CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 14 de setembro de 2014

2 275 - A Companhia de Comandos que foi a Carmona

Militares portugueses com civis, na coluna de Carmona para Luanda: Novo (condutor), 1º. cabo 
Mendes, Manuel Deus (da 3ª. CCAv., soldado Santos e furriel Guedes, estes da 2ª. CCAV. 8423

 Hoje, casualmente, encontrei o advogado Nuno Neves, que foi furriel miliciano da 4042, Companhia de Comandos, meu vizinho aqui de Fermentelos (a terra da Estalagem da Pateira, onde costumam encontrar-se os Cavaleiros do Norte). Oportunidade para recordar, recordar melhor e com ele, a passagem da Companhia de Comandos (CC) que foi a Carmona, para a rotação dos Cavaleiros do Norte para Luanda - em Agosto de 1975.
Tinha a CC um alferes meu conhecido, da formação militar de Lamego, contemporâneo do 2º. curso de Operações Especiais - os Rangers. Era o (então, ano de 1973) furriel Manuel António Infante, de Alcains. Promovido por mérito!
Que CC esteve em Carmona?, perguntei eu a Nuno Neves.
Foi, então, um Companhia de voluntários, do quartel da Amadora e «convocados» pelo coronel Jaime Neves, aliciada para ir a Angola «vingar» os incidentes de Vila Alice - onde tinha sido atingido um sargento «comando», a tiro e pelas costas. E alguns PM´s! Luanda precisava de reforços e uma CC ficava mesmo a jeito.
«Cheguei a pensar que teria de voltar a Angola, mas foram tantos os voluntários que davam para duas companhias», disse o Nuno Neves.
Foi essa CC, cujo número desconheço (e nem o terá tido), que, a 31 de Julho de 1975, chegou a Carmona e se aquartelou no BC12. A 4 de Agosto, era a rectaguarda da coluna que disse adeus à capital do Uíge.
A coluna incorporou, à saída, mais de duas centenas de viaturas (de militares e civis) e foi engrossando. À passagem por Candombe, antes de Camabatela, já eram «cerca de 700». Todas e toda a gente - entre militares e civis, - chegaram ao Grafanil, ao meio dia de 6 de Agosto de 1975, depois de 570 quilómetros de viagem, feitos em 58,45 horas, «trazendo consigo cerca de 700 a 800 viaturas». As que avariassem eram abandonadas e incendiadas. E também de uma mão-cheia da dramáticos incidentes, que incluíram tentativas de alvejamento de aviões.
Uma companhia de paraquedistas (ida de Luanda para o Negage) abria a coluna.

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