel Hermida!

O alferes miliciano José Leonel Pinto de Aragão Hermida, Cavaleiro do Norte, oficial da CCS do BCAV. 8423, faleceu há um ano, no dia 16 de Janeiro de 2023, vítima de doença e nos Hospitais da Universidade de Coimbra. 
Aos 76 anos!
«Foi tudo muito rápido, em dois meses, começou com uma dor nas costas em Outubro, cuidou-se no Hospital da Figueira da Foz, passou o Natal e ano novo connosco, passou para Coimbra», disse-nos a dra. Graciete Hermida, que o acompanhou na nossa jornada africana do Uíge angolano e, ao princípio da 
tarde de 16 de Janeiro de 2023, foi informada do seu passamento, no Hospital da Universidade de Coimbra.
Hoje, um ano depois, o recordamos com saudade!
- Ver AQUI e AQUI

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